10 doenças silenciosas que necessitam de atenção redobrada
Muitas vezes acreditamos que estamos bem, e quando menos percebemos somos pegos com uma doença que não imaginávamos ter
Você já parou para pensar que, às vezes, nosso corpo pode guardar segredos que nem mesmo percebemos? Existem doenças que preferem se esconder nas sombras, sem mostrar sintomas logo de início. Essas são as famosas doenças silenciosas, um termo que pode até parecer contraditório, mas que descreve algo muito real e potencialmente perigoso.
Imagine só: você está vivendo sua vida, se sentindo bem, sem nenhum sinal aparente de que algo está errado. E então, do nada, um diagnóstico que abala suas certezas. Afinal, como pode ser possível estar doente sem sentir nenhum desconforto? Essas doenças são verdadeiras mestras em se camuflar, o que as torna um desafio duplo: entender o que está acontecendo e agir a tempo.
Histórias de pessoas aparentemente saudáveis que, de repente, se veem enfrentando doenças graves, são mais comuns do que imaginamos. Sem febre, sem dor aguda, nada que dê o sinal de alerta. Mas aí está a grande armadilha: quando os sintomas finalmente aparecem, muitas vezes a situação já evoluiu para um estágio mais complexo.
O segredo para driblar essas doenças está em manter um hábito valioso: a realização de exames de rotina. Mesmo que você se sinta em plena forma, dar uma passadinha no médico para um check-up não é desperdício de tempo, é um investimento em sua saúde. Detectar precocemente qualquer sinal de que algo possa estar fora do lugar é como acender uma luz no escuro, antes que a escuridão se torne densa demais.
Neste texto, vamos abrir os olhos para o universo das doenças silenciosas. Vamos conhecer algumas delas, entender como elas agem e por que são tão traiçoeiras. E, mais do que isso, vamos reforçar a importância de se manter vigilante, de se conhecer por dentro e de cuidar da saúde de forma preventiva.
1. Diabetes tipo 2
No cenário brasileiro, cerca de 12,5 milhões de indivíduos convivem diariamente com a diabetes, o que equivale a aproximadamente 7% da população. No mundo da saúde, a diabetes tipo 1 se apresenta como um desafio mais cedo na vida, tipicamente revelando-se de forma autoimune durante a infância.
Já a variante tipo 2, a mais prevalente, revela-se quando o corpo deixa de produzir insulina em quantidades adequadas para regular os níveis de açúcar no sangue. Essa espécie de diabetes, muitas vezes sorrateira, pode demorar anos para se manifestar, geralmente afetando gradualmente os vasos sanguíneos e os delicados nervos do corpo.
2. Hipertensão
No Brasil, a hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, afeta aproximadamente 33% dos cidadãos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). O diagnóstico ocorre quando a pressão arterial ultrapassa a marca de 140/90 mmHg, gerando impactos negativos na capacidade do coração de bombear o sangue adequadamente. Esse esforço excessivo sobre o órgão tem implicações sérias, desdobrando-se em:
- Infartos
- Aneurismas
- Derrames
- Insuficiência renal
- Insuficiência cardíaca
A prontidão no diagnóstico da hipertensão é crucial para evitar complicações mais graves e garantir um tratamento eficaz.
3. Depressão
A depressão tem início discreto, muitas vezes caracterizado por uma sensação de desânimo e fadiga que lentamente se aprofunda em uma tristeza intensa. Nessa trajetória, é comum observar comportamentos de abuso de álcool ou comida como formas de enfrentar o sofrimento.
A inatividade física, frequentemente, também se torna um indicador dessa condição. Infelizmente, apenas cerca de 30% dos casos são identificados e tratados em seus estágios iniciais. Essa falha no diagnóstico precoce contribui para a taxa alarmante de suicídios, que atinge 15% entre aqueles que lutam contra a depressão, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
4. Hepatite C
Estamos diante de uma infecção viral que progride de maneira sorrateira, com seus sintomas podendo levar até três décadas para se manifestarem. Acredita-se que no Brasil, cerca de 700 mil indivíduos vivam com essa condição, enquanto a cifra global chega a impressionantes 71 milhões.
