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9 diferenças entre famílias de classe média e famílias ricas

Existem muitas diferenças entre famílias de classe média e famílias ricas no nosso país, evidenciando as discrepâncias de renda

De acordo com estudos recentes, 47% das famílias brasileiras são classificadas como parte da classe média tradicional. Esse percentual foi estabelecido pelo Instituto Locomotiva, que utilizou projeções e análises estatísticas dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação às pessoas de classe alta, ou seja, os ricos do Brasil, eles representam apenas 1% da população total do país. Apesar de ser um percentual bastante reduzido da população, são os ricos que detêm a maior parcela da renda nacional.

Um estudo publicado pelo Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), baseando-se nos dados do Imposto de Renda dos brasileiros, indica que os ricos estão acumulando cada vez mais renda no Brasil.

Essa informação revela que, embora a classe média seja um meio-termo entre as famílias de mais baixa renda e de renda mais alta no Brasil, as famílias de classe média, estão muito mais próximas das classes mais baixas do que das pessoas mais ricas do Brasil.

Enquanto a renda da maioria da população adulta brasileira cresceu, em média, 33% em um período de cinco anos, os mais ricos experimentaram aumentos de 51%, 67% e até 87% nos segmentos mais altos, ou seja, a disparidade de renda entre os mais ricos e a classe média está aumentando.

Para entender essa situação para além dos números, a seguir vamos apresentar as 9 maiores diferenças entre as famílias de classe média e as famílias ricas do Brasil, exemplificando com situações reais e não apenas estatísticas. Confira!

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Diferenças entre ricos e a classe média

As diferenças entre uma família de classe média e uma família rica no Brasil podem ser observadas em várias dimensões, incluindo aspectos econômicos, sociais e culturais. Essas diferenças não são apenas quantitativas, no sentido de renda e patrimônio, mas também qualitativas, refletindo em estilos de vida, oportunidades e aspirações. Vamos explorar algumas dessas diferenças principais:

1. Renda e patrimônio

A mais óbvia diferença é o nível de renda e o patrimônio acumulado. Famílias ricas possuem uma renda significativamente maior, o que lhes permite acumular riquezas, investir e poupar. Em contraste, a classe média muitas vezes vive com uma renda que cobre as despesas básicas e permite algum nível de lazer e poupança, mas com menos margem para acumulação de patrimônio a longo prazo.

Além disso, as famílias de classe média vem sofrendo grandes impactos em seu orçamento, a exemplo disso temos a fase fase da pandemia de coronavírus, onde a classe média experimentou as maiores perdas de rendimento, contribuindo para o crescimento da desigualdade de renda no Brasil.

Pesquisas realizadas por diversas consultorias têm indicado uma constante redução da classe média ao longo dos anos. De acordo com um estudo da Tendências, houve uma diminuição nas classes C e B (que compreendem famílias com renda mensal de R$ 3,1 mil a R$ 23,2 mil) de 47,6% para 41,6% da população, no período entre 2012 e 2022.

2. Acesso à educação

Famílias ricas geralmente têm acesso a instituições de ensino privadas de elite desde a educação infantil até o ensino superior, muitas vezes incluindo a possibilidade de estudar no exterior. Para a classe média, embora haja um esforço para oferecer educação de qualidade aos filhos, muitas vezes isso se traduz em sacrifícios financeiros e altos investimentos em cursinhos preparatórios para conseguir ingressar em uma faculdade pública, dada a qualidade e a competição pelas vagas.

3. Moradia e localização

As famílias ricas frequentemente vivem em bairros exclusivos, com amplas residências, segurança e acesso a serviços de alta qualidade. A classe média, por sua vez, tende a morar em bairros mais mistos ou afastados. Além disso, enquanto os mais ricos conseguem comprar imóveis com mais facilidade, a classe média que sonha com um imóvel precisa cada vez mais se contentar com financiamentos de 35 anos.

4. Saúde e bem-estar

Enquanto famílias ricas dispõem de fácil acesso a serviços médicos privados de ponta, incluindo planos de saúde diferenciados, com coberturas totais e tratamentos no exterior, a classe média depende de planos de saúde mais acessíveis ou do sistema público de saúde, o qual apesar de eficiente frequentemente enfrenta problemas como superlotação e espera.

5. Lazer e estilo de vida

As possibilidades de lazer também divergem substancialmente. Famílias ricas têm condições de usufruir de viagens internacionais frequentes, restaurantes de alta gastronomia, clubes exclusivos e outras atividades de lazer sofisticadas. A classe média, embora possa desfrutar de atividades culturais e viagens, muitas vezes precisa planejar e economizar para tais experiências.

6. Oportunidades e redes de contato

As famílias ricas muitas vezes possuem vastas redes de contatos que podem oferecer oportunidades profissionais e de negócios. Para a classe média, a construção dessas redes pode exigir mais esforço e a ascensão profissional depende mais fortemente do mérito individual e da educação.

7. Segurança financeira e perspectivas futuras

A riqueza proporciona uma maior segurança financeira, permitindo às famílias ricas enfrentar crises econômicas com menos estresse e planejar o futuro com maior confiança. As famílias de classe média, no entanto, podem sentir mais diretamente o impacto de flutuações econômicas, tendo que ajustar seus orçamentos e planos de vida em resposta a desafios financeiros.

O grande problema enfrentado pela classe média brasileira é que ela é uma classe operária, ou seja, dependem de seus salários para sobreviver, onde, em uma possível crise ou demissão, podem sofrer impactos profundos em sua segurança financeira e perspectivas futuras.

Além disso, devido a estagnação salarial, desafios do mercado de trabalho, dívidas, aumento dos preços, da inflação, de produtos e serviços, a classe média com certa frequência não consegue criar fundos de emergência, o que leva ao endividamento imediato em caso de crises.

8. Acesso à tecnologia e inovação

As famílias ricas geralmente têm acesso mais imediato às últimas tecnologias, desde dispositivos eletrônicos de ponta até serviços digitais e inovações como casas inteligentes. Isso não só oferece conveniência mas também abre portas para novas formas de aprendizado e entretenimento. Em contraste, a classe média muitas vezes precisa fazer escolhas mais criteriosas sobre quais tecnologias adotar, priorizando necessidades e possibilidades dentro de um orçamento limitado.

9. Investimentos e planejamento financeiro

Famílias ricas têm a capacidade de diversificar seus investimentos, incluindo ações, imóveis, e até investimentos no exterior, além de contar com assessoria financeira especializada para gerenciar seu patrimônio. Isso contribui para a multiplicação e proteção de sua riqueza a longo prazo.

A classe média por sua vez, embora tenha crescido a conscientização sobre a importância do investimento, não possuí condições de investir por viver com praticamente todo o saldo que recebem mensalmente, inclusive, algumas famílias vivendo além de suas possibilidades financeira, contraindo cada vez mais dívidas.

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