Até alguns anos atrás, uma família de classe média era vista como uma família que estava se dando bem na vida, subindo, pouco a pouco, alguns degraus, passando a ter melhores salários, moradias melhores e maior qualidade de vida.
Mas o fato é que a classe média vem encolhendo ano após ano, segundo dados do Instituto Locomotiva, o número de famílias de classe média vem reduzindo no Brasil. Antes, a classe social que era composta pela maioria dos brasileiros (54%), agora está próxima dos 45% e já está do mesmo “tamanho” que a classe baixa.
Mas por que isso acontece? A classe média no Brasil tem encolhido devido a uma combinação de fatores econômicos e sociais que afetam diretamente a distribuição de renda e a mobilidade social no país. Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado crises econômicas significativas.
Além disso, estamos lidando com altos índices de desemprego, alta anual da inflação e o baixo crescimento econômico, que corroem o poder de compra e limitam as oportunidades para as pessoas de classe média.
Diante desse cenário, existem alguns desafios que a classe média está enfrentando e que devem se intensificar nos próximos anos. É justamente sobre esses desafios que vamos falar agora!
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A inflação pode reduzir significativamente o poder de compra, especialmente quando os aumentos nos preços dos alimentos, moradia, e energia superam o crescimento dos salários. Isso pode obrigar as famílias a priorizar gastos, sacrificando qualidade de vida ou poupança para o futuro.
Em muitas cidades, os preços dos imóveis têm crescido mais rápido do que os rendimentos médios, tornando a propriedade de uma casa um sonho distante para muitos. Esse fenômeno força as pessoas a permanecerem no mercado de aluguel, onde enfrentam aumentos de aluguel e menos estabilidade.
Existem alguns estudos que apontam que um dos maiores investimentos da classe média é com educação, haja visto que para esses individuos o estudo é uma maneira de se diferenciar no mercado cada vez mais competitivo.
Contudo, os custos com a educação ultrapassam 35% de toda a renda das famílias de classe média, refletindo nas dificuldades financeiras de manter os filhos em escolas particulares onde o ensino ainda é superior quando comparado ao ensino público.
Além disso, o custo com a educação superior é outro fator que não para de aumentar, forçando muitos estudantes a contrair empréstimos substanciais. A dívida estudantil pode afetar as decisões de carreira, a capacidade de comprar uma casa e até mesmo a decisão de começar uma família.
Muitos setores têm visto um crescimento lento nos salários, o que, ajustado pela inflação, pode significar que os trabalhadores estão ganhando menos em termos reais do que em décadas passadas. Isso limita a capacidade de poupança e investimento e aumenta o risco ao endividamento e inadimplência.
A automação e a inteligência artificial estão mudando a natureza do trabalho, eliminando alguns empregos enquanto criam outros. Isso pode exigir que os trabalhadores busquem requalificação ou mudem de carreira, o que pode ser financeiramente e emocionalmente desafiador para as famílias de classe média.
A tendência para contratos de trabalho mais flexíveis pode oferecer menos benefícios e segurança do que os empregos tradicionais, afetando a estabilidade financeira e a capacidade de planejamento a longo prazo.
Além disso, a precariedade do emprego afeta não apenas a estabilidade financeira, mas também o bem-estar mental e físico. A ansiedade sobre a segurança no emprego pode levar a estresse crônico, afetando a saúde e a produtividade.
A crescente disparidade de renda pode levar a uma concentração de riqueza e oportunidades, limitando a mobilidade ascendente para a classe média e aumentando a competição por recursos e oportunidades limitados.
Pensar em se aposentar tem se tornado um verdadeiro desafio. Com a Reforma da Previdência de 2019, se aposentar atualmente está mais difícil e os benefícios estão com regras mais exigentes, necessitando maior tempo de contribuição e uma idade maior para se aposentar com um benefício um pouco mais justo.
Contudo, a Previdência Social brasileira, gera prejuízos anuais para o Governo Federal, que já inclinou que em alguns anos será preciso uma nova reforma previdenciária, o que tornará ainda mais difícil se aposentar para indivíduos mais jovens.
Além disso, com a estagnação salarial, a alta da inflação e a redução do poder de compra, as pessoas não possuem mais condições de guardar dinheiro para ter uma aposentadoria mais estável, o que traz uma insegurança ainda maior com relação a uma futura aposentadoria.
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