10 deuses da morte e submundo de mitologias diferentes
Um coisa que muitas mitologias ao redor do mundo tem em comum é a presença de deuses que representam a morte e o submundo
Em diversas culturas e mitologias pelo mundo, existem divindades enigmáticas que regem a morte e os reinos ocultos além da vida. O papel desses deuses transcende a mera gestão do fim da vida; eles refletem a ética, os valores e as esperanças de uma sociedade.
Com frequência, essas entidades são temidas como juízes implacáveis, destinados a repreender aqueles que viveram em desacordo com os preceitos morais de sua cultura. No entanto, não são todos que portam esse estigma aterrador. Alguns são vistos como protetores benevolentes das almas desencarnadas, guiando-as com compaixão através das transições pós-vida.
Há ainda aqueles que governam seus reinos sombrios com punho de ferro, assegurando que as almas penadas cumpram sua sentença eterna sem possibilidade de fuga. Exploraremos a seguir 10 fascinantes figuras divinas ligadas ao domínio da morte e aos segredos do submundo, percorrendo diferentes mitos e culturas ao redor do mundo.
1. Anúbis – Mitologia Egípcia
Filho de Osíris, o deus egípcio do além, e Néftis, deusa associada ao luto, Anúbis é frequentemente representado com a cabeça de um chacal e o corpo humano. Este deus do Antigo Egito assumia um papel crucial após a morte, conduzindo as almas ao submundo sob a jurisdição de seu pai, Osíris.
Anúbis não só garantia que os mortos recebessem rituais de sepultamento adequados, mas também supervisionava o julgamento das almas no pós-vida, assegurando que a justiça prevalecesse no reino etéreo.
2. Ah Puch – Mitologia Maia
Conhecido como o horrendo deus da morte na mitologia maia, Ah Puch governava Xibalba, o temível submundo dividido em nove níveis. Sua figura, muitas vezes descrita como um esqueleto ou um corpo em avançado estado de decomposição, personificava a morte e o desastre.
Ah Puch não se contentava em meramente reivindicar almas; ele se deleitava em torturá-las, submetendo-as a um ciclo incessante de dor ardente, extinguindo suas chamas apenas para reacendê-las, prolongando assim o tormento até a alma sucumbir completamente.
3. Adro – Mitologia Africana
Dentro da cosmogonia africana, Adro manifesta-se como a faceta sombria de um deus dualista, contrapondo-se a Adroa, o aspecto benevolente e celestial da divindade. Enquanto Adroa mantém-se distante dos assuntos terrenos, Adro intervém diretamente, sendo a ponte comunicativa entre o divino e os humanos.
Invisível, mas capaz de adotar várias formas, Adro não só reina sobre o submundo, mas também é conhecido por infestar jovens mulheres, disseminar doenças e morte, e raptar mortais para satisfazer seu apetite voraz.
4. Coatlicue – Mitologia Asteca
Esta deusa asteca multifacetada preside a terra, o fogo e o submundo. Coatlicue possui uma natureza paradoxal: apesar de seu carinho pela terra, ela consome avidamente vidas humanas através de desastres e calamidades. Os astecas acreditavam que o sol demandava sacrifícios humanos contínuos para sustentar sua vitalidade.
Assim, os prisioneiros de guerra eram frequentemente poupados no combate, destinados a um fim sacrificial em honra ao sol. Coatlicue, num ato supremo, teria se sacrificado para propiciar a transição para a quinta era do mundo.
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5. Chernobog – Mitologia Eslava
Conhecido sob diversos nomes, como Cert, Czernobog e Chernobog, esta divindade eslava encarna a escuridão, o mal e todas as iniquidades conhecidas pelo homem. Seu próprio nome, ‘Crnobog’, significa ‘deus das trevas’ ou ‘deus negro’, enfatizando sua soberania sobre a destruição.
O mais temido no panteão eslavo, Crnobog controla o caos, a noite e o inverno, semeando maldades na terra. Sua natureza enigmática e desconhecida amplifica ainda mais o temor que inspira entre os mortais.
6. Freia – Mitologia Nórdica
Na tapeçaria rica da mitologia nórdica, Freia resplandece como uma deusa com multifacetadas responsabilidades. Embora seu nome esteja intrinsecamente ligado à morte, ela é igualmente celebrada como divindade do amor, da fertilidade e da fortuna nos casamentos.
Seu domínio sobre o submundo não obscurece sua reputação; pelo contrário, Freia é reverenciada por todos, desde os Asgardianos até gigantes e elfos, indicativo de sua influência e estima universais.
7. Hécate – Mitologia Grega
Hécate, uma figura proeminente da mitologia grega, reina sobre aspectos da existência que arrepiam a espinha: a morte, a magia, o conhecimento de plantas e ervas mortíferas e os espíritos errantes. Situada entre a geração dos Titãs e dos Olimpianos, ela carrega consigo o título de deusa da necromancia e da feitiçaria.
Frequentemente representada empunhando duas tochas, um símbolo de salvaguarda, Hécate vigia os portões que separam o mundo dos vivos do reino sombrio do submundo.
8. Hades – Mitologia Grega
No panteão grego, Hades, juntamente com seus irmãos Zeus e Poseidon, partilham as regências do cosmos. A ele cabe o submundo, um reino sombrio que comanda com Perséfone a seu lado.
Contrariando as narrativas populares e o temor que seu nome evoca, Hades não personifica o mal; na verdade, ele é tido como o menos ameaçador entre seus irmãos, um soberano do submundo mais do que um deus maligno da morte.
9. Hela – Mitologia Nórdica
Na mitologia nórdico, Hela (ou Hel, Hell) preside Niflhel, o reino nebuloso do além. Progênie de Loki e da giganta Angrboda, Hela é uma figura enigmática, com descrições de sua aparência variando consideravelmente.
Guardiã do grandioso salão Eljudnir, destino das almas que partem por causas naturais ou enfermidades, Hela é retratada como uma deusa desapiedada. Sua representação frequentemente bicolor, mesclando preto e branco, simboliza sua autoridade sobre os limiares da vida e da morte.
10. Kali – Mitologia Hindu
Kali, com sua presença imponente, ocupa um lugar de destaque na cultura hindu como a temível deusa da morte. Sua imagem, ornamentada com uma lâmina ensanguentada, incute terror e reverência.
No entanto, Kali transcende a mera violência; para muitos devotos, ela é a protetora das mulheres em risco, uma salvadora cuja fúria se volta contra os malfeitores. Sua aparência feroz mascara um propósito nobre: a salvaguarda dos inocentes e a erradicação dos demônios que assolam o mundo.
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