Os seres humanos, assim como todas as outras espécies de animais que vivem em nosso planeta, passaram e continuam passando por processos evolutivos ao longo de milhares de anos, para poderem sobreviver nos contextos atuais.
Um dos fatos mais incríveis desse processo de evolução é pensarmos que inicialmente fomos desenvolvidos para andarmos como quadrúpedes, e incrivelmente fomos capazes de evoluir ao ponto de andarmos sobre duas pernas, o que nos deu a liberdade de usar as mãos como fazemos hoje.
Porém, apesar desses avanços serem incríveis, eles não estão imunes a falhas. Pois é, o processo de evolução, embora incrivelmente necessário para a sobrevivência da nossa espécie, trouxe junto algumas “falhas” de design. Falhas essas que você vai conhecer agora e se surpreender!
A estrutura da nossa coluna é um verdadeiro testemunho de nossa jornada evolutiva. Originalmente desenhada para suportar o corpo em uma posição quadrúpede, a transição para a postura ereta exigiu uma reorganização complexa, resultando em uma estrutura em forma de S. Essa adaptação permite a locomoção bípede, mas também trouxe uma série de problemas, como, por exemplo, uma pressão tremenda nas vértebras inferiores, deixando cerca de 80% dos adultos com dor lombar.
O joelho tem um fato muito interessante, já que ele flexiona para frente e para trás, porque não flexionar para os lados? Pois é, situado entre duas longas alavancas – o fêmur e a tíbia –, é uma articulação que permite movimento apenas em um plano, para frente e para trás. Essa configuração, apesar de eficiente para a locomoção, torna o joelho vulnerável a lesões, especialmente em atividades que envolvem movimentos laterais ou impactos diretos.
A evolução para suportar a bipedia estreitou a bacia humana, enquanto a seleção natural favoreceu bebês com cérebros maiores. Este compromisso evolutivo torna o parto humano particularmente difícil e perigoso, aumentando o risco de complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.
Hoje em dia, a medicina avançou em passos largos, e temos menos preocupações com isso, mas se voltarmos a apenas 100 anos atrás, essa questão trouxe a morte de muitas mulheres durante o parto. Na verdade, não só mulheres, como muitas crianças morreram durante o parto ou logo após ele.
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O apêndice é basicamente um resquício de um órgão que era mais útil para ancestrais herbívoros na digestão de celulose, hoje tem pouca função e é conhecido por sua propensão a inflamar-se, causando apendicite. Apesar de ter alguma relevância para o sistema imunológico, a necessidade de remoção cirúrgica quando inflamado mostra como o mesmo é vulnerável e não mais tão útil.
A redução do tamanho da mandíbula ao longo do tempo, em resposta à mudança nos padrões alimentares e ao uso de ferramentas para processar alimentos, não acompanhou a redução no número de dentes. Isso leva ao problema dos dentes do siso, que muitas vezes não têm espaço suficiente para crescer corretamente, causando dor, infecção e a necessidade de remoção cirúrgica.
Imagine as células fotorreceptoras de nossos olhos posicionadas de maneira contraintuitiva, viradas para trás. Essa disposição obriga a luz a atravessar não só o corpo da célula mas também vasos sanguíneos e tecidos para atingir os receptores situados na parte posterior de cada célula. Essa configuração não só é ineficiente como também propensa a problemas, como o descolamento da retina. Adicionalmente, ela resulta em um ponto cego na nossa visão, que o cérebro precisa “corrigir” ou preencher instintivamente.
O nervo laríngeo recorrente, essencial para funções como falar e engolir, segue um caminho surpreendentemente indireto. Em vez de fazer uma rota direta para a laringe, ele desce pelo pescoço, circunda a aorta e depois sobe novamente até seu destino. Essa peculiaridade evolutiva, resultante do desenvolvimento fetal, não só é ineficiente como também coloca o nervo em risco durante cirurgias ou mesmo lesões no peito.
Nossa faringe serve tanto para a respiração quanto para a ingestão de alimentos, um design que aumenta significativamente o risco de engasgo. Embora existam mecanismos de segurança, como o reflexo da tosse, essa configuração pode levar a complicações potencialmente fatais devido à obstrução das vias respiratórias por alimentos.
Nosso sistema imunológico evoluiu em um ambiente onde a exposição a patógenos era constante, o que o tornou altamente eficiente em combater infecções. No entanto, em um ambiente moderno mais limpo, essa eficiência pode se voltar contra nós, levando a um aumento em alergias e doenças autoimunes, onde o sistema imunológico reage excessivamente a alérgenos inofensivos ou ataca o próprio corpo.
A pele humana precisa ser exposta à luz solar para produzir vitamina D suficiente, essencial para a saúde óssea. No entanto, a vida moderna dentro de casa, o uso de protetor solar e a vida em latitudes mais altas podem limitar essa exposição, levando a deficiências de vitamina D, que estão associadas a uma variedade de problemas de saúde, incluindo doenças ósseas como raquitismo e osteoporose.
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