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8 coisas que a classe média brasileira não pode mais pagar

A classe média brasileira tem sofrido cada vez mais com o encolhimento da renda e o aumento dos preços de todos os produtos e serviços

A classe média é uma classe socioeconômica extremamente importante para a sociedade brasileira, estudos apontam que 47% da população do Brasil se configura como classe média. Embora seja um número gigantesco de pessoas, é a classe que deve enfrentar os maiores desafios nos próximos anos.

Não é de hoje, mas a renda das famílias de classe média tem encolhido significativamente, e dentre os motivos que justificam esse cenário temos a estagnação dos salários, o aumento dos preços de produtos e serviços, a inflação que tende a comer parte da renda dessas famílias, além de questões econômicas e políticas no país.

O custo de vida no Brasil tem se tornado cada vez mais caro, entrando em conflito direto com uma renda cada vez mais estagnada da classe média. Preço de moradia, de alimentos, de serviços de saúde, estão disparando significativamente nos últimos anos.

Dessa forma, como uma família que teve sua renda estagnada conseguirá se manter com o custo de vida cada vez maior? O futuro dessa classe socioeconômica é repleto de incertezas, a ponto de que, muitas dessas famílias estão perdendo acesso a coisas que até alguns anos atrás eram totalmente possíveis, tais como:

1. Comprar um imóvel em um bairro nobre

Era uma vez quando a casa própria em um bairro bem localizado não era um sonho distante para a classe média. No entanto, a realidade hoje é outra. A valorização imobiliária e o desenvolvimento de novas áreas residenciais, mais afastadas, são respostas a um mercado que se tornou inacessível para muitos. Embora o crescimento de novos bairros atenda também à expansão demográfica, fica claro que morar em locais tradicionalmente desejados tornou-se um privilégio de poucos.

2. Comprar um carro 0km

Embora carros zero quilômetro ainda façam parte dos desejos de consumo da classe média, existe um paralelo aqui que precisa ser dito. Ainda que muitas pessoas de classe média comprem carros novos, a grande maioria depende de financiamentos longos, com taxas de juros cada vez maiores, que aos poucos estão pesando cada vez mais no orçamento dessas famílias.

3. Planos de saúde com melhores coberturas

Houve um tempo em que possuir um plano de saúde com ampla cobertura era comum entre as famílias de classe média, geralmente víamos planos com atendimento nacional ou ainda estadual. Atualmente, os planos mais completos e exclusivos têm se direcionado a um público de renda mais elevada, deixando a classe média com opções que oferecem cobertura mais limitada, muitas vezes confinada ao atendimento exclusivamente em sua cidade.

4. Educação de alto padrão

Escolas e universidades particulares de renome, que antes eram vistas como uma escolha viável para a classe média, agora impõem uma barreira financeira considerável. O aumento expressivo das mensalidades coloca essas instituições de ensino fora do alcance de muitas famílias, limitando o acesso à educação de qualidade.

Atualmente podemos ver dois padrões diferentes de educação privada, aquelas que oferecem preços mais baixos, como a exemplo de escolas para educação infantil, onde os pais ainda pagam para ter uma educação de melhor qualidade, e as escolas de alto padrão, extremamente caras, que somente os ricos agora podem pagar para seus filhos.

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5. Tecnologia de ponta

A corrida tecnológica nunca para, e com ela, os preços de dispositivos de última geração, como smartphones e laptops de alta performance, continuam a aumentar. O que antes era um investimento acessível para atualização ou aquisição de novos gadgets, hoje representa um desafio financeiro para muitos, refletindo as pressões econômicas sobre o orçamento familiar.

6. Serviços pessoais diferenciados

Serviços que oferecem um toque pessoal, como decoração de interiores e planejamento de viagens, estão cada vez mais fora do alcance. A busca por exclusividade e personalização por parte dos mais ricos elevou os custos desses serviços, tornando-os um luxo inacessível para muitos na classe média.

7. Produtos importados e de marcas famosas

A valorização do dólar e os custos associados à importação têm impactado diretamente o preço final de produtos importados e de marcas internacionais no Brasil. Itens que vão desde eletrônicos a vestuário e cosméticos, que antes eram adquiridos com mais facilidade, estão se tornando escolhas mais difíceis de justificar financeiramente.

8. Renovar a mobília de casa

Renovar a mobília de casa atualmente só acontece em último caso, quando algo realmente estragou de uma forma que inutilize os itens em questão. O aumento dos preços e a estagnação dos salários não tem permitido que as pessoas possam renovar sua mobília.

Como enfrentar esse desafio?

Em meio aos desafios financeiros que muitas famílias brasileiras enfrentam atualmente, ajustar o estilo de vida e adotar uma gestão financeira mais estratégica acabou se tornando uma prática fundamental para a sobrevivência. Reavaliar prioridades e a implementar um orçamento consciente são etapas necessárias neste processo.

Isso envolve distinguir entre necessidades e desejos, identificando gastos que podem ser reduzidos ou eliminados para alocar recursos para os itens certos. Além disso, buscar formas alternativas de renda pode oferecer uma ajuda no financeiro, possibilitando não apenas a cobertura de despesas básicas mas também a preservação de alguns aspectos do estilo de vida desejado.

Adotar uma mentalidade de consumo mais consciente e voltada para experiências, em vez de acumular bens materiais, pode também ajudar com a qualidade de vida. Encontrar satisfação em atividades que fortalecem laços familiares, explorar hobbies que demandam pouco ou nenhum investimento financeiro e aproveitar os recursos disponíveis em sua cidade são maneiras de enriquecer a vida sem prejudicar o orçamento.

A longo prazo, o planejamento financeiro focado em objetivos claros e a construção de uma rede de apoio sólida podem ajudar a superar os obstáculos impostos pela atual realidade econômica, permitindo uma adaptação mais suave às mudanças sem sacrificar o bem-estar e a felicidade.

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