É alarmante perceber que até metade desses afetados podem evoluir para uma cirrose hepática. Porém, existe um fato extremamente importante a se destacar: o tratamento revela-se eficaz em até 95% dos casos e, em média, dura apenas 12 semanas.
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5. Osteoporose
A osteoporose, muitas vezes, permanece nas sombras até o momento em que uma fratura acontece, frequentemente em situações de acidentes. Com o avanço da idade, a capacidade de regeneração óssea diminui, tornando os ossos mais frágeis, especialmente na fase idosa.
Diversos fatores contribuem para essa condição, incluindo o sedentarismo, o tabagismo e a baixa ingestão de cálcio. É uma doença que, em sua maioria, afeta mais as mulheres, especialmente após a menopausa.
6. Disfunções na tireoide
Quando a glândula tireoide produz menos hormônios do que o necessário, surge o hipotireoidismo. Essa condição desacelera o metabolismo, o que pode levar ao aumento de peso, dores musculares, perturbações digestivas e até afetar o nosso humor.
Por outro lado, no hipertireoidismo, a tireoide produz uma quantidade excessiva de hormônios. Isso pode se manifestar através de sudorese, nervosismo, batimentos cardíacos acelerados e perda de peso.
Curiosamente, no caso do hipertireoidismo, a glândula pode até mesmo inchar, servindo como um sinal de alerta para a doença. Os demais sintomas costumam passar despercebidos, tornando importante o conhecimento dessas nuances para uma saúde mais completa.
7. HPV
O HPV, conhecido como Papilomavírus Humano, é uma condição que pode ser adquirida tanto através de relações sexuais como do contato com objetos ou locais contaminados. Por ser uma infecção muitas vezes silenciosa e com transmissão principalmente sexual, é possível que alguém transmita o vírus sem sequer saber que está infectado.
Nas mulheres, os sintomas do HPV nem sempre são evidentes, mas podem se manifestar por meio do surgimento de pequenas verrugas ou pólipos na uretra, ânus, útero ou vagina. É crucial tratar essa condição o mais cedo possível para evitar sua progressão para um estado cancerígeno. Exames regulares, como a colonoscopia e o papanicolau, são fundamentais para prevenir e detectar precocemente possíveis alterações.
É importante ressaltar que os homens também são suscetíveis ao HPV, manifestando-se através do aparecimento de verrugas no pênis, escroto ou ânus. Dado que muitas pessoas não apresentam sintomas visíveis, a prevenção se torna ainda mais crucial, sendo o uso de preservativos em todas as relações sexuais uma medida essencial.
Caso haja suspeita, é recomendável procurar um médico para a realização de exames específicos, como a peniscopia. Portanto, a conscientização, a prevenção e a busca por exames regulares são peças-chave na proteção contra o HPV.
8. Anemia
A anemia se manifesta quando o corpo enfrenta uma carência de ferro, resultando em uma produção insuficiente de glóbulos vermelhos. Esse desequilíbrio impacta diretamente a distribuição de oxigênio pelo organismo, desencadeando sintomas como fraqueza, cansaço, falta de ar, palidez e palpitações.
Vale destacar que mulheres que enfrentam fluxo menstrual intenso devem redobrar a atenção, uma vez que estão mais propensas a essa condição.
9. Endometriose
Pense no endométrio como um revestimento dentro do útero. Quando ele não encontra um óvulo fertilizado, ele se solta e isso é o que causa a menstruação. No entanto, se essas células não saem do corpo como deveriam, elas podem acabar ficando em lugares errados, como nos ovários, bexiga e tubas uterinas.
Isso pode causar cólicas menstruais bem mais fortes. Cerca de 10% das mulheres podem enfrentar esse problema, que é chamado de endometriose.
10. Colesterol alto
O colesterol é uma gordura que se encontra em diferentes partes do corpo e desempenha um papel importante em seu funcionamento. No entanto, quando há um excesso de colesterol, pequenas partículas gordurosas podem se acumular nas veias e artérias.
Esse acúmulo pode bloquear esses vasos e criar pressão extra no coração. Vários fatores podem levar a níveis elevados de colesterol, como falta de exercício, histórico familiar, obesidade, tabagismo, diabetes e uma dieta pouco saudável.
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