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9 descobertas cientificas sobre a morte que vocĂȘ precisa conhecer

A morte apesar de ser um assunto muito sensĂ­vel e cheio de mitos, tambĂ©m Ă© alvo da ciĂȘncia que jĂĄ decifrou questĂ”es incrĂ­veis

A morte sempre foi um tema envolto em mistĂ©rio e fascĂ­nio, uma fronteira final que todos nĂłs, em algum momento, precisaremos cruzar. No entanto, ao longo dos anos, a ciĂȘncia tem iluminado este obscuro territĂłrio, revelando aspectos surpreendentes sobre o que realmente acontece quando a vida cessa. Embora possa parecer um assunto macabro, entender essas descobertas cientĂ­ficas sobre a morte pode transformar nossa visĂŁo sobre o fim da vida, mostrando que, em muitos aspectos, Ă© tĂŁo fascinante quanto a prĂłpria vida.

No texto de hoje, vamos explorar nove descobertas cientĂ­ficas sobre a morte que talvez vocĂȘ desconheça. Longe de ser um fim abrupto, a morte Ă© um processo complexo, uma sĂ©rie de eventos que ocorrem no corpo humano, desencadeando fenĂŽmenos que desafiam nossa compreensĂŁo tradicional. Essas informaçÔes nĂŁo apenas nos educam sobre a biologia por trĂĄs do nosso fim inevitĂĄvel, mas tambĂ©m podem nos ajudar a encarar a morte com uma nova perspectiva, considerando-a nĂŁo apenas como um momento de tristeza, mas tambĂ©m como um fenĂŽmeno natural profundamente intrigante.

1. VocĂȘ sabe que estĂĄ morrendo

Muitas pessoas acreditam que a morte é como entrar num sono profundo: os olhos fecham, a respiração cessa e tudo termina pacificamente. No entanto, segundo Sam Parnia, especialista em reanimação, a mente pode continuar ativa por um breve período após o coração parar. Pesquisas indicam que, em roedores, o cérebro exibe um surto de atividade consciente mesmo após a morte ser declarada.

Similaridades no cĂ©rebro humano poderiam explicar relatos de pessoas revividas que recordam eventos ocorridos durante sua “morte”. Compreender essas experiĂȘncias nos dĂĄ um vislumbre raro do fenĂŽmeno universal que Ă© a morte.

2. A realidade dos cĂ©rebros “zumbis”

Numa experiĂȘncia surpreendente, cientistas de Yale reanimaram cĂ©rebros de porcos jĂĄ falecidos, mantendo suas cĂ©lulas funcionais horas apĂłs a morte. Isso foi possĂ­vel graças a uma tecnologia chamada Brain Ex, que simula o fluxo sanguĂ­neo, reabastecendo o tecido cerebral morto com oxigĂȘnio e nutrientes.

Embora nĂŁo tivessem a intenção de criar consciĂȘncia nessas massas cerebrais, o experimento abre portas para novas formas de estudar o cĂ©rebro humano e tratar doenças neurolĂłgicas complexas.

3. A morte nĂŁo Ă© o fim

A morte nĂŁo significa o fim imediato para todos os componentes do corpo. Surpreendentemente, muitos dos nossos genes permanecem ativos por dias apĂłs a morte, como revelado em um estudo com peixes-zebra e roedores. Esta atividade pĂłs-morte, especialmente relacionada aos genes responsĂĄveis pela resposta ao estresse, imunidade e desenvolvimento, sugere que a morte Ă© um processo gradual, nĂŁo um evento instantĂąneo.

4. Sua energia continua viva

Mesmo quando a vida cessa, a energia que nos animou persiste, transformada em outras formas, conforme a lei da conservação da energia. Esta ideia é um consolo filosófico, sugerindo que, de uma maneira fundamental, algo de nós continua existindo no vasto teatro do universo.

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5. O enigma das experiĂȘncias de quase morte

ExperiĂȘncias de quase morte, fenĂŽmenos misteriosos e variados, podem ser explicadas por um estado peculiar de consciĂȘncia que mescla aspectos do sono REM com a vigĂ­lia, segundo pesquisa publicada na Neurology.

Embora a evidĂȘncia ainda seja preliminar e anedĂłtica, essa teoria pode lançar luz sobre os relatos de experiĂȘncias transcendentes durante situaçÔes de quase morte. A dificuldade de estudar tais experiĂȘncias reside na sua raridade e na impossibilidade de replicĂĄ-las em ambientes controlados, deixando esse campo aberto a mĂșltiplas interpretaçÔes e profundas questĂ”es sobre a consciĂȘncia humana.

6. Animais experienciam luto?

Embora a ciĂȘncia ainda esteja explorando esta questĂŁo, existem observaçÔes intrigantes que indicam que, possivelmente, animais diferentes dos humanos possam vivenciar algo semelhante ao luto. HĂĄ relatos de elefantes que exibem comportamentos complexos em torno de seus mortos, muitas vezes permanecendo por longos perĂ­odos com os corpos, mesmo que o indivĂ­duo nĂŁo fosse do seu grupo imediato.

Da mesma forma, golfinhos e chimpanzés demonstraram condutas que sugerem uma forma de reconhecimento e respeito pela morte, desde a proteção dos corpos até a manutenção de interaçÔes sociais com eles.

