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6 tipos de pena de morte que ainda existem ao redor do mundo

Apesar de ser um tema muito polêmico, diversos países ao redor do mundo ainda possuem a pena de morte prevista como punição

Em um mundo cada vez mais polarizado sobre questões éticas e humanitárias, o debate em torno da pena de morte continua sendo um dos mais acirrados. Apesar da tendência global rumo à abolição desta prática, ainda há mais de 50 nações onde a pena de morte é legalmente permitida e praticada. Em cada uma delas, uma série de critérios específicos determina quem é elegível para essa sentença extrema.

Estas diretrizes legais variam amplamente, abrangendo desde crimes violentos, como homicídio, até questões mais controversas, como espionagem, violações de leis religiosas e mesmo comportamentos sociais e culturais considerados tabus. Ainda mais chocante é a variedade de métodos pelos quais a pena de morte é efetuada, cada um com suas próprias implicações éticas e humanitárias.

Pensando nisso, hoje nós decidimos explorar a complexidade e as múltiplas facetas da pena de morte no cenário mundial atual, em um esforço para lançar luz sobre um tema que continua dividindo opiniões e afetando vidas ao redor do globo.

1. Cadeira elétrica

Países onde a pena é aplicada: Principalmente nos Estados Unidos

A técnica da cadeira elétrica é uma das formas mais reconhecidas de execução nos Estados Unidos. O indivíduo condenado é firmemente amarrado em uma cadeira especialmente projetada. Eletrodos que possuem esponjas saturadas com solução salina são presos nas pernas e na cabeça do condenado, enquanto um capacete metálico é ajustado no crânio para facilitar a condução elétrica.

São administrados, pelo menos, dois pulsos elétricos que variam de 500 a 2.000 volts, com duração aproximada de 30 segundos cada. Caso o condenado continue vivo após a primeira série de choques, o protocolo é repetido conforme necessário.

A corrente elétrica interrompe diversas funções vitais, incluindo a regulação do coração e da respiração. Adicionalmente, os músculos do corpo do condenado se contraem intensamente, levando à arritmia e, eventualmente, à parada cardíaca.

2. Apedrejamento

Países onde a pena é aplicada: Algumas nções do Oriente Médio e Ásia, tais como Irã, Paquistão e Arábia Saudita

Normalmente, esse castigo é reservado para as mulheres envolvidas em infrações consideradas “crimes de honra.” O processo é particularmente brutal e conduzido principalmente por homens da comunidade e parentes da condenada.

A pessoa sentenciada é inteiramente envolvida em um pano branco e posicionada em uma espécie de cova. Em seguida, os responsáveis pela execução circundam a vítima e escolhem pedras de tamanho médio, com o intuito de prolongar o sofrimento. O início da execução é geralmente sinalizado pelo juiz que proferiu a sentença, seguido de membros do júri e até mesmo espectadores.

O resultado dessa prática é devastador. As pedras atingem várias partes do corpo, causando traumas múltiplos. No entanto, é o impacto repetido na cabeça que geralmente leva à morte, por meio de hemorragias intracranianas.

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3. Fuzilamento

Países onde a pena é aplicada: Este método de execução é utilizado em países como Estados Unidos, China, Somália, Taiwan, Uzbequistão, Guatemala e Vietnã, entre outros.

Um grupo de indivíduos armados se posiciona aproximadamente a 6 metros da pessoa condenada. Esta pode estar sentada ou de pé. Os tiros são efetuados de forma sincronizada contra o condenado.

Os disparos causam múltiplas feridas no corpo da vítima simultaneamente, levando potencialmente à morte por perda de sangue ou dano direto ao sistema nervoso central, especialmente se uma das balas acertar a cabeça.

O fuzilamento é frequentemente reservado para situações de crimes de guerra. Alguns países, que normalmente não fazem uso da pena de morte para outras infrações, como é o caso do Brasil, têm o fuzilamento previsto em suas leis para circunstâncias militares específicas.

4. Injeção letal

Países onde a pena é aplicada: Este método é predominantemente usado nos Estados Unidos, em 37 dos 38 estados que permitem a pena de morte, além de outros países como China e Guatemala.

Considerado um dos métodos menos dolorosos para o condenado, o indivíduo é preso a uma maca e sensores cardíacos são aplicados ao seu corpo. Duas agulhas são inseridas nas veias dos braços; uma para administrar inicialmente soro fisiológico e posteriormente o coquetel letal, e a outra agulha serve como um plano de contingência caso o sistema principal falhe.

Uma vez autorizada, a injeção letal é administrada em etapas. Primeiramente, um sedativo é injetado para induzir o sono. Depois, um agente paralisante muscular, geralmente curare, é administrado. Finalmente, o cloreto de potássio é injetado.

A paralisia muscular completa é induzida pelo curare, seguida pela parada cardíaca e morte, causadas pelo cloreto de potássio.

5. Decapitação

Países onde a pena é aplicada: A decapitação é um método de execução ainda em prática em nações como Arábia Saudita, China, Guatemala e Iraque.

O executor, comumente armado de uma espada, é incumbido da tarefa de realizar a decapitação.

A morte pode ser quase instantânea se o golpe for preciso e potente o suficiente para separar a cabeça do corpo com uma única lâmina. No entanto, a densidade muscular e óssea na região cervical pode, em alguns casos, exigir mais de uma investida para finalizar a execução.

O ato corta a medula espinhal, interrompendo imediatamente a comunicação entre o cérebro e os órgãos vitais. Isso resulta na parada cardíaca e respiratória quase instantâneas, e a vítima perde a consciência em um período inferior a três segundos.

6. Forca

Países onde a pena é aplicada A execução por forca está prevista na legislação de alguns estados norte-americanos, mas não é mais aplicada desde 1996. Outros países como China, Guatemala e Iraque também utilizam este método.

Amplamente representada em obras de cinema e televisão, o enforcamento requer um conjunto específico de preparações. A corda é fervida e torcida para evitar qualquer embaraço ou distorção. O nó é lubrificado, geralmente com sabão, para assegurar que deslize com facilidade. O condenado é posicionado sobre um alçapão, que é então aberto, fazendo com que ele fique suspenso pela corda ao redor do pescoço.

A morte por enforcamento pode ocorrer de duas formas distintas, dependendo do comprimento da corda utilizada.

  • Corda Longa: Neste caso, o impacto da queda provoca fraturas nas vértebras cervicais e danifica a medula espinhal. O resultado é uma morte quase instantânea, geralmente em menos de um minuto.
  • Corda Curta: Aqui, a morte é mais lenta e ocorre por asfixia. O condenado pode sofrer convulsões e perder o controle de funções corporais básicas como urinar e defecar. Este processo pode levar até 20 minutos até que a morte seja finalmente induzida.

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