8 personagens que marcaram as novelas brasileiras
As novelas brasileiras sempre tiveram personagens que marcaram o público. Cada um deles contribuiu para a história da teledramaturgia nacional
As novelas brasileiras sempre tiveram personagens que marcaram o público. Cada um deles contribuiu para a história da teledramaturgia nacional, conquistando o público com suas histórias, dramas, humor e bordões inesquecíveis.
Muitas vezes o público se liga mais no vilão do que no mocinho ou mocinha da história. Grandes personagens envolveram o público graças às atuações dos mais talentosos atores e atrizes da TV brasileira.
Separamos uma lista dos melhores personagens de várias novelas que fizeram sucesso e conquistaram as pessoas. Muitos deles são lembrados até hoje.
Odorico Paraguaçu (O Bem Amado – 1973)
O “coronel” Odorico, interpretado por Paulo Gracindo, era um político populista e autoritário, que dominava a fictícia Sucupira. Sua frase de efeito, “É mentira!”, entrou para o imaginário popular.
O personagem foi adaptado do teatro para a televisão e se tornou um dos mais icônicos das telenovelas. A trama foi escrita por Dias Gomes e foi um fenômeno do horário das 22 horas. Sendo a primeira novela a cores da TV brasileira.
Tonho da Lua (Mulheres de Areia – 1993)
O misterioso Tonho da Lua, vivido por Marcos Frota, vivia recluso em uma ilha, alimentando a lenda de ser um lobisomem. Sua paixão por Ruth e Raquel (interpretadas por Glória Pires) gerou um triângulo amoroso memorável.
Tonho da Lua sofre com diversos problemas psiquiátricos, é incapaz de manter um diálogo linear e tem extrema dificuldade para lidar com a dualidade do bem e do mal.
“Mulheres de Areia” é um remake de uma novela da grande sucesso a extinta TV Tupi. As duas versões foram escritas por Ivani Ribeiro. Na primeira versão, Tonho da Lua foi interpretado pelo ator Gianfrancesco Guarnieri e Ruth e Raquel por Eva Wilma.
Odete Roitman (Vale Tudo – 1988)
A vilã Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall, era uma mulher ambiciosa e sem escrúpulos, capaz de tudo para alcançar seus objetivos. Sua frase “Eu quero mais!” se tornou um símbolo da ganância e da falta de ética.
Foi uma das vilãs de maior sucesso das tramas brasileiras. O final da novela quando a megera foi assassinada deu uma das maiores audiências a TV Globo. O folhetim foi escrito por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères.
Tieta (Tieta – 1989)
A sensual Tieta, interpretada por Betty Faria, era uma mulher forte e independente que retorna à sua cidade natal após anos de exílio. Sua luta contra o machismo e a hipocrisia da sociedade causou grande impacto.
Uma das polêmicas da história foi o fato de Tieta manter um relacionamento amoroso com o seu sobrinho interpretado pelo ator Cássio Gabus Mendes.
A novela foi um grande sucesso dos autores Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.
Sinhozinho Malta (Roque Santeiro – 1985)
O cínico Sinhozinho Malta, vivido por Lima Duarte, era um homem amargurado que vivia às custas da sua falecida esposa. Sua relação com a beata Viúva Porcina gerou momentos cômicos e dramáticos.
As ótimas interpretações de Lima Duarte e Regina Duarte foram o grande destaque da trama. É uma sátira à exploração política e comercial da fé popular, a novela marcou época apresentando uma cidade fictícia como um microcosmo do Brasil. Foi escrita por Dias Gomes com a colaboração de Aguinaldo Silva.
Nazaré Tedesco (Senhora do Destino – 2004)
A vilã Nazaré Tedesco, interpretada por Renata Sorrah, era uma mulher cruel e vingativa que não media esforços para destruir a vida de seus desafetos. Sua morte trágica, atropelada por um caminhão de lixo, marcou a história das novelas.
O capítulo de maior audiência da trama de Aguinaldo Silva foi exibido no dia 26 de outubro, uma terça-feira. Nesse dia, foi ao ar a surra que a protagonista Maria do Carmo (Susana Vieira) deu na vilã Nazaré (Renata Sorrah), um dos momentos mais aguardados da trama de Aguinaldo Silva.
Dona Armênia (Sai de Baixo – 1996)
A divertida Dona Armênia, interpretada por Aracy Balabanian, era uma senhora rabugenta e intrometida que vivia em um cortiço. Sua acidez e humor peculiar conquistaram o público. Foi uma das personagens mais marcantes de “Rainha da Sucata”. Armênia era uma mãe superprotetora, que controlava a vida dos três filhos. A novela foi um grande sucesso do autor Silvio de Abreu.
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Crô (Fina Estampa – 2011)
O mordomo Crô, interpretado por Marcelo Serrado, era um personagem excêntrico e vaidoso que vivia em busca de fama e reconhecimento. Seu bordão “Ai, que loucura!” se tornou um sucesso nacional.
Crô é o fiel escudeiro de Tereza Cristina (Christiane Torloni), a quem idolatra. É um empregado subserviente e dedicado, apesar de, muitas vezes, dizer que não a tolera. No fundo gostaria de ser a patroa, que o ajuda com a mensalidade da faculdade da sobrinha Vanessa (Milena Toscano).
Nada discreto no visual, mantém um secreto caso amoroso – mistério que permanece até o final da novela. Quando Tereza Cristina desaparece no mar, herda 50% de seus bens.
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