8 coisas que a classe média vai perder acesso em até 10 anos

Se tem uma coisa que podemos dizer para quem é de classe média, é: salve-se quem puder. A classe média no Brasil está desaparecendo aos poucos, embora sejam a maioria em nosso país, é a classe que tem mais encolhido nos últimos anos, isso devido a crises globais, instabilidade política, diminuição de poupança e risco de endividamento.

Esse fato não é exclusivo no Brasil, na verdade, em todo o mundo, principalmente em países subdesenvolvidos, a classe média está em risco de desaparecer, isso devido ao alto custo de despesas básicas, como alimentação, saúde e moradia, que consome significativamente a maior renda das famílias.

Todas essas questões, atreladas a um salário que tem se estagnado, que não consegue mais acompanhar os avanços da inflação, reduzem o poder de compra das pessoas, que consequentemente acaba levando a um aumento das dívidas e às altas taxas de juros.

Como consequência, a classe média vem encolhendo globalmente, levando a menos oportunidades para as gerações mais jovens. Diante dessa constatação, vamos apresentar 10 coisas que a classe média ainda hoje tem acesso, mas que se tornarão cada vez mais difíceis de se conquistar nos próximos 10 anos.

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O que a classe média não poderá mais pagar

Prever o que a classe média pode perder nos próximos dez anos envolve uma análise de tendências econômicas, tecnológicas, sociais e ambientais atuais. Embora seja impossível prever o futuro com certeza, podemos especular com base em dados e tendências atuais. A seguir vamos conferir dez coisas que a classe média pode enfrentar ou perder nos próximos dez anos, com explicações baseadas em fundamentos observados:

1. Comprar um imóvel

Com o aumento constante dos preços dos imóveis em muitas regiões, tornando-se mais rápido do que a renda média, a propriedade de imóveis pode se tornar inacessível para muitos na classe média. Isso é exacerbado pela especulação imobiliária e pela demanda crescente em áreas urbanas.

2. Estabilidade no emprego

A automação e a inteligência artificial estão transformando o mercado de trabalho, com muitos empregos tradicionalmente considerados de classe média correndo o risco de serem automatizados. Isso pode resultar em perda de emprego ou na necessidade de requalificação frequente.

3. Segurança de uma aposentadoria

Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, os sistemas de aposentadoria financiados pelo governo podem enfrentar pressões significativas. Isso pode resultar em benefícios reduzidos para a classe média, que já luta para economizar o suficiente para a aposentadoria.

4. Acesso à educação privada

A educação privada já é um grande investimento para muitas famílias brasileiras. Se as mensalidades continuarem a subir acima da inflação, como tem sido a tendência, a educação privada de qualidade pode se tornar inacessível para a classe média.

5. Veículos novos

Com a introdução de tecnologias avançadas, como veículos elétricos, e o aumento dos impostos e regulamentações ambientais, o custo de aquisição de veículos novos pode aumentar significativamente.

6. Tecnologia de ponta

Embora a tecnologia tenda a se tornar mais acessível com o tempo, a última geração de gadgets, computadores e smartphones pode permanecer cara, especialmente se houver aumento nos impostos de importação.

7. Educação superior e pós-graduação

Com o aumento dos custos de vida e a diminuição do poder de compra, a educação superior e os cursos de pós-graduação, especialmente em instituições privadas de prestígio, podem se tornar inacessíveis para muitos na classe média.

8. Atividades extracurriculares para crianças

As atividades extracurriculares, como aulas de música, esportes, artes, e outras formas de enriquecimento pessoal, estão se tornando cada vez mais importantes para o desenvolvimento infantil. No entanto, os custos associados a esses programas podem aumentar, dificultando para as famílias de classe média proporcionarem essas experiências aos seus filhos.

Como enfrentar os desafios financeiros da classe média?

Para enfrentar os desafios financeiros da classe média no Brasil, é necessário muita estratégia é jogo de cintura. O primeiro passo, sem sombra de dúvidas é a educação financeira: aprender a administrar finanças, criar um orçamento realista, poupar para emergências e entender investimentos.

Isso inclui também procurar rendas extras, seja através de um segundo emprego, investindo em pequenos negócios ou aproveitando oportunidades de freelance. Essas ações práticas ajudam a construir uma base financeira sólida e aumentar a resiliência econômica da família.

Do ponto de vista das políticas públicas, o governo precisa implementar medidas que fortaleçam a educação de qualidade, saúde acessível e sistemas de previdência viáveis. Isso significa investir em programas de educação financeira nas escolas, assegurar que todos tenham acesso a cuidados de saúde a preços razoáveis, e reformar os sistemas de aposentadoria para garantir sua sustentabilidade a longo prazo.

Além disso, criar um ambiente de negócios que incentive o empreendedorismo e o crescimento de empregos bem remunerados é crucial para aumentar as oportunidades para a classe média.

Finalmente, no nível comunitário, fortalecer as redes de apoio locais é vital. Isso pode ser feito por meio de cooperativas, grupos de investimento comunitário e associações de bairro que ofereçam suporte mútuo. Pressionar por políticas públicas transparentes e justas também é importante, pois cria um ambiente mais equitativo que beneficia a classe média.