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Aracy Balabanian morre aos 83 anos

Na Globo, colecionou vários sucessos como Rainha da Sucata (onde viveu a personagem Dona Armênia que criou o bordão “na chon!”), A Próxima Vítima (no papel da severa Filomena), Da Cor do Pecado, Passione, Cheias de Charme e no sitcom Sai de Baixo (no papel de Cassandra)

Uma das grandes atrizes da TV, Aracy Balabanian morreu nesta segunda-feira aos 83 anos. No final do ano passado ela foi diagnosticada com um câncer de pulmão.

Aracy Balabanian nasceu em Campo Grande, em 22 de fevereiro de 1940. Sua primeira participação na TV foi em 1964 na TV Record em “Marcados pelo Amor”. Em 1968 ela vai para a extinta TV Tupi, onde brilhou ao lado do ator Sérgio Cardoso na novela Antônio Maria. Também na TV Tupi trabalhou ao lado de Juca de Oliveira na trama Nino o Italianinho. Sua última novela na Tupi foi A Fábrica.

Em 1972, é contratada pela Rede Globo para o elenco da novela O Primeiro Amor e para participar do programa infantil Vila Sésamo.

Na Globo, colecionou vários sucessos como Rainha da Sucata (onde viveu a personagem Dona Armênia que criou o bordão “na chon!”), A Próxima Vítima (no papel da severa Filomena), Da Cor do Pecado, Passione, Cheias de Charme e no sitcom Sai de Baixo (no papel de Cassandra).

Ela chegou participar de uma produção da extinta Rede Manchete, onde protagonizou “Mania de Querer”.

Recebeu das mãos de Silvio Santos, por cinco vezes, o Troféu Imprensa. Também recebeu o Prêmio APCA e um Melhores do Ano, por seu papel antagônico em A Próxima Vítima.

A família não queria que ela fosse atriz

Seus pais vieram da Armênia para o Brasil, fugindo do genocídio promovido naquele país pelos turcos otomanos. Eles fixaram residência em Campo Grande, capital do atual estado de Mato Grosso do Sul onde Aracy e os irmãos nasceram. Seu pai se chamava Rafael Balabanian e era comerciante e sua mãe era chamada Estér Balabanian, uma dona-de-casa.

Aos quinze anos mudou-se para São Paulo com os sete irmãos e ajudava os pais na criação dos irmãos menores. Fez e passou no vestibular para Ciências Sociais e para a Escola de Arte Dramática, vindo a abandonar os estudos de sociologia, de outro vestibular que ela fez e tinha passado, para se dedicar ao teatro, sua verdadeira paixão. 

Aracy contou que viveu numa época que era considerado feio uma mulher fazer teatro, já que antigamente as mulheres tinham preferência a serem donas-de-casa e cuidarem dos assuntos domésticos.

Seu pai não queria que ela fosse atriz, no entanto, mudou de ideia, quando ela contracenou com Sérgio Cardoso (1925-1972) em Antônio Maria (1968).

Sai de Baixo

Um dos seus grandes sucessos foi a personagem Cassandra do programa de humor Sai de Baixo, criado por Miguel Falabella.  

“No Sai de Baixo, eu sofri horrores, porque tinha uma coisa que meu pai me corrigia muito: eu ia contar uma coisa e ria ou chorava antes de concluir. Eu pedi para o Daniel [Filho, um dos diretores da produção] para sair”, declarou Aracy.

Porém, Daniel Filho não permitiu que ela deixasse o programa e ainda disse para ela ser espontânea, o que enriqueceu sua personagem e fez com que o público caísse de amores por ela. “‘Ria. Se você está com vontade de rir, ria’. 

Aracy não fazia projetos inéditos desde 2019, quando participou do especial de fim de ano Juntos A Magia Acontece, na Globo. No ano anterior, ela tinha feito uma aparição em “Malhação: Vidas Brasileiras” (2018). 

Aracy Balabanian deixa apenas seu legado como uma grande atriz, pois optou por não se casar e nem ter filhos, para se dedicar completamente à carreira.

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Homenagem de Miguel Falabella a Aracy Balabanian 

“E então você se foi, assim, nesse dia ensolarado, como são ensolaradas as lembranças que invadem a minha cabeça, num jorro incessante, ainda que meu coração esteja nublado. Minha amada Aracy, minha rainha, atriz de primeira grandeza, companheira irretocável, amor de muitas vidas. Obrigado pela honra de ter estado ao seu lado exercendo nosso ofício, obrigado pelo afeto, pelos conselhos, pelas gargalhadas e pela vida que você tão delicadamente me ofereceu. Consola-me saber que estaremos para sempre juntos em alguma reprise de uma futura sessão nostálgica. Te amo para sempre. Até um dia!”

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