Embora esses comportamentos nĂŁo sejam diretamente comparĂĄveis Ă s prĂĄticas rituais dos humanos, que envolvem simbolismos e conceitos abstratos, eles apontam para uma consciĂȘncia emocional nos animais que nĂŁo pode ser ignorada. Precisamos ser cautelosos para nĂŁo superpor nossas emoçÔes aos animais, mas Ă© igualmente importante reconhecer que, como animais, compartilhamos muitos aspectos fundamentais da vida e da morte.

7. Os primeiros a enterrar seus mortos: Quem foram?

Entre os mistĂ©rios entrelaçados em nossas origens ancestrais, uma pergunta persiste: quem começou com a prĂĄtica de enterrar os mortos? Enquanto os seres humanos de hoje seguem inĂșmeras tradiçÔes para honrar os que se foram, a origem deste ritual estĂĄ oculta na vastidĂŁo do tempo prĂ©-histĂłrico. No entanto, um achado arqueolĂłgico sugestivo aponta para o Homo naledi, uma espĂ©cie de hominĂ­deo agora extinta.

Os restos encontrados numa cĂąmara remota, acessĂ­vel apenas atravĂ©s de passagens estreitas no sistema de cavernas Rising Star, sugerem a possibilidade de um comportamento intencional de sepultamento. A complexidade do acesso ao local torna improvĂĄvel que os corpos tenham sido depositados ali por forças naturais. Embora esta teoria ainda necessite de mais evidĂȘncias e haja um debate significativo na comunidade cientĂ­fica, ela abre uma janela fascinante para as prĂĄticas e cogniçÔes dos nossos ancestrais distantes.

8. A enigmĂĄtica SĂ­ndrome de Cotard (sĂ­ndrome do cadĂĄver ambulante)

A fronteira entre a vida e a morte parece inconfundível para a maioria, mas para aqueles que sofrem da Síndrome de Cotard, essa linha é dolorosamente turva. Esta rara condição psicológica, identificada pela primeira vez no século XIX, manifesta-se em indivíduos que estão convencidos de que estão mortos, que partes de seus corpos desapareceram ou que perderam suas almas. Imersos em um abismo de desespero e desconexão, eles podem até expressar o desejo de estar entre os mortos.

HĂĄ casos, como o de uma mulher nas Filipinas, que ilustram a profundidade da disfunção percebida: ela insistia em ser levada para um necrotĂ©rio, acreditando pertencer lĂĄ. A boa notĂ­cia Ă© que tratamentos com uma combinação de antipsicĂłticos e antidepressivos tĂȘm se mostrado eficazes em resgatar alguns pacientes dessa escuridĂŁo.

9. Por que as pessoas morrem?

Supercentenårios, aqueles seres humanos extraordinårios que ultrapassam os 110 anos de vida, são como estrelas cadentes no vasto céu da humanidade. Aqueles que chegam aos 120 são ainda mais esquivos. Entre eles, destacou-se Jeanne Calment, a francesa que desafiou as probabilidades e maravilhou o mundo com seus 122 anos.

Mas, surge a questão eterna: por que a morte é o destino final? Se desviarmos por um momento das reflexÔes espirituais e filosóficas, nos deparamos com a crua realidade: a natureza delineou um ciclo, e cada um de nós tem um ponto final.

Do ponto de vista evolutivo, o ĂĄpice da existĂȘncia reside na capacidade de passar nossos genes adiante. Assim, incontĂĄveis espĂ©cies tĂȘm seu ciclo de vida encerrado assim que cumprem seu papel reprodutivo. Tome-se o exemplo do salmĂŁo, que enfrenta uma jornada hercĂșlea rio acima apenas para procriar e, em seguida, morrer. Para essas criaturas, a vida Ă© uma missĂŁo com um propĂłsito definido.

NĂłs, humanos, seguimos um roteiro um pouco diferente. Nossa espĂ©cie opta por um investimento prolongado em cada geração, requerendo um perĂ­odo de vida estendido para orientar e proteger nossa prole. Curiosamente, nĂŁo sĂł sobrevivemos Ă  nossa capacidade reprodutiva, mas tambĂ©m vivemos dĂ©cadas alĂ©m, permitindo-nos nutrir e investir em nossos netos, perpetuando nossos genes atravĂ©s deles. Este fenĂŽmeno Ă© carinhosamente chamado de “efeito avĂł”.

Entretanto, se os avĂłs sĂŁo tĂŁo preciosos, por que nĂŁo vivemos consistentemente atĂ© os 130, 140 anos? A resposta reside nos limites que a evolução estabeleceu. NĂŁo fomos moldados para viver eternamente; nossas cĂ©lulas nervosas cessam a replicação, nossos cĂ©rebros reduzem seu vigor, nossos coraçÔes perdem a força, e assim, sucumbimos. Se a sobrevivĂȘncia alĂ©m de um certo ponto fosse crucial evolutivamente, talvez nossos corpos nĂŁo fossem programados para este declĂ­nio inevitĂĄvel. PorĂ©m, paradoxalmente, a evolução depende da morte para dar espaço Ă  nova vida, mais adaptada e resiliente.

Na fase em que alcançamos tal idade veneråvel, é provåvel que nossos próprios filhos jå estejam desempenhando o papel de avós, assegurando que nossos genes sejam zelosamente guardados e perpetuados nas geraçÔes futuras.

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