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9 dicas de português para concursos que sempre caem nas provas

Se tem uma coisa que dá calafrio na galera que faz concurso, é a prova de português. Não tem jeito: quase todo edital traz aquela parte “básica” (só que não) que mistura gramática, interpretação e um monte de pegadinhas. Mas dá para encarar de boa com um pouco de estratégia.

Hoje vou te mostrar 9 dicas certeiras para você mandar bem nas questões que mais aparecem. Bora?

1. Concordância verbal: um clássico que nunca sai de moda

Sabe aquelas frases que testam se você entende a relação entre o sujeito e o verbo? Elas caem sempre. Exemplos?

“A maioria das pessoas vai ao mercado.”
“Os alunos chegaram cedo.”

Dica: Preste atenção ao núcleo do sujeito! “A maioria” é singular, então o verbo concorda no singular. Já “os alunos” é plural, então o verbo também é.

2. Concordância nominal: atenção aos detalhes do português

Aqui a questão é se os adjetivos e artigos concordam com o substantivo. Parece fácil, mas é cheio de armadilhas.

“As casas amarelas estão à venda.”
“Meus amigos felizes chegaram cedo.”

Dica: Concorde o gênero e o número do adjetivo com o substantivo mais próximo.

3. Crase: o terror das provas de português

Saber quando usar o bendito “à” pode salvar sua pontuação. A regra de ouro é: a crase só acontece na fusão de duas vogais a (preposição + artigo).

Dica: Substitua o termo feminino por um masculino. Se aparecer “ao”, então tem crase. Exemplo: “Vou à praia” (vou ao parque).

4. Regência verbal: saber o que os verbos pedem

Verbos são exigentes e cada um tem sua regência.

Quem gosta, gosta de algo.
Quem prefere, prefere uma coisa a outra.

Dica: Decore as regências mais comuns. Isso salva você de errar aquelas perguntas que parecem simples, mas escondem pegadinhas.

Veja mais, mas ainda hoje:

5. Pontuação: mais do que decorar regras de português

Pontuação é sobre ritmo e clareza no texto. Mas, claro, tem regras fixas que caem direto. A vírgula, por exemplo, separa:

Enumerações: “Gosto de chocolate, café, bolo e pizza.”
Adjuntos deslocados: “Por incrível que pareça, ele chegou cedo.”

Dica: Nunca separe sujeito do verbo com vírgula. Exemplo errado: “O menino, correu.”

6. Ortografia: as queridinhas do novo acordo

Apesar de o Novo Acordo Ortográfico já ter mais de uma década, ele ainda aparece nas provas. Coisas como:

Não tem mais hífen em “antissocial” ou “microondas”.
Tremas saíram de cena, então escreva “linguiça” sem chorar.

Dica: Fique de olho em palavras que mudaram de escrita. Revise listas de exemplos no edital.

7. Interpretação de texto: mais do que ler, é entender

As bancas adoram colocar textos longos pra testar sua paciência. Mas o segredo não está na quantidade de leitura, e sim na qualidade.

Dica: Leia a pergunta primeiro. Assim, você já sabe o que procurar no texto e economiza tempo.

8. Figuras de linguagem: caem em 90% das provas

Aliteração, metáfora, antítese… Sempre tem uma questão sobre isso.

Metáfora: “Ela tem coração de pedra” (não literalmente).
Antítese: “Entre o claro e o escuro, o amor floresce.”

Dica: Saiba o básico das figuras mais conhecidas. É quase garantido que vai cair.

9. Redação oficial: linguagem padrão

Mesmo que você não precise escrever uma redação, as bancas adoram testar seu conhecimento sobre o português formal usado em documentos.

Dica: Saiba quando usar termos como “venho por meio deste” (é muito comum em correspondências oficiais). Evite linguagem coloquial ou expressões rebuscadas.

Português parece um bicho de sete cabeças, mas não é. Com essas dicas, dá pra descomplicar a matéria e acertar as questões que mais caem. A chave é treinar com questões anteriores e revisar esses tópicos. Afinal, quanto mais prática, melhor você fica.

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.