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12 erros gramaticais que todo mundo comete ou já cometeu

A gramática realmente pode causar algumas dúvidas, e existem alguns erros que são muito mais perceptíveis do que outros

É bastante comum para nós, brasileiros, escrever uma palavra errada, utilizar pontuação inadequada ou até mesmo esquecer um acento ou colocar um acento onde ele não existe. Esses são alguns dos erros gramaticais mais comuns que cometemos.

A gramática, por sua vez, é o conjunto de padrões linguísticos e regras que definem a maneira correta de usar a língua portuguesa. Em outras palavras, é importante saber que existe um padrão correto a ser seguido para utilizar o português corretamente.

Errar é humano, ainda mais quando se trata da língua portuguesa, que possui diversas regras gramaticais, assim como exceções. Mas para ajudar você a estar mais afiado com nossa língua, vamos apresentar alguns dos erros gramaticais mais comuns que você deve evitar para melhorar seu conhecimento com a norma culta agora mesmo!

O que são erros gramaticais?

Podemos entender que erros gramaticais são deslizes ou falhas no momento de aplicar as regras que regem a nossa língua, seja na escrita ou na fala. Essas regras abrangem uma ampla gama de aspectos da gramática, e, consequentemente, os erros podem ser bastante variados, incluindo:

  • Desvios na ortografia, que são os erros nas formas das palavras;
  • Equívocos na pontuação, afetando o ritmo e a clareza das frases;
  • Falhas na acentuação gráfica, que podem alterar significados de palavras;
  • Equívocos de sintaxe, onde a estrutura da frase fica comprometida;
  • Problemas de concordância, seja verbal ou nominal, desalinhando sujeitos e predicados;
  • Erros de regência, que confundem as relações entre palavras;
  • Deslizes na colocação pronominal, que podem tornar o texto menos fluído ou até ambíguo;
  • Falhas na coesão e coerência textual, comprometendo a lógica e a fluidez do texto.

Cada um desses erros pode afetar de maneira significativa a comunicação, tornando-a menos eficaz ou clara. Entender e corrigir esses erros é parte essencial do aprendizado e do aprimoramento da habilidade de se expressar na língua.

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Erros gramaticais mais cometidos

Vamos conferir agora, quais são os erros gramaticais mais comuns cometidos pelos brasileiros, sua explicação e aplicação:

1. “Mas” e “Mais”

Confundir “mas” (conjunção adversativa, indicando contraste ou oposição) com “mais” (advérbio de intensidade, indicando acréscimo ou quantidade).

Exemplos:

  • Errado: Queria comer mas, não tinha mais espaço.
  • Certo: Queria comer mais, mas não tinha mais espaço.

2. “A gente” e “Agente”

Misturar “a gente” (expressão informal equivalente a “nós”) com “agente” (substantivo que se refere a um indivíduo que realiza uma ação ou função).

Exemplos:

  • Errado: Agente vamos decidir isso juntos.
  • Certo: A gente vai decidir isso juntos.
  • Errado: A gente é responsável pela investigação.
  • Certo: O agente é responsável pela investigação.

3. “Há” e “A” (tempo decorrido)

Usar “a” quando se deve usar “há” para indicar tempo decorrido. “Há” vem do verbo haver e é usado para falar de algo que ocorreu no passado.

Exemplos:

  • Errado: Estou esperando aqui a muito tempo.
  • Certo: Estou esperando aqui há muito tempo.
  • Errado: Vou me formar a três anos.
  • Certo: Vou me formar há três anos.

4. Concordância nominal e verbal com sujeitos compostos

Falhar na concordância quando o sujeito é composto, ou seja, quando há mais de um núcleo do sujeito, o verbo deve concordar com eles em número.

Exemplos:

  • Errado: O cachorro e o gato precisa de água.
  • Certo: O cachorro e o gato precisam de água.
  • Errado: Ana e João foi ao mercado.
  • Certo: Ana e João foram ao mercado.

5. Uso incorreto de “mim” e “eu”

: Usar “mim” onde deveria ser usado “eu”. “Mim” é um pronome oblíquo e não pode ser sujeito de um verbo, enquanto “eu” é um pronome pessoal do caso reto, usado como sujeito.

Exemplos:

  • Errado: Para mim estudar, preciso de silêncio.
  • Certo: Para eu estudar, preciso de silêncio.
  • Errado: Entre mim e você, ele prefere mim.
  • Certo: Entre mim e você, ele prefere a mim.

6. “Mal” e “Mau”

Confundir “mal” (advérbio de modo, oposto de bem) com “mau” (adjetivo, oposto de bom).

Exemplos:

  • Errado: Ele é um mal jogador.
  • Certo: Ele é um mau jogador.
  • Errado: Esse peixe cheira mau.
  • Certo: Esse peixe cheira mal.

7. Uso do “onde”

Utilizar “onde” (que se refere a lugares) para situações que não indicam localização física.

Exemplos:

  • Errado: Esse é o projeto onde trabalhei no ano passado.
  • Certo: Esse é o projeto em que trabalhei no ano passado.
  • Errado: Essa é a situação onde me encontro.
  • Certo: Essa é a situação em que me encontro.

8. “Por que” / “Porque” / “Porquê” / “Por quê”:

Não distinguir corretamente entre as quatro formas.

Por que (separado e sem acento):

Usado em frases interrogativas (diretas e indiretas), equivalente a “por qual motivo” ou “por qual razão”.

Exemplos:

  • Direta: Por que você chegou tarde?
  • Indireta: Gostaria de saber por que você chegou tarde.

Porque (junto e sem acento):

Usado em respostas e explicações, significando “pois”, “para que” ou “pela razão de que”.

Exemplos:

  • Ele não veio porque estava doente.
  • Não saímos porque chovia muito.

Porquê (junto e com acento):

Quando funciona como um substantivo, geralmente vem acompanhado de um artigo, pronome, adjetivo ou numeral, significando “o motivo” ou “a razão”.

Exemplos:

Ela não me disse o porquê de sua tristeza.
Existem muitos porquês na língua portuguesa.

Por quê (separado e com acento):

Usado em final de frases ou quando está isolado, mantendo o significado de “por qual motivo”, mas acentuado devido à posição em fim de frase ou por estar isolado.

Exemplos:

  • Você não veio à festa por quê?
  • Ele estava triste, mas não sei por quê.

9. Uso incorreto de “para mim fazer” e “para eu fazer”

Confundir o uso de “mim” e “eu” após preposições.

Exemplos:

  • Errado: Isso é para mim fazer.
  • Certo: Isso é para eu fazer.
  • Errado: Para mim, cozinhar é difícil.
  • Certo: Para mim, cozinhar é difícil. (Neste caso, “mim” está correto porque não é sujeito de “cozinhar”)

10. “Há” e “A” (distância):

Usar “há” em referência a distância futura ou física, quando se deveria usar “a”.

Exemplos:

  • Errado: Daqui há dois quilômetros, você verá a escola.
  • Certo: Daqui a dois quilômetros, você verá a escola.
  • Errado: Ele vai se mudar há uma cidade do interior.
  • Certo: Ele vai se mudar a uma cidade do interior.

11. Uso de “mesmo” e “mesma” como pronomes:

Usar “mesmo” ou “mesma” de forma inadequada, como se fossem pronomes pessoais, ao invés de advérbios ou pronomes demonstrativos para enfatizar ou concordar com o substantivo a que se referem.

Exemplos:

  • Errado: Eu mesmo fiz o trabalho.
  • Certo: Eu mesmo fiz o trabalho. (Aqui “mesmo” é usado corretamente como advérbio de intensidade, reforçando a ação do sujeito.)
  • Errado: Ela mesma comprou a casa.
  • Certo: Ela mesma comprou a casa. (Neste exemplo, “mesma” é usado corretamente para enfatizar a ação realizada pelo sujeito.)

12. “A cerca de”, “Acerca de”, “Há cerca de”:

Confundir “a cerca de” (indicando aproximação), “acerca de” (sobre, a respeito de) e “há cerca de” (tempo passado).

Exemplos:

  • Errado: Ele falou acerca de dez minutos sobre o problema.
  • Certo: Ele falou por cerca de dez minutos sobre o problema.
  • Errado: Vamos discutir a cerca de novas regras.
  • Certo: Vamos discutir acerca de novas regras.
  • Errado: Estou morando aqui a cerca de dois anos.
  • Certo: Estou morando aqui há cerca de dois anos.

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