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8 novos alimentos que vamos começar a consumir a partir de 2030

Em um futuro muito próximo, várias opções de alimentos novos estarão fazendo parte de nossas refeições diárias

Na próxima década, é provável que nossos hábitos alimentares sofram mudanças significativas, à medida que novas opções alimentares surgem no cenário global. A busca por alternativas mais sustentáveis, nutritivas e inovadoras nos levará a explorar alimentos que até então não faziam parte da nossa dieta tradicional.

Uma tendência alimentar emergente são as proteínas alternativas baseadas em vegetais, como a proteína de ervilha, grão-de-bico e cogumelos. Esses alimentos oferecem uma maneira saudável e ética de obter proteínas essenciais sem depender do consumo excessivo de carne animal, reduzindo assim a pegada ecológica.

A próxima década pode nos reservar surpresas culinárias fascinantes, pois abraçamos novas opções alimentares que beneficiam não apenas nossa saúde, mas também o meio ambiente. Ao explorarmos essas alternativas, estaremos dando passos importantes para uma dieta mais sustentável e diversificada, tornando o ato de se alimentar uma jornada de descobertas e bem-estar.

Pensando nisso, hoje nós vamos apresentar 8 novos alimentos que devem fazer parte da nossa dieta na próxima década, e que podem até parecer estranhos hoje, mas serão muito comuns num futuro bem próximo.

8 alimentos do futuro

Aqui estão 8 produtos que, em um futuro próximo, prometem marcar presença nos pratos das pessoas, redefinindo as experiências gastronômicas:

1. Bolo impresso em 3D

Em março, engenheiros da Universidade Columbia, em Nova York, compartilharam os detalhes empolgantes de uma inovação culinária: uma fatia de bolo totalmente construída por um robô. Essa deliciosa sobremesa era composta por camadas de pasta de bolacha Graham, manteiga de amendoim, geleia de morango, Nutella, purê de banana, cobertura de cereja e glacê.

A máquina mostrou-se capaz de utilizar diferentes cartuchos de pasta e pó de alimentos para criar meticulosamente essa iguaria comestível. A visão do futuro é ainda mais intrigante: uma impressora de alimentos combinada com um fogão a laser, posicionada na prateleira da cozinha, agindo como um chef digital pessoal, capaz de grelhar carne ou produzir um bolo.

Nesse cenário de inovação, objetos simétricos, como sobremesas, tornam-se os mais fáceis para a máquina criar. Segundo Hod Lipson, roboticista da Universidade Columbia e líder do laboratório de impressão de alimentos, as sobremesas são mais versáteis e, portanto, mais amigáveis para a atuação do robô. Enquanto quitutes salgados e pratos como quiches apresentam desafios adicionais, o potencial dessa tecnologia é inegável, e ela promete abrir novos horizontes na culinária automatizada nos próximos anos.

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2. Bife cultivado

Enquanto a UPSIDE Foods surpreendia o mercado com o lançamento do seu frango cultivado, outra startup do mesmo setor se preparava para brilhar em seu próprio momento de destaque. Há muito tempo, a carne bovina tem sido apontada como uma das formas mais prejudiciais ao meio ambiente na criação de animais, com estudos evidenciando que um único quilo de carne bovina pode gerar até 70 kg de emissões de gases de efeito estufa.

Com sede em Rehovot, Israel, a Aleph Farms está atualmente empenhada em colaborar com agências reguladoras no Oriente Médio e na Ásia para lançar o primeiro bife cultivado do mundo. Sob a liderança de Neta Lavon, diretora de tecnologia da empresa, o produto inovador será um híbrido, combinando carne bovina cultivada com proteínas vegetais.

Segundo Neta Lavon, o bife cultivado pela Aleph Farms promete ser uma opção ainda mais saudável, com o controle preciso das proporções de gordura e proteínas. O primeiro produto que será lançado é uma versão magra, com baixo teor de gordura. A startup acredita que é possível proporcionar uma experiência sensorial excepcional mesmo com menos gordura, tornando desnecessária a adição de quantidades excessivas desse componente.

3. Embalagens comestíveis

Anualmente, uma quantidade alarmante de 8 a 10 milhões de toneladas de plástico acaba chegando aos oceanos. Com a taxa atual, estima-se que até 2050, o peso total do plástico no mar ultrapassará o de todos os peixes presentes.

Um estudo realizado em 2021 destacou que grande parte da poluição marinha por plástico tem origem em embalagens de alimentos. Sacolas de uso único, garrafas plásticas, recipientes de comida e embalagens de alimentos representam quase metade dos resíduos produzidos pelo homem que acabam nos oceanos.

Uma solução promissora para esse grave problema é o desenvolvimento de embalagens comestíveis feitas de ingredientes naturais. Empresas como a Loliware, sediada em Nova York, já criaram canudos comestíveis feitos de algas marinhas. Da mesma forma, a Xampla, uma empresa derivada da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveu embalagens para caldos feitas de proteína de ervilha em forma de cubos, que podem se dissolver em água quente e se tornar parte da refeição.

Essas iniciativas inovadoras trazem esperança na luta contra a poluição por plástico nos oceanos, mostrando que é possível adotar alternativas sustentáveis que respeitem a natureza e reduzam significativamente o impacto ambiental gerado pelas embalagens convencionais.

4. Frango carbono neutro

Quando se trata da criação de frangos, uma das maiores causas de destruição ambiental está relacionada à sua alimentação, já que essas aves consomem mais de três quartos da soja produzida mundialmente.

