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8 hábitos que a classe média possuí que os afundam em dívidas

Para que um país possa se desenvolver, é essencial ter uma classe média forte e próspera, especialmente no Brasil, onde 47% da população se enquadra nesse grupo socioeconômico, segundo dados do Instituto Locomotiva.

A classe média é crucial para impulsionar o consumo, possibilitando investimentos em saúde, educação e construção civil, além de permitir a existência de mais serviços por meio de sua contribuição tributária.

Contudo, uma crescente preocupação é o endividamento desse grupo socioeconômico. A classe média brasileira enfrenta uma elevada taxa de endividamento devido a uma combinação de fatores estruturais e conjunturais da economia e da sociedade.

Um ponto central é o acesso facilitado ao crédito, incentivado por políticas de estímulo ao consumo como forma de aquecer a economia. Embora esse acesso seja positivo por um lado, por outro, pode levar muitas famílias a um endividamento excessivo devido às altas taxas de juros praticadas no país, que estão entre as maiores do mundo.

Essas condições financeiras, somadas à falta de educação financeira, contribuem para que muitas pessoas façam escolhas de crédito sem uma avaliação adequada de suas capacidades de pagamento, resultando em dívidas que frequentemente excedem a capacidade de pagamento.

Para ilustrar melhor essa situação, preparamos uma lista com alguns dos fatores mais comuns que levam a maioria das famílias brasileiras de classe média a enfrentar dificuldades financeiras. Confira a seguir quais são esses fatores e veja se algum deles se aplica a você.

Leia também | 6 maneiras comprovadas de sair das dívidas em seis meses

1. Viver acima das possibilidades

Este é talvez o erro mais comum. Comprar uma casa ou carro que exige comprometer uma porcentagem alta da renda mensal limita a capacidade de economizar e investir. Muitas vezes, a pressão para manter um certo status social leva a gastos exorbitantes em itens não essenciais, como roupas de marca, gadgets de última geração e jantares caros.

2. Uso irresponsável de cartões de crédito

Cartões de crédito são ferramentas poderosas, mas perigosas. O acesso fácil ao crédito pode levar ao acúmulo de dívidas rapidamente, especialmente quando os consumidores não estão atentos às taxas de juros, que podem ser exorbitantes. Pagar apenas o mínimo exigido aumenta o tempo necessário para liquidar a dívida e o custo total devido aos juros compostos.

3. Falta de fundo de emergência

Sem um colchão financeiro, qualquer imprevisto, como desemprego ou uma despesa médica inesperada, pode resultar na necessidade de recorrer ao crédito. Um fundo de emergência ideal deveria cobrir de três a seis meses de despesas vivas.

4. Financiamento de estilo de vida com dívidas

Adquirir empréstimos para manter um estilo de vida luxuoso ou para comprar itens depreciáveis, como eletrônicos e carros, pode criar um ciclo de dívida difícil de quebrar. Isso é especialmente verdadeiro quando os itens financiados perdem valor mais rapidamente do que a dívida pode ser paga.

5. Pressão social e consumismo

A pressão para acompanhar os colegas pode levar a gastos excessivos. Muitas vezes, isso é exacerbado pelas redes sociais, onde as pessoas frequentemente exibem uma versão idealizada de suas vidas, incluindo viagens, roupas e restaurantes caros, incentivando outros a seguir o exemplo.

6. Decisões de investimento ruins

Investir sem uma estratégia ou conhecimento adequado pode levar a perdas significativas. Esquemas de investimento de alto risco ou investimentos em modas passageiras sem uma compreensão sólida dos riscos envolvidos são caminhos comuns para o desastre financeiro.

7. Não procurar por educação financeira

A falta de compreensão sobre como o dinheiro funciona leva muitas pessoas a tomar decisões financeiras ruins. Isso inclui não saber como orçar, como a dívida funciona, ou como investir. A educação financeira é fundamental para tomar decisões informadas sobre poupança, investimento e uso do crédito.

8. Pagamentos mínimos em dívidas

Optar por pagar apenas o mínimo em dívidas, especialmente de cartão de crédito, pode parecer uma boa maneira de manter mais dinheiro disponível no curto prazo. No entanto, essa prática aumenta significativamente o montante de juros pagos ao longo do tempo, transformando pequenas dívidas em grandes encargos financeiros.

Ricardo

Administrador, analista SEO e chefe de redação, atuando frente aos conteúdos mais acessados do país.

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