Os 10 cursos de nível superior com mais desistências do Brasil
Alguns cursos de nível superior bateram recordes em número de desistências por parte dos estudantes dos respectivos cursos
Para muitas pessoas, ingressar em uma faculdade pode ser um grande desafio, contudo, para outros, se manter no curso pode ser um desafio maior ainda. Isso porque, segundo o Censo da Educação Superior, a taxa de desistência nos cursos de nível superior chegam aos 58%.
Esses dados tornam tudo muito mais completo, principalmente quando comparamos a dados antigos, como, por exemplo, em 2013, quando a taxa de desistência era de 11%, deixando claro, que há uma tendência recente que tem levado ao maior número de desistências entre os estudantes.
Como consequência, diante desse grande volume de desistências, é possível perceber também, quais são os cursos que possuem o maior percentual de desistências, dado esse levantado pelo Universidade de São Paulo (USP).
A USP, identificou em sua instituição, quais são os cursos que possuem mais desistências, os dados, apesar de serem relacionados a Universidade de São Paulo, também serve como parâmetro para analisarmos as tendências atuais.
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Cursos com mais desistências
A Universidade de São Paulo, analisou 11 mil estudantes que desistiram dos cursos, para identificar melhor o perfil dos alunos e consequentemente, quais eram os cursos e turnos que os mesmos faziam. No caso, a USP em específico registrou cerca de 17% na taxa de abandono. No geral, os cursos que mais tiveram desistências foram:
- Matemática Aplicada e Computacional: 54% de desistências.
- Matemática Aplicada: 50% de desistências.
- Licenciatura em Matemática (turno noturno): 50% de desistências.
- Licenciatura em Física (turno noturno): 46,7% de desistências.
- Meteorologia: 43,3% de desistências.
- Gestão de Políticas Públicas (turno noturno) 43,3% de desistências.
- Filosofia (turno noturno): 42,2% de desistências.
- Astronomia: 40% de desistências.
- Matemática (Bacharelado e Licenciatura): 37,9% de desistências.
- Geociências e Educação Ambiental (Licenciatura): 37,5% de desistências.
Desistência aumenta ao longo dos anos
Um dado importante do Censo da Educação Superior é a análise da trajetória dos estudantes, considerando desistências, conclusões e permanências ao longo do curso.
Em 2022, a taxa de desistência acumulada foi de 58%, um aumento em relação aos 57% do ano anterior. Esse número fica ainda mais impactante quando olhamos para trás, em 2013 a taxa era de apenas 11%. Apesar de se manter estável desde 2018, esse índice de desistência teve aumentos significativos nos últimos 10 anos.
Ao analisar as diferenças entre instituições públicas e privadas, a taxa de desistência em faculdades pagas foi de 59%, o mesmo índice de 2021, enquanto em faculdades públicas foi de 52%, um aumento em relação aos 51% do ano anterior.
O Censo também mostra esses dados em relação aos estudantes que recebem apoio de programas governamentais. Entre os alunos com FIES, a taxa de desistência foi de 49%, enquanto sem FIES foi de 62%. Já entre os alunos com PROUNI, a taxa foi de 40%, e sem PROUNI foi de 60%. Em relação à reserva de vaga na rede federal, a taxa foi de 36% para alunos com reserva e 55% para os sem reserva.
A diferença na taxa de desistência entre ensino presencial e a distância não é muito expressiva: a taxa acumulada em 2022 para o presencial foi de 58% e para o ensino a distância foi de 59%. A taxa de desistência acumulada é maior entre os homens, atingindo 63%, enquanto entre as mulheres é de 54%.
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