10 faculdades que possuem as piores perspectivas para o futuro
Alguns cursos universitários podem ser mais promissores do que outros, dos quais os formados podem encontrar grande resistência do mercado
Uma das principais decisões que temos que tomar quando entramos na vida adulta é qual faculdade ingressar, tendo em vista que após a conclusão do ensino médio, o próximo passo é escolher um curso que permita seguir uma carreira profissional que para muitos, poderá ser seguida por muitos e muitos anos.
No momento de decidir qual curso de graduação seguir, muitas questões são levantadas, como seus interesses acadêmicos, objetivos de carreira a longo prazo, oportunidades de emprego e rendimentos.
Diante desse cenário, decidimos fazer uma profunda pesquisa para identificar quais são os cursos universitários que estão tendo as piores perspectivas de futuro, seja devido aos baixos empregos, salários iniciais mais baixos, ou ainda as ofertas e limitações do mercado de trabalho.
O que pode tornar uma faculdade ruim?
Vamos começar desmistificando uma ideia: não há área de estudo que seja intrinsecamente ruim. A verdade é que qualquer campo do conhecimento pode ser fascinante e valioso, especialmente se desperta em você uma paixão verdadeira. Contudo, para os propósitos desta discussão, vamos considerar como “menos vantajosas” aquelas especializações universitárias que, estatisticamente, podem apresentar maiores desafios no que diz respeito a:
- Conseguir emprego após a formatura (levando em conta as taxas médias de desemprego entre os graduados);
- Alcançar estabilidade financeira (baseando-nos nos salários médios dos profissionais da área);
- Encontrar um trabalho que seja ao mesmo tempo satisfatório e bem remunerado.
Existem várias razões pelas quais certas áreas de estudo podem complicar a busca por um emprego estável e bem pago para os recém-formados. É muito importante que você faça uma pesquisa detalhada sobre os cursos de seu interesse antes de tomar uma decisão.
Aqui vão algumas razões pelas quais um curso pode ser considerado “menos vantajoso”:
- Alta concorrência: Em algumas áreas, a disputa por vagas é tão acirrada que dificulta a entrada de novos profissionais no mercado.
- Baixa demanda: Certas especializações enfrentam uma demanda limitada por profissionais, o que pode impactar negativamente os salários.
- Necessidade de qualificações adicionais: Em alguns campos, ter apenas um diploma de graduação pode não ser suficiente. Muitas vezes, é necessário investir em pós-graduação ou outras qualificações para conquistar um bom emprego.
Vale lembrar que essas especializações, mesmo que consideradas “menos vantajosas” sob o ponto de vista financeiro e de empregabilidade, podem oferecer caminhos profundamente gratificantes e enriquecedores em termos pessoais e profissionais. Afinal, a realização em uma carreira não se mede apenas pelo salário ou pela facilidade em encontrar um emprego, mas também pelo quanto ela está ligada com os seus interesses, valores e paixões.
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Profissões com diploma com piores salários do Brasil
Um recente levantamento publicado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) identificou quais são as profissões com ensino superior que possuem os piores salários do Brasil. A pesquisa em questão considerou um total de 126 profissões para identificar quais são as 10 áreas mais desvalorizadas, que enfrentam as dificuldades de conseguir um emprego com bom salário. São elas:
- Professor do ensino fundamental – média salarial R$3.500;
- Fonoaudiólogo – média salarial R$ 3.485;
- Relações públicas – média salarial R$ 3.426;
- Educadores para necessidades especiais – média salarial R$ 3.379;
- Bibliotecário – média salarial R$ 3.135;
- Assistente social – média salarial R$ 3.078;
- Físicos e astrônomos – média salarial R$ 3.000;
- Professor de artes – média salarial R$ 2.629
- Profissionais do ensino – média salarial R$ 2.554;
- Professor de nível pré-escolar – média salarial R$ 2.285.
Desvalorização de determinas áreas
Os cursos listados, que vão desde a educação básica até campos específicos como fonoaudiologia e relações públicas, apresentam os menores salários no Brasil por uma combinação de fatores que incluem valorização social, estruturas de financiamento e demanda de mercado.
Profissões na área da educação, como professores do ensino fundamental, de artes, educadores para necessidades especiais, e professores de nível pré-escolar, sofrem historicamente com a falta de reconhecimento e investimento adequado. Isso se reflete não apenas em salários mais baixos, mas também em desafios no ambiente de trabalho, como turmas superlotadas e recursos limitados.
Profissões como fonoaudiólogo, bibliotecário, assistente social, além de físicos e astrônomos, encontram desafios semelhantes em termos de valorização e investimento. Além disso, a especificidade e a percepção de nicho dessas áreas podem limitar as oportunidades de emprego em setores mais lucrativos, confinando-os a ambientes com orçamentos mais restritos, como instituições educacionais, bibliotecas públicas e organizações sem fins lucrativos.
A demanda do mercado, que influencia diretamente os salários, pode ser menor para essas profissões em comparação com outras áreas que experimentam crescimento rápido e alta demanda por profissionais.
Já no caso das relações públicas, apesar de ser um campo essencial para a construção e manutenção da imagem de empresas e organizações, enfrenta desafios devido à saturação do mercado e à rápida evolução das mídias digitais, que exigem uma constante atualização de habilidades. Isso, somado à tendência de contratações por projetos ou em regime de freelance, pode impactar a estabilidade financeira e os salários médios dos profissionais.
Em resumo, essas profissões enfrentam um conjunto complexo de desafios estruturais e de mercado que refletem diretamente nos salários oferecidos, exigindo uma reflexão profunda sobre as políticas de valorização e investimento nessas áreas críticas para o desenvolvimento social e científico.
Escolher algum desses cursos é uma má escolha?
A resposta para essa pergunta é simples: definitivamente, não. Existem inúmeras razões pelas quais escolher uma faculdade que, aos olhos de alguns, possa parecer menos promissora em termos financeiros ou de estabilidade no emprego, contudo, não significa que você não possa alcançar o sucesso.
É comum que muitos estudantes valorizem mais suas paixões e interesses acadêmicos do que a perspectiva de altos salários no futuro. E isso não só é aceitável, mas também recomendável, contanto que haja um entendimento claro e realista sobre o que esperar do mercado de trabalho após a graduação.
A maneira como categorizamos os “piores” cursos até agora foi baseada unicamente em dados específicos sobre remuneração e índices de empregabilidade. Então, se você sente um verdadeiro chamado ou uma forte atração por uma das áreas mencionadas, siga seu coração! Não há motivo para remorso ou arrependimento.
Além disso, vale ressaltar que as estatísticas sobre desemprego e salários são muito gerais e podem não refletir a realidade individual de cada um. É perfeitamente possível encontrar profissionais de áreas supostamente menos favorecidas que desfrutam de carreiras lucrativas e satisfatórias, bem como aqueles que não encontram obstáculos significativos para se inserirem no mercado de trabalho.
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