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4 mitos sobre a esquizofrenia que a maioria das pessoas acredita

A esquizofrenia é uma doença muito estigmatizada no nosso país, justamente por isso, muitas pessoas acreditam em mitos completamente errados

A Esquizofrenia se trata de um transtorno mental que afeta os pensamentos, percepções e comportamento de milhares de pessoas ao redor do mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 1,6 milhão de brasileiros que, além da doença, sofrem com o estigma.

Pessoas com esquizofrenia geralmente experimentam uma combinação de sintomas psicóticos, que incluem alucinações, delírios e comportamento desordenado. Contudo, devido à falta de conhecimento existe um grande estima associado a doença, que afeta as pessoas com o transtorno, assim como seus familiares e amigos.

Justamente pela esquizofrenia ser amplamente retratada de maneira incorreta, existem muitos mitos sobre o transtorno que contribuem para o sério estigma associado a ele. Por conta disso, decidimos desmistificar cinco mitos sobre a doença que muitas pessoas acreditam.

Foto reprodução / Freepik

Mito 1: Pessoas com esquizofrenia são perigosas

Pessoas com esquizofrenia não são violentas, contudo, uma parcela substancial das pessoas acredita que eles sejam perigosos, trazendo uma percepção extremamente negativa sobre a doença, muitas vezes por conta da indústria do entretenimento.

Tanto é que um estudo publicado na Psychiatric Services, descobriu que a maioria dos filmes representa indivíduos de maneira completamente equivocada, colocando-os como maníacos homicidas que cometem atos violentos.

Logo, por conta do estigma do transtorno, muitas pessoas com esquizofrenia têm uma maior probabilidade de serem prejudicadas por outros, do que delas mesmas cometerem algum dano aos outros.

Mito 2: Esquizofrênicos escutam vozes violentas

A apresentação sobre a esquizofrenia aparece de maneira muito diferente de pessoa para pessoa, inclusive em uma variedade de sintomas. Alguns experimentam alucinações auditivas, enquanto outros podem ter delírios sensoriais que incluem a possibilidade de ouvir o que soa como vozes.

Contudo, pesquisas sugerem que a interpretação das pessoas sobre alucinações auditivas pode ser diretamente influenciada pela cultura. Embora no Brasil e Estados Unidos seja mais propenso pessoas relatarem escutar vozes violentas e ameaçadoras, na Índia e Gana, pessoas com o transtorno relatam experiências positivas com suas vozes.

Dessa maneira, uma possível explicação para a diferença esteja diretamente ligada as influências sociais, onde, em um ambiente mais individualista, as vozes são vistas como mais intrusivas, contudo, em lugares mais coletivos enfatizando mais o apoio, geram vozes relativamente mais confortáveis.

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Mito 3: Esquizofrênicos possuem múltiplas personalidades

Mesmo que a esquizofrenia tenha uma ampla variedade de sintomas, criar personalidades diferentes não é uma delas, aonde, parte da origem desse mito pode ter vindo do próprio termo esquizofrenia.

Isso porque, o nome do transtorne possuí raízes gregas schizien “dividir” e phrēn, que significa “mente”, logo, juntos as palavras literalmente formam “mente dividida”, que em seu contexto original se referia à separação entre pensamentos que comumente ocorre na mente de pessoas com esquizofrenia.

Todavia, essa ideia de uma “mente dividida” por vezes se torna mal interpretada como uma divisão entre personalidades. Assim, ainda que sintomas de esquizofrenia seja a presença de delírios e psicose, ter múltiplas personalidades não é algo que se considera que faça parte do transtorno.

Mito 4: Esquizofrênicos precisam ser internados a vida toda

Devido ao estigma que o transtorno carrega, muitas pessoas pensam que pessoas com esquizofrenia precisam ficar internados por longos períodos, ou mesmo a vida toda. Contudo, existe uma série de tratamentos que ajudam as pessoas a viverem bem com o transtorno.

Diferentes tipos de medicamentos antipsicóticos podem garantir uma ótima qualidade de vida para essas pessoas, reduzindo a frequência e intensidade dos sintomas.

Além disso, outros tipos de tratamentos, como terapia de conversão, programas de aprendizagem de habilidades e outros tratamentos auxiliam os pacientes a levar uma vida cotidiana como qualquer outra pessoa, trabalhando, se casando, etc.

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