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8 novelas que muita gente não se lembra mais

Grandes novelas já foram produzidas no Brasil. Houve uma época que a TV Tupi era grande estrela das emissoras de TV. Porém, nos anos 70, a Globo começou a ganhar destaque

Grandes novelas já foram produzidas no Brasil. Houve uma época que a TV Tupi era grande estrela das emissoras de TV. Porém, nos anos 70, a Rede Globo começou a ganhar destaque entre as emissoras que produziam folhetins.

A TV da família Marinho produziu grandes sucessos como “Gabriela” com Sônia Braga, “Pecado Capital” com Lima Duarte, Betty Faria e Francisco Cuoco, “Saramandaia”, com Juca de Oliveira. Muitas dessas novelas ficaram na memória dos brasileiros, outras esqueceram, e a turminha jovem nunca ouviu falar.

Listamos grandes produções que fizeram sucesso na telinha, conquistando a audiência e fazendo muita gente não perder um capítulo sequer.

1. “Gabriela” (Globo/1975)

Gabriela / Fotos Divulgação / Globo

“Gabriela” foi produzida pela Rede Globo e exibida originalmente de 14 de abril a 24 de outubro de 1975, em 132 capítulos. A trama é uma adaptação do romance “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado e foi escrita por Walter George Durst. 

A história gira em torno de Gabriela da Silva (Sônia Braga), uma moça do sertão baiano que se muda para Ilhéus para fugir da seca nordestina, com seu tio e mais dois jagunços. Gabriela é uma morena brigona e ousada, que andava descalça e com vestidos extremamente curtos, e muito trabalhadora. 

A novela mostra o amor de Gabriela com um estrangeiro chamado Nacib (Armando Bógus) que além de ter sido seu patrão em seu bar, o Vesúvio, não aceitava seu comportamento, ora ingênuo, ora loucamente sensual. 

Paralelamente a isto temos a rixa do político e bom moço Mundinho Falcão (José Wilker) e o temido Coronel Ramiro Bastos (Paulo Gracindo). Um é do bem e só quer o melhor para Ilhéus, já o outro prepotente, arrogante e ignorante. A novela foi dirigida por Walter Avancini e Gonzaga Blota.

Em 2012, a Globo produziu o remake de “Gabriela”, com Juliana Paes vivendo a personagem, e Humberto Martins interpretando Nacib. 

2. “Pecado Capital” (Globo/1975)

Pecado Capital / Fotos Reprodução / Globo

Em “Pecado Capital”, Carlão (Francisco Cuoco) é um motorista de táxi que vive um drama de consciência depois que assaltantes de banco em fuga esquecem em seu carro uma mala com o dinheiro roubado: não sabe se a entrega à polícia, correndo o risco de ser acusado de cúmplice do roubo, ou se usa o dinheiro para resolver seus problemas. Ele é noivo de Lucinha (Betty Faria), com quem tem uma relação apaixonada, mas tumultuada por brigas e ciúmes, por conta do seu machismo.

Lucinha é uma jovem sonhadora que trabalha como tecelã em uma fábrica de confecções, de propriedade do industrial Salviano Lisboa (Lima Duarte).

Escolhida para estrelar uma campanha publicitária, começa a fazer sucesso como modelo, com o nome de Luci Jordan. Sua circulação por ambientes mais sofisticados, aliada à rudeza de Carlão, afastam-na da realidade do subúrbio, levando-a a se envolver com Salviano, homem gentil e sensível, cujos modos contrastam com os do ex-noivo.

A novela foi escrita por Janete Clair com direção de Daniel Filho. A trama foi criada em situação emergencial, pois a ocupante original no horário das 20 horas, “Roque Santeiro”, teve sua exibição vetada pela censura do Governo do Brasil. Integrantes do elenco e cenários desta foram reaproveitados na obra substituta.

3. “Saramandaia” (Globo/1976)

Imagem: Memoria Globo

“Saramandaia” foi uma novela de Dias Gomes, que mexeu com o imaginário o público. Os habitantes do fictício vilarejo de Bole-Bole estão mobilizados em torno de um plebiscito para a troca do nome da cidade para Saramandaia. Duas facções promovem uma intensa campanha. O coronel Zico Rosado (Castro Gonzaga) lidera os “tradicionalistas”, usando justificativas históricas para a conservação do nome original. 

Os “mudancistas”, liderados pelo coronel Tenório Tavares (Sebastião Vasconcelos), têm o apoio do vereador João Gibão (Juca de Oliveira), autor do projeto: eles alegam vergonha do nome Bole-Bole, relacionado a um episódio ocorrido com D. Pedro II na cidade. 

O autor criou personagens exóticos para, por meio da ficção, abordar questões políticas, culturais e socioeconômicas, transformando a cidade fictícia da novela em um microcosmo do Brasil. O coronel Zico Rosado põe formigas pelo nariz; Dona Redonda (Wilza Carla) explode de tanto comer; a sensual Marcina (Sônia Braga) provoca queimaduras com o calor do corpo; o professor Aristóbulo Camargo (Ary Fontoura) se transforma em lobisomem nas noites de quinta-feira. Além disso, sob a aparente corcunda, o pacato João Gibão esconde um par de asas.

“Saramandaia” foi exibida de 3 de maio a 31 de dezembro de 1976, em 160 capítulos.

4. “Cambalacho” (Globo/1986)

Cambalacho / Foto: Arte/Memória Globo

Em “Cambalacho”, dois trambiqueiros, Leonarda Furtado (Fernanda Montenegro), a Naná, e seu compadre Jerônimo Machado (Gianfrancesco Guarnieri), o Gegê, são parceiros nos cambalachos que Naná faz para sobreviver e manter os estudos de sua filha, Daniela (Cristina Pereira), no exterior. Para aliviar a culpa pelas trapaças que comete, Naná leva para sua casa crianças que recolhe nas ruas. Apesar de viverem de trambiques, Naná e Gegê são boas pessoas. Só não conseguem ganhar a vida de outra maneira.

A vilã da novela é Andréia (Natália do Vale), uma mulher ambiciosa e sem nenhum escrúpulo, que se casa com o milionário Antero Souza e Silva (Mário Lago) sonhando ficar rica.

A novela foi escrita por Silvio de Abreu, que abordou como tema a “situação vergonhosa” no qual o Brasil passava, na visão do autor. Com supervisão de Daniel Filho, direção de Jorge Fernando e Del Rangel, e direção geral de Jorge Fernando. Foi exibida de 10 de março a 4 de outubro de 1986, em 173 capítulos.

5. “Brega & Chique” (Globo/1987)

Brega & Chique / Bazilio Calazans Globo

Rafaela Alvaray (Marília Pêra) — Casada com Herbert (Jorge Dória). Quando é decretada a falência do marido, tem todos os bens confiscados. Sua forte personalidade começa a se revelar a partir da queda. No início é uma mulher rica, afetada, quase fútil. Faz tudo para manter a família unida depois do baque sofrido.

Rosemere (Glória Menezes) – Mulher simples, trabalhadora. Tem uma relação com Herbert (Jorge Dória), que conhece como Mário, e com quem tem a filha Márcia (Fabiane Mendonça). Recebe uma grande quantia em dinheiro quando ele some, o que muda sua vida. Tem dois filhos do primeiro casamento, Vânia (Paula Lavigne) e Amaury (Cacá Barrete).

Montenegro (Marco Nanini) — Amigo íntimo de Herbert (Jorge Dória), a única pessoa a quem ele revela suas intenções. Sabe que ele está vivo, no exterior, cheio de dinheiro. Fica dividido entre a afeição por Rafaela (Marília Pêra) e a fidelidade ao amigo.

A novela foi exibida de 20 de abril a 7 de novembro de 1987, em 173 capítulos. Foi escrita por Cassiano Gabus Mendes, com a colaboração de Luís Carlos Fusco e Solange Castro Neves, teve direção de Jorge Fernando (também diretor geral), Marcelo de Barreto e Carlos Magalhães.

6. “Rainha da Sucata” (Globo/1990)

Rainha da Sucata / Reprodução / Memória Globo

“Rainha da Sucata” é ambientada em São Paulo, a trama retrata o universo dos novos-ricos e da decadente elite paulista contrapondo duas personagens femininas, a emergente Maria do Carmo (Regina Duarte) e a socialite falida Laurinha Figueroa (Glória Menezes).

Maria do Carmo enriquece com os negócios do pai, o vendedor de ferro-velho Onofre (Lima Duarte), e se torna uma bem-sucedida empresária, mas mantém os hábitos de seu passado humilde. Ela mora com o pai e a mãe, Neiva (Nicette Bruno), no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo.

Apaixonada por Edu Figueroa (Tony Ramos), que a desprezara e humilhara na juventude, ela decide “comprá-lo”: propõe casar-se com ele para ajudar sua família, de origem tradicional, mas à beira da falência. Edu aceita a proposta, e a emergente, após o casamento, vai morar no casarão dos Figueroa, nos Jardins, sofisticado reduto da cidade.

No entanto, o maior sucesso da trama foi a personagem dona Armênia (Aracy Balabanian), uma armênia que mora no Brasil há muitos anos com os filhos Gera, Gino e Gerson, a quem trata como se fossem bebês. Gerson é o braço direito de Maria do Carmo na empresa, com quem acaba se envolvendo no início da trama. 

Os três irmãos mais tarde vão acabar disputando o amor da jovem Ingrid, filha da requintada senhora Isabelle. No meio da trama, dona Armênia descobre negócios escusos entre seu falecido marido e o pai de Maria do Carmo e se torna dona do território onde a empresa de Maria do Carmo é erguida, um prédio no meio da Avenida Paulista e resolve demolir o edifício. Sua frase “Vou botar essa prédio na chon!” ficou  famosa!

 A novela foi exibida originalmente de 2 de abril a 26 de outubro de 1990, em 179 capítulos.

7. “Éramos Seis” (SBT/1994)

Éramos Seis / Imagem de Divulgação SBT

Éramos Seis é uma telenovela brasileira produzida pelo SBT e exibida de 9 de maio a 5 de dezembro de 1994, em 180 capítulos.

Baseada no romance de mesmo título, lançado em 1943 por Maria José Dupré, foi adaptada por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, com direção de Henrique Martins e Del Rangel e direção geral de Nilton Travesso.

O cotidiano da vida de Dona Lola (Irene Ravache), ao lado do marido Júlio (Othon Bastos)

e dos quatro filhos Carlos (Jandir Ferrari), Alfredo (Tarcísio Filho), Isabel (Luciana Braga) e Julinho (Leonardo Brício) desde quando estes eram pequenos até a idade adulta, quando Dona Lola termina seus dias sozinha numa casa para idosos. 

A trama se inicia em São Paulo em 1921, com a família Lemos vivendo na Avenida Angélica, com a luta de Júlio para pagar as prestações de sua casa à Caixa Econômica Federal e para criar os quatro filhos. 

A história transcorre todos os fatos marcantes da vida de Dona Lola: a dura luta para criar os filhos; a morte do marido que traz uma reviravolta na família obrigando os filhos a trabalharem e abandonarem os estudos; a morte de Carlos, o filho mais velho, vítima na Revolução de 1932, os problemas com Alfredo, metido com movimentos políticos e badernas; a união precoce de Isabel com Felício (Marco Ricca) um homem bem mais velho e casado; o casamento de Julinho com uma moça da sociedade, e o desfecho da história com a ida de Dona Lola para um asilo.

Em 2019, a Globo comprou os direitos da trama, produzindo um remake da história, com Glória Pires interpretando dona Lola e Julio (Antonio Calloni). 

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8. “Cavalo Amarelo” (Band/1980)

Cavalo Amarelo / Reprodução

“Cavalo Amarelo” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Band entre 23 de junho e 29 de novembro de 1980, em 137 capítulos. Foi escrita por Ivani Ribeiro com direção de David José, direção geral de Henrique Martins e direção de núcleo de Walter Avancini.

Dulcinéa (Dercy Gonçalves) é uma cômica ex-vedete que vive tentando salvar seu teatro das garras do amargurado Salvador Maldonado (Rodolfo Mayer), dono do prédio que deseja derrubar-lo para construir um edifício comercial, mas é impedido por um antigo contrato. Maldonado, que idolatra uma estatueta de um cavalo amarelo a quem atribui seu sucesso nos negócios, tem quatro filhos de personalidades bem opostas: a fria Joana (Márcia de Windsor), só pensa em dinheiro igual o pai, mas é estremecida ao conhecer o pobretão Alberto (Rolando Boldrin), Lalucha (Marta Volpiani) é rebelde e faz de tudo para ajudar Dulcinéa.  Walter (Walter Prado) é submisso e controlado pelo pai, o que irrita sua esposa Belinha (Carmem Monegal), que tem o casamento constantemente envenenado pelo sogro.

Já Téo (Fúlvio Stefanini) é um festeiro que sempre foge de marcar a data do casamento com Maria do Carmo (Maximira Figueiredo). Ele acaba se apaixonando pela sobrinha de Dulcinéa, Pepita (Yoná Magalhães).

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