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10 profissões com ensino superior com os piores salários do Brasil

Algumas profissões com ensino superior estão frequentemente associados aos piores salários pagos do Brasil, e você descobrirá quais são eles

Normalmente, existem dois principais motivos para ingressar em uma faculdade, o primeiro deles é para ter a oportunidade de desenvolver uma carreira profissional em uma área que realmente gostamos, o segundo deles é para garantir uma maior estabilidade financeira, em busca de oportunidades com melhores salários.

Com relação a ganhos, isso é um fato, tendo em vista um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que constatou que trabalhadores com ensino superior no Brasil, recebem salários significativamente mais altos do que as pessoas que possuem ensino médio, independente da área de formação.

Todavia, vale lembrar que, não é porque ganham mais que possuem salários extremamente relevantes, isso porque, um outro estudo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), identificou com são as profissões que possuem ensino superior que possuem os piores salários do Brasil.

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Profissões com ensino superior e piores salários

Ao compilar as classificações, o estudo conduzido pela FGV/Ibre analisou os ganhos mensais de profissionais com formação superior durante o segundo trimestre de 2023. Adicionalmente, o relatório também destacou as variações percentuais em comparação com o mesmo período em 2012.

Lista das dez ocupações com os salários mais baixos do Brasil:

ProfissõesSalário médio no 2º tri.2023Variação ante o 2º tri.2012
Professores do ensino pré-escolarR$ 2.2853%
Outros profissionais de ensinoR$ 2.554-23%
Outros professores de artesR$ 2.629-45%
Físicos e astrônomosR$ 3.000-16%
Assistentes sociaisR$ 3.078-7%
Bibliotecários, documentaristas e afinsR$ 3.135-32%
Educadores para necessidades especiaisR$ 3.37914%
Profissionais de relações públicasR$ 3.426-23%
Fonoaudiólogos e logopedistasR$ 3.485-28%
Professores do ensino fundamentalR$ 3.5547%
Outros professores de músicaR$ 3.578-35%
Fonte: FGV Ibre, a partir de microdados da Pnad Contínua/IBGE

Profissões com ensino superior e maiores salários

O estudo em questão, também identificou quais são as profissões com ensino superior que possuem os maiores salários do Brasil. Da mesma forma, o estudo considerou o segundo trimestre de 2023, destacando as variações percentuais em comparação ao mesmo período de 2012.

Lista das dezessete ocupações com os salários mais altos do Brasil:

ProfissõesSalário médio no 2º tri.2023Variação ante o 2º tri.2012
Médicos especialistasR$ 18.475-13%
Matemáticos, atuários e estatísticosR$ 16.56850%
Médicos geraisR$ 11.022-37%
Geólogos e geofísicosR$ 10.011-20%
Engenheiros mecânicosR$ 9.881-7%
Engenheiros não classificados anteriormenteR$ 9.451-11%
Desenvolvedores de programas e aplicativosR$ 9.21039%
Engenheiros industriais e de produçãoR$ 8.849-22%
EconomistasR$ 8.645-39%
Engenheiros eletricistasR$ 8.433-22%
Engenheiros de minas, metalúrgicos e afinsR$ 7.887-14%
Engenheiros civisR$ 7.538-41%
Desenhistas e administradores de bases de dadosR$ 7.30130%
Advogados e juristasR$ 7.2370%
Engenheiros químicosR$ 7.161-52%
Analistas de sistemasR$ 7.005-19%
Desenvolvedores de páginas de internet e multimídiaR$ 6.07591%
Fonte: FGV Ibre, a partir de microdados da Pnad Contínua/IBGE

O levantamento considerou um período abrangente de mais de uma década, marcado por duas crises impactantes no Brasil: a recessão de 2014, 2015 e 2016 e os desdobramentos da pandemia. Essas vicissitudes têm repercussões diretas no cenário do emprego, resultando em quedas nos rendimentos de algumas profissões.

É notável que a redução de 13% nos salários dos médicos especialistas foi relativamente menor quando comparada a outras áreas profissionais. Essa diminuição mais moderada pode ser atribuída à constante demanda por serviços médicos, o que sustenta a estabilidade nesse campo.

Os profissionais em posições de destaque no segundo trimestre de 2023, em termos de remuneração, incluíram matemáticos, atuários e estatísticos (R$ 16.568), médicos gerais (R$ 11.022), geólogos e geofísicos (R$ 10.011) e engenheiros mecânicos (R$ 9.881).

Curiosamente, a renda média dos matemáticos, atuários e estatísticos registrou um aumento significativo de 50% em relação ao mesmo trimestre de 2012. No entanto, outras profissões enfrentaram quedas nos ganhos: médicos gerais (-37%), geólogos e geofísicos (-20%) e engenheiros mecânicos (-7%).

Este levantamento foi elaborado com base em microdados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), conduzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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