5 segredos absurdos que as gigantes da tecnologia tentaram esconder

Quando pensamos em grandes empresas de tecnologia, normalmente as colocamos como empresas verdadeiramente inovadoras, que mudaram paradigmas, trouxeram novos avanços incontestáveis para o mundo em que vivemos.

Mas, por trás de uma imagem de inovação, modernização e segurança, frequentemente vemos gigantes da indústria cometendo alguns erros, alguns deles verdadeiramente chocantes, do qual eles tentam esconder a todo custo do público.

Desde práticas um tanto quanto questionáveis, até mesmo táticas injustas para conseguirem se sobressair junto aos seus concorrentes, vez ou outra vem à tona algum segredo obscuro mantido em segredo a sete chaves.

Quando esses segredos são trazidos ao público, conseguimos compreender que nem sempre as coisas são como essas grandes empresas pregam, seja com relação à privacidade, responsabilidade ou mesmo vulnerabilidade, e a seguir, vamos lembrar alguns dos maiores segredos que as grandes empresas de tecnologia tentaram esconder.

1. Samsung com baterias que explodiam

A Samsung, um das maiores fabricantes de celulares do mundo, enfrentou um grave problema em 2016, quando seus tão aguardados smartphones Galaxy Note 7 começaram a pegar fogo por conta de baterias defeituosas.

Inicialmente aclamado por usuários e pela mídia por ser um dispositivo verdadeiramente inovador para a época, levando o máximo de recursos que aquele período podia oferecer, o Galaxy Note 7 rapidamente se tornou popular por explodir.

Poucas semanas após o seu lançamento, pipocavam na internet relatos do aparelho explodindo sem qualquer justificativa. A situação acabou se intensificando quando começaram a ocorrer incidentes em voos, o que fez com que as companhias aéreas banissem o aparelho da Samsung.

Inicialmente, a primeira atitude da Samsung foi emitir um recall limitado para substituir as baterias, contudo, conforme cada vez mais aparelhos explodiam, a gigante da telefonia se vou obrigada a emitir um recall completo no mundo todo, de simplesmente todos os aparelhos vendidos.

Essa postura da Samsung marcou o que é conhecido como um dos maiores e mais significativos recalls de produtos