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6 doenças que podem gerar ganho de peso

Descubra como doenças como hipotireoidismo, ovários policísticos e depressão podem contribuir para o ganho de peso e a crise de obesidade.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta preocupante sobre a obesidade, caracterizando-a como um dos desafios de saúde mais graves da nossa era.

Projeções apontam para um aumento alarmante no número de adultos com excesso de peso em todo o mundo até o ano de 2025, com cerca de 2,3 bilhões de pessoas enfrentando esse problema.

Destas, aproximadamente 700 milhões serão classificadas como obesas, com um índice de massa corporal (IMC) superior a 30.

O Brasil, assim como muitos outros países, não está imune a essa crise global de saúde. Nos últimos treze anos, a incidência da obesidade aumentou alarmantemente, subindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.

Isso destaca a necessidade de compreender as causas subjacentes da obesidade e como diferentes fatores, incluindo doenças crônicas, contribuem para esse problema. Neste artigo, exploremos seis doenças crônicas associadas ao ganho de peso e à obesidade.

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1. Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios tireoidianos suficientes para atender às necessidades do corpo. A tireoide desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo e do equilíbrio energético do corpo. Quando a tireoide funciona de forma deficiente, o metabolismo torna-se mais lento, o que pode resultar em ganho de peso.

Os sintomas do hipotireoidismo incluem fadiga, ganho de peso, pele seca, sensibilidade ao frio e depressão. O ganho de peso associado ao hipotireoidismo é muitas vezes devido ao acúmulo de líquidos e à diminuição da taxa metabólica basal. O tratamento geralmente envolve a reposição dos hormônios tireoidianos por meio de medicamentos prescritos por um médico.

2. Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

A síndrome dos ovários policísticos é uma condição que afeta o sistema reprodutivo feminino e está associada a um desequilíbrio hormonal. Mulheres com SOP frequentemente têm níveis mais elevados de hormônios masculinos, como a testosterona, e níveis mais baixos de hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona.

A SOP pode levar ao ganho de peso devido a vários fatores, incluindo resistência à insulina, que pode resultar em aumento dos níveis de açúcar no sangue e maior armazenamento de gordura. Além disso, as alterações hormonais podem afetar o apetite e o metabolismo, tornando mais difícil para as mulheres com SOP controlar o peso. A gestão da SOP muitas vezes envolve modificações na dieta, atividade física e, em alguns casos, medicamentos para controlar os sintomas.

3. Doenças Adrenais

As doenças adrenais afetam as glândulas suprarrenais, que produzem hormônios como o cortisol. Essas glândulas desempenham um papel importante na regulação do metabolismo, do sistema imunológico e da resposta ao estresse. Distúrbios nas glândulas suprarrenais podem levar a níveis anormais de cortisol, o que, por sua vez, pode resultar em ganho de peso.

A síndrome de Cushing é um exemplo de uma condição relacionada às doenças adrenais que pode causar obesidade. Ela é caracterizada pelo excesso de cortisol no organismo, levando ao acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal. O tratamento pode envolver a correção da produção de cortisol pelas glândulas suprarrenais e a perda de peso.

4. Insônia

A insônia é um distúrbio do sono que afeta a qualidade e a quantidade de sono que uma pessoa recebe. Além dos óbvios efeitos negativos na saúde mental e bem-estar, a insônia também pode influenciar o peso corporal. Estudos mostraram que a falta de sono adequado pode afetar o metabolismo e os hormônios que regulam o apetite.

A privação de sono pode resultar em um desequilíbrio hormonal que leva a um aumento no apetite, especialmente por alimentos ricos em calorias e açúcares. Além disso, a fadiga resultante da insônia pode reduzir a motivação para se exercitar. Como resultado, pessoas com insônia têm maior probabilidade de ganhar peso.

5. Depressão

A depressão é uma condição de saúde mental grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além dos sintomas emocionais e psicológicos, a depressão também pode ter um impacto físico significativo, incluindo o ganho de peso.

Muitas pessoas com depressão recorrem à comida como uma forma de autocompaixão ou consolo. Isso pode levar ao consumo excessivo de calorias e ao ganho de peso não saudável. Além disso, a depressão pode afetar o funcionamento do sistema endócrino, incluindo a regulação dos hormônios que controlam o apetite e o metabolismo.

6. Síndrome de Cushing

A síndrome de Cushing é uma condição rara resultante em altos níveis de cortisol no organismo. Isso pode ocorrer devido a uma produção excessiva de cortisol pelas glândulas suprarrenais ou ao uso prolongado de corticosteroides.

A principal característica da síndrome de Cushing é o ganho de peso, especialmente na região do abdômen, rosto e pescoço.

Além do ganho de peso, outras manifestações incluem pele fina e frágil, estrias, fraqueza muscular e alterações emocionais. O tratamento envolve a correção das causas subjacentes, que podem incluir cirurgia ou a redução do uso de corticosteroides.

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Ganho de peso em excesso é sinal para buscar ajuda médica

É importante destacar que o ganho de peso nem sempre é um sinal direto de uma das doenças crônicas mencionadas anteriormente.

Muitas pessoas ganham peso devido a uma variedade de fatores, incluindo estilo de vida, genética, dieta e níveis de atividade. No entanto, qualquer ganho de peso substancial e não intencional deve ser visto como um sinal de alerta para buscar ajuda médica.

Um aumento significativo de peso, independentemente da causa, pode ter consequências negativas para a saúde, como o aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas de saúde.

Portanto, é essencial que as pessoas que experimentam um ganho de peso significativo, sem uma explicação óbvia, busquem orientação médica.

Os profissionais de saúde podem realizar uma avaliação abrangente para identificar as causas subjacentes e desenvolver um plano de tratamento adequado.

Além disso, a prevenção desempenha um papel fundamental na manutenção de um peso saudável. Adotar um estilo de vida equilibrado, que inclui uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios, pode ajudar a reduzir o risco de ganho de peso não saudável.

O acompanhamento médico regular também é essencial para monitorar a saúde e identificar quaisquer problemas precocemente.

Em resumo, embora o ganho de peso não seja necessariamente um sinal de uma das doenças mencionadas, ele é sempre um motivo para buscar ajuda médica e adotar medidas preventivas para manter a saúde em dia.

A orientação e o acompanhamento adequados podem fazer a diferença na prevenção e tratamento do ganho de peso e de suas potenciais causas subjacentes.

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