Vivemos em uma era onde a verdade, muitas vezes, parece ser um conceito volátil e elusivo. Você sabia que, segundo estudos, apenas 54% das mentiras são identificadas corretamente? E, segundo Vanessa Van Edwards, autora do renomado livro “Captivate: The Science of Succeeding with People” e líder da Science of People, os indivíduos extrovertidos têm uma propensão maior para mentir em comparação com os introvertidos.
Em um mundo povoado por verdades mascaradas e declarações enganosas, como podemos nos blindar contra as consequências nefastas das mentiras? Vanessa Van Edwards sugere como primeiro passo o entendimento da normalidade comportamental de uma pessoa, criando uma linha de base de seus comportamentos verdadeiros antes de tentar discernir suas possíveis falsidades.
Com efeito, em um universo onde confidências podem ser exploradas e a sinceridade parece estar em declínio, reconhecer os sinais de uma mentira é uma habilidade crucial. Pensando nisso, no texto de hoje vamos busca elucidar e explorar os sinais da mentira e oferecer insights sobre como perceber quando a verdade está sendo distorcida, protegendo-nos assim contra potenciais danos e desilusões.
Um indicativo crítico de que alguém pode estar mascarando a verdade é uma alteração no padrão de discurso. Gregg McCrary, um ex-analista de perfis criminais do FBI, sugere que as modulações vocais ou os modos de falar podem revelar indícios de falsidade, como destacado na Forbes. Para identificar desvios no discurso, McCrary inicia estabelecendo um padrão com perguntas diretas, permitindo a observação de variações ao abordar tópicos mais provocativos.
Quando alguém afirma um “sim”, mas sua cabeça nega, há um conflito revelador. Ellen Hendriksen, da Universidade de Boston, ilustra na Scientific American que gestos incongruentes, que não coadunam com as palavras proferidas, são mensageiros da verdade. Quando gestos desmentem as palavras, é provável que não estejamos diante da verdade integral.
Testemunhas verídicas, quando indagadas se têm mais detalhes, normalmente revelam mais. Entretanto, aqueles que mascaram a verdade raramente vão além do relato preparado, conforme evidenciado pela Associação Americana de Psicologia. Esta discrepância pode ser avaliada por transcrições, depoimentos ou pela escassez de palavras descritivas em um diálogo. Os métodos investigativos, como solicitar a narração inversa dos eventos, são também poderosos reveladores da verdade.
Em contrapartida, estudos da Harvard Business School apontam que alguns mentirosos tendem a usar palavras em excesso, adornando suas falas com detalhes supérfluos para conferir autenticidade ao relato. Indícios linguísticos, como o uso exagerado de pronomes de terceira pessoa, podem indicar uma tentativa de distanciamento da mentira.
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O artigo da Associação Americana de Psicologia enfatiza a necessidade de considerar cultura e contexto na identificação de mentiras. David Matsumoto, da Universidade Estadual de São Francisco, alerta para as diferenças culturais na manifestação de mentiras, citando como exemplo variações tonais entre participantes chineses e hispânicos em sua pesquisa, evidenciando que a identificação de sinais de mentira necessita de um entendimento multicultural aprofundado.
Muitos tendem a ocultar uma mentira ou sua reação a ela, possivelmente colocando a mão sobre a boca ou os olhos ao propagar um engano. Ex-agentes da CIA, Susan Carnicero, Michael Floyd, Don Tennant em seu livro “Spy the Lie”, indicam que alguns até fecham os olhos ao proferir uma mentira, especialmente se a questão não demanda reflexão profunda.
A veracidade relacionada ao contato ocular é tema de diversos debates. Nos Estados Unidos, existe a concepção de que a falta de contato visual indica falsidade, mas em outras culturas, esse contato pode ser interpretado como suspeito dependendo da situação.
Pesquisas publicadas em 2012 na Plos One contrapuseram a ideia de que mentir está associado a olhar para a esquerda ou direita. Contudo, uma pesquisa de 2015 pela Universidade de Michigan revelou que, em 70% dos casos analisados, os indivíduos mantinham contato visual enquanto mentiam.
Apontar, seja com gestos ou palavras, pode demonstrar um impulso irrefreável de desviar a atenção e imputar responsabilidade a outrem, como mencionado pelo Business Insider. Observar se a pessoa geralmente gesticula ou acusa pode ser informativo, mas uma mudança para um comportamento mais acusatório pode ser um indicativo de falsidade.
Considere a reação de uma criança indagada sobre o paradeiro do último biscoito. Reações como lamber os lábios, examinar as unhas ou contorcer as mãos podem preceder uma grande falácia. Essa ansiedade, poderia sinalizar o desconforto proveniente de uma tentativa de mentir.
Possivelmente, identificar um mentiroso pode ser tão simples quanto permitir que ele se revele. Em uma pesquisa de 2019 publicada na Plos One, autodenominados “bons mentirosos” provaram ser mais reveladores do que testes poligráficos. O estudo indicou que tais indivíduos propalam, em sua maioria, mentiras inofensivas a conhecidos, primando por narrativas concisas. Conclusivamente, se alguém se vangloria de sua habilidade em mentir, a desconfiança é aconselhada.
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