20 palavras indígenas que falamos todos os dias sem saber
Existem muitas palavras das quais falamos todos os dias que não são da língua portuguesa, mas sim de origem indígena
Um fato curioso sobre a nossa comunicação é que existem diversas palavras indígenas que usamos diariamente e nós nem notamos ou sabemos disso. São diversas palavras de origem Tupi e outras línguas indígenas presentes na nossa comunicação diária.
Muitas dessas palavras de origem indígena fazem parte do nosso cotidiano, sendo totalmente incorporados ao português que falamos no Brasil. Essa questão mostra a importância e a influência das tribos indígenas na formação de nossa sociedade.
Uma curiosidade interessante é que, o Tupi, foi a língua mais falada em todo país até o século XVIII. No ano de 1758, acabou sendo legalmente proibido de ser utilizado em estabelecimentos como órgãos públicos e de ensino.
Todavia, devido à evolução da comunicação e mais de dois séculos depois, estamos aqui, falando a língua portuguesa, que incorporou diversas palavras indígenas em nossa comunicação, sendo sobre essas palavras tão populares na nossa comunicação atual, originarias dos indígenas que vamos conferir agora!
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Palavras indígenas que falamos todos os dias
Muitas das palavras que usamos hoje têm suas raízes no tupi-guarani, a língua escolhida pelos portugueses para se comunicar com os primeiros habitantes do Brasil. O interessante é que, apesar do tupi ser super conhecido, ele representa apenas uma dentre as inúmeras línguas que nasceram em território brasileiro antes da colonização.
O tupi ganhou destaque e se tornou uma espécie de tronco linguístico central, semelhante ao papel do latim na Europa, e por vários séculos, foi a língua franca do Brasil, usada para facilitar a comunicação entre diferentes grupos. A seguir, vamos conhecer as 20 palavras de origem dos povos indígenas que utilizamos com frequência, mas muitas pessoas não sabem:
- Abacaxi – Deriva de “ïwaka’ti”, combinando “ï’wa” (fruta) com “ka’ti” (algo que recende), indicando uma fruta perfumada.
- Aipim – Vem de “aipĩ”, significando algo que brota ou emerge da terra.
- Arapuca – “Ara-púka” traduz-se como uma armadilha, um dispositivo para capturar.
- Açaí – Originado de “ïwasa’i”, é o fruto conhecido por liberar líquido, ou “chorar”.
- Capim – “Ka’apii” junta “ka’a” (mato) com “pii” (fino, delgado), descrevendo a grama fina.
- Carioca – “Kara’ïwa” era como os indígenas referiam-se ao homem branco.
- Pereba – “Pe’rewa” designa uma ferida ou machucado na linguagem indígena.
- Catapora – Combina “ta’ta” (fogo) com “pora” (salta), para descrever a irritação que “salta” na pele.
- Jabuticaba – “ïwapotï’kaba” significa literalmente a fruta que parece um botão.
- Mandioca – “Mandióka” remete à casa de Mani, uma figura cultural indígena associada à origem da planta.
- Maracanã – “Paracau-aná” traduz-se como um agrupamento de papagaios.
- Mingau – “Minga’u” é descrito como um alimento pegajoso.
- Moqueca – Refere-se ao peixe assado envolto em folhas, tradicionalmente de bananeira ou caeté.
- Paçoca – Originária de “pa’soka”, que significa esmigalhar alimento com as mãos.
- Peteca – “Pe’teka” indica algo para ser batido com a palma da mão.
- Pindaíba – A combinação de “pi’nda” (anzol) com “haste” (vara), apontando para uma ferramenta de pesca.
- Pipoca – “Pi’póka” descreve o grão que explode ou estoura.
- Pitanga – “Pytánga” é algo que possui a cor vermelha.
- Sabiá – “S-apia” significa pássaro pintado, referindo-se à ave.
- Samambaia – “Çama-mbai” se traduz como algo trançado de cordas, aludindo às raízes da planta.
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