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8 diferenças entre ser pobre no Brasil e pobre nos Estados Unidos

O Brasil é conhecido por sua grande desigualdade social, que afeta até mesmo como pobres vivem por aqui com relação a outros países

A desigualdade social não é um problema exclusivo do Brasil; na verdade, trata-se de um fenômeno complexo e preocupante, afetando diversas sociedades ao redor do mundo. Ela se manifesta por meio de disparidades econômicas, educacionais, oportunidades de emprego, acesso à saúde de qualidade, entre outros recursos essenciais para a sobrevivência.

Um relatório publicado pelo World Inequality Lab, chamado “Relatório sobre as Desigualdades Mundiais”, aponta que os 10% mais ricos detêm 52% da renda mundial, enquanto isso, os 50% mais pobres possuem apenas 8,5% da renda total.

Esse fato é ainda mais discrepante quando analisamos o patrimônio, pois a metade mais pobre da população mundial controla apenas 2% de toda a riqueza global, enquanto os 10% mais ricos possuem 76% de toda a fortuna mundial.

No entanto, além desses dados que já são chocantes por si só, falar sobre a pobreza no Brasil é um assunto extremamente complexo, afinal, conforme o mesmo relatório, o Brasil é um dos países com maior desigualdade social e de renda do mundo.

O estudo refere-se ao Brasil como “um dos países mais desiguais do mundo”, afirmando ainda que a discrepância de renda no país “é marcada por níveis absurdamente extremos há muito, mas muito tempo”.

Diante de toda a desigualdade no Brasil, você já parou para pensar como é a diferença de vida entre um pobre brasileiro e um pobre que vive em um país desenvolvido, com menos desigualdade, como os Estados Unidos?

Antes que você pense que pobre é pobre em qualquer lugar, existem muitas diferenças entre ser uma pessoa pobre em um país com grande desigualdade social e ser pobre em um país com menos desigualdade social e é justamente sobre isso que falaremos agora.

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Diferença entre ser pobre no Brasil e nos EUA

Comparar a pobreza entre diferentes países, como Brasil e Estados Unidos, exige uma análise cuidadosa de vários aspectos socioeconômicos, culturais e governamentais. As diferenças na maneira como a pobreza se manifesta e é abordada nesses países refletem suas histórias, políticas econômicas, estruturas sociais e sistemas de segurança social.

Contudo, para que você possa compreender um pouco mais a diferença entre a pobreza no Brasil e em países mais desenvolvidos, com menos desigualdade social, estamos trazendo 10 diferenças extremamente relevantes entre ser um pobre no Brasil e um pobre nos Estados Unidos, veja:

1. Escala e proporção

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma proporção significativa da população vive abaixo da linha de pobreza, sendo um total de 36,7% das pessoas vivendo em situação de pobreza, com disparidades regionais acentuadas, especialmente entre o norte/nordeste e o sul/sudeste.

Já nos Estados Unidos a pobreza afeta uma parcela menor da população em comparação com o Brasil. De acordo com o U.S. Census Bureau, a taxa de pobreza nos EUA gira em torno de 10-15%, mas varia consideravelmente entre estados e grupos étnicos/raciais.

2. Desigualdade de renda

No Brasil, o índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, é um dos mais altos do mundo, refletindo uma grande disparidade entre ricos e pobres. Isso se traduz em limitado acesso a oportunidades para a população mais pobre.

Nos EUA, apesar de uma desigualdade significativa, o índice de Gini é menor que o do Brasil. Contudo, a desigualdade tem crescido, especialmente em termos de riqueza, além da renda.

3. Acesso a serviços básicos

No Brasil, o acesso desigual a serviços básicos como saneamento, saúde e educação de qualidade é uma característica marcante da pobreza, com muitas comunidades carentes enfrentando condições precárias.

Já nos EUA, apesar de melhor infraestrutura geral, ainda existem disparidades significativas, especialmente em comunidades de baixa renda e minorias raciais, com acesso desigual a serviços de saúde de qualidade e educação.

4. Sistemas de segurança social

O Brasil possui programas de transferência de renda como o Bolsa Família, visando reduzir a pobreza e a desigualdade. Contudo, desafios permanecem quanto à cobertura e suficiência dos benefícios.

Os EUA oferecem uma variedade de programas de assistência, como o SNAP (Supplemental Nutrition Assistance Program) e Medicaid. No entanto, critérios rigorosos de elegibilidade e o estigma social limitam a eficácia desses programas.

5. Emprego informal e segurança no trabalho:

No Brasil, o setor informal é uma grande fonte de emprego para os pobres, caracterizado pela falta de proteção trabalhista e segurança de renda.

Já nos EUA, enquanto o emprego informal é menos prevalente, trabalhadores de baixa renda frequentemente enfrentam instabilidade no emprego, com poucos benefícios e proteções trabalhistas.

6. Moradia

Favelas e moradias inadequadas são símbolos da pobreza urbana no Brasil, refletindo a falta de acesso a moradia digna e a busca de pessoas que precisam encontrar em locais mais distantes para se viver, devido aos altos preços de imóveis.

Com relação aos Estados Unidos, a pobreza na habitação manifesta-se através da falta de moradias acessíveis, despejos e uma população significativa de sem-teto.

7. Saúde e educação

A desigualdade no acesso à saúde e educação de qualidade é um dos grandes dilemas no Brasil, afetando diretamente a qualidade de vida e as oportunidades futuras da população mais pobre.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, apesar de acesso universal à educação básica, a qualidade varia significativamente, e o sistema de saúde é caro e inacessível para muitos sem seguro adequado.

8. Segurança e violência

No Brasil, não há como negar, a violência é uma preocupação diária para toda a população, independente da classe socioeconômica, contudo é ainda pior para os mais pobres, especialmente em áreas urbanas e favelas.

Já nos Estados Unidos, a criminalidade associada à pobreza também existe, mas o contexto e a natureza da violência é diferente do Brasil, influenciados muitas vezes por fatores como raça e além da desigualdade de renda.

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