A expansão das áreas destinadas ao cultivo de grandes quantidades de soja leva ao desmatamento em larga escala em países como o Brasil, além de gerar poluição devido ao transporte do alimento ao redor do mundo.

No entanto, startups estão se empenhando em aumentar a produção de frangos e ovos livres de carbono, oriundos de fazendas onde esses animais são alimentados com uma dieta sem soja, que geralmente inclui insetos ou alimentos excedentes de supermercados transformados em ração.

A estratégia mais recente busca compensar qualquer impacto de carbono proveniente da criação de frangos através do aproveitamento de resíduos de alimentos que, de outra forma, seriam descartados em aterros sanitários, resultando na emissão de gases de efeito estufa.

5. Insetos

Uma das comidas do futuro que certamente demandará um tempo para nos acostumarmos são os insetos, como grilos, gafanhotos e larvas de besouro. Atualmente, já é possível encontrar macarrão e barras feitas de farinha de grilo, uma forma de adicionar uma proteína extra às nossas refeições, ou até mesmo consumir os grilos inteiros.

Porções de 100 gramas desses insetos contêm 13 e 21 gramas de proteína, respectivamente. Além disso, pesquisadores estão explorando larvas de besouro e moscas soldado-negro como fontes de gordura.

No entanto, o debate sobre a sustentabilidade ambiental dos insetos em comparação à carne ainda persiste. Um estudo recente revelou que grilos que se alimentam de dietas de baixa qualidade não crescem tanto quanto aqueles que têm uma alimentação mais adequada, semelhante ao que acontece na criação de gado.

Por outro lado, as moscas soldado-negro não enfrentaram esse problema e produziram proteína de forma mais eficiente.

Segundo o New York Times, insetos bem preparados podem ser saborosos, e muitas pessoas têm apreciado o macarrão de grilo. Contudo, a adoção mais ampla desses alimentos provavelmente enfrentará desafios devido a tabus culturais arraigados.

Embora aproximadamente dois bilhões de pessoas já se alimentem de artrópodes, o caminho para uma aceitação generalizada provavelmente requererá uma maior abertura cultural. Afinal, se bilhões de pessoas já o fazem, por que não nos unirmos a elas?

6. Peixe falso

Se já somos capazes de criar carne em laboratório, por que não seguir o mesmo caminho com os peixes? Pesquisadores da NASA obtiveram sucesso ao criar filés inteiros de peixe ao submergir músculos de peixe dourado em soro fetal bovino, um processo também utilizado por produtores de carne sintética.

Além disso, outra empresa, a New Wave Foods, está em busca de desenvolver camarão sintético a partir de algas vermelhas.

No entanto, como já foi relatado pelo Gizmodo, o veredito sobre se esses produtos de carne sintética podem resolver nossos problemas relacionados aos recursos naturais ainda não está definido. Oron Catts, diretor do SymbioticA, um centro de pesquisas biotecnológicas da Universidade da Austrália Ocidental, comenta que considera esses produtos mais como um luxo do que uma solução concreta para as questões ambientais.

7. Algas

Microalgas, assim como outras plantas, têm a capacidade de se alimentar do dióxido de carbono presente na atmosfera. Um estudo publicado em 2013 na revista Algal Research revelou que esses organismos microscópicos verdes produzem uma quantidade significativa de proteínas, gorduras e carboidratos, formando uma excelente base de nutrientes para a alimentação.

Pesquisas mais recentes também mostram que certas espécies de algas contêm altas quantidades de ácidos graxos ômega 3, bem como outros ácidos graxos que contribuem para a saúde do coração.

Você provavelmente conhece alguém que já experimentou alimentos à base de algas. A empresa Soylent, por exemplo, incluía farinha de alga em suas bebidas substitutas de refeições. Entretanto, posteriormente, a alga foi associada a diversos problemas gastrointestinais em alguns consumidores, levando a Soylent a remover esse ingrediente de sua receita.

De acordo com relatos da Bloomberg, produtos fornecidos pela TerraVia, o fornecedor de algas para a Soylent, também estavam relacionados a casos de doenças em algumas pessoas. No entanto, a alga provavelmente continuará sendo explorada como ingrediente alimentar, pois a TerraVia nega que sua farinha seja a responsável pelos problemas e a Soylent ainda utiliza óleo feito a partir de algas em seus novos produtos.

Embora tenham ocorrido desafios no uso de algas na indústria alimentícia, a pesquisa e desenvolvimento de produtos à base de algas continuam avançando. Essas microorganismos verdes mostram um grande potencial como uma fonte sustentável e rica em nutrientes para o futuro da alimentação.

8. Bananas falsas

Globalmente, os seres humanos consomem aproximadamente 100 bilhões de bananas por ano, e esse número tem sido impulsionado, em parte, pelo aumento da produção em resposta às mudanças climáticas.

Surpreendentemente, as bananas têm prosperado em um mundo em aquecimento. No entanto, estudos indicam que em breve a colheita alcançará seu pico e os rendimentos começarão a declinar, tornando essa fruta popular menos acessível e mais cara.

Uma cultura relacionada, conhecida como “falsa banana” ou “bananeira-abyssinian”, já se estabeleceu como alimento básico na Etiópia e espera-se que sua demanda cresça em todo o mundo. Apenas 15 bananeiras falsas podem fornecer alimentação suficiente para uma pessoa por um ano, e essas plantas são altamente calóricas, recebendo o apelido de “árvore contra a fome”.

Além disso, a grande vantagem é que essa planta pode ser colhida ao longo de todo o ano, garantindo uma oferta contínua de alimentos.

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