9 partes do corpo humano que não precisamos mais
Hoje você vai conhecer 9 partes do corpo humano da qual já foram utilizados por nossos ancestrais, mas que hoje não precisamos mais
O corpo humano é um testemunho vivo de nossa longa e notável jornada evolutiva. Ao longo de milênios, passamos por transformações que nos moldaram em uma espécie única. No entanto, mesmo com essa evolução, ainda carregamos vestígios de nosso passado ancestral.
Esses vestígios, conhecidos como “vestígios evolutivos”, são como relíquias que nos conectam a uma história fascinante de mudanças biológicas.
Neste artigo, exploraremos seis partes do corpo humano que, com o tempo, perderam sua utilidade original. Essas características remanescentes são fascinantes porque revelam como a evolução esculpiu nosso organismo e como estamos ligados aos nossos antepassados.
1. Palmar longo
Não é uma característica presente em todos, mas é um músculo que percorre o caminho do punho ao cotovelo. Se você o possui, pode notar uma discreta protuberância quando aproxima o dedo polegar do mindinho. Talvez você esteja testando isso agora, não é mesmo?
De acordo com a análise de antropólogos, esse músculo do punho desempenhava um papel crucial para nossos ancestrais ao facilitar a escalada em árvores. Surpreendentemente, aproximadamente 10% da população humana atual já nasce sem esse músculo, o que ilustra a diversidade dentro de nossa espécie.
2. Músculos que arrepiam os pelos
Nossos antepassados apresentavam uma densa cobertura de pelos por todo o corpo. Naqueles tempos, os músculos arretores pilorum, conectados aos folículos capilares, desempenhavam um papel fundamental. Esses músculos tinham a função de eriçar os pelos, tornando-nos visualmente maiores quando confrontados com situações de risco ou ameaça.
3. Sisos
Os terceiros molares, conhecidos como sisos, desempenhavam um papel vital no passado ao triturar alimentos mais duros, como carnes e cereais crus, que eram essenciais na dieta ancestral. No entanto, com a evolução da nossa alimentação para uma dieta mais suave, a necessidade de mastigar com tanta intensidade diminuiu. Além disso, nossas mandíbulas também perderam parte da potência que tinham milhares de anos atrás.
É importante destacar que, nos dias de hoje, nem todos os indivíduos desenvolvem os sisos. Em algumas situações, a erupção desses dentes pode causar desconforto ou afetar a estética dentária, deslocando os dentes adjacentes. Devido a essas considerações, muitos profissionais de odontologia recomendam a extração dos terceiros molares quando necessário.
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4. Apêndice
Esta é a parte do nosso corpo que muitas vezes permanece “invisível”, mas é amplamente reconhecida. De acordo com a ciência, em tempos ancestrais, o apêndice desempenhava um papel na digestão de plantas ricas em celulose, que faziam parte da dieta dos nossos antepassados.
Com a evolução da nossa alimentação para uma variedade de opções, o apêndice perdeu sua função primordial, como explica Amir. No entanto, pesquisas indicam que o apêndice desempenha um papel importante na preservação de bactérias benéficas para o nosso sistema digestivo.
5. Músculo das orelhas
Sob o couro cabeludo, existem três músculos responsáveis por movimentar a parte visível da orelha. Curiosamente, apenas algumas pessoas têm o controle consciente sobre esses movimentos.
De acordo com a antropóloga, em alguns mamíferos, os músculos da orelha são utilizados para movimentá-las e detectar sons, auxiliando na identificação de presas ou predadores. Acredita-se que os antepassados humanos também compartilhavam essa capacidade.
6. Músculo piramidal
Localizado na região inferior do abdômen, o músculo piramidal possui uma forma triangular. Curiosamente, algumas pessoas têm dois desses músculos, enquanto outras não possuem nenhum. Segundo Amir, sua função se limita a mover a chamada “linha alba,” que se estende do ventre inferior até o peito, atravessando longitudinalmente o umbigo.
Em um passado distante, quando os seres humanos se moviam em quatro patas, esse músculo desempenhava um papel fundamental na mobilidade e na rotação dos músculos abdominais.
7. Mamilos masculinos
Os mamilos desempenham um papel fundamental na facilitação da amamentação, o que é crucial para as mulheres. No entanto, você já se perguntou por que os homens também nascem com mamilos, mesmo que não tenham uma função biológica aparente relacionada à amamentação?
A razão por trás disso reside no desenvolvimento embrionário. Independentemente do sexo do embrião, o processo de desenvolvimento inicial é o mesmo. À medida que a testosterona, o hormônio responsável pela formação dos órgãos sexuais masculinos, começa a agir, os mamilos já estão presentes em um estágio anterior de desenvolvimento, tornando-os uma característica comum a todos, independentemente do gênero.
8. Terceira pálpebra
Localizada no canto interior do olho, a terceira pálpebra é uma dobra semelhante às membranas encontradas em alguns animais, como aves, répteis e certos mamíferos, que a utilizam para proteger seus olhos. Sua principal função é manter os olhos úmidos e livres de resíduos. No entanto, nos seres humanos, restou apenas uma membrana vestigial, e não temos controle sobre ela. A razão pela qual os humanos ainda possuem essa estrutura não está clara, como observa a antropóloga Amir.
“O que está evidente é que esse tipo de membrana é encontrado em primatas, o que sugere que a perdemos há muito tempo, ao longo da evolução da nossa espécie.”
9. Reflexo de agarrar com a mão
O reflexo de agarrar e apertar os dedos de quem toca suas mãos, muitas vezes observado em bebês, é uma característica que se assemelha à habilidade dos filhotes de macacos. Esses primatas nascem com a capacidade de segurar nas costas dos adultos para serem transportados, o que sugere uma hipótese de que o nosso reflexo palmar tinha uma finalidade semelhante no passado.
No entanto, é importante notar que os bebês humanos nascem prematuros em comparação com os filhotes de outros primatas. Eles não possuem a capacidade de sustentar suas próprias cabeças ou se locomover por conta própria. Portanto, esse reflexo é considerado um vestígio do nosso passado evolutivo, uma característica que perdeu sua utilidade à medida que nossa espécie evoluiu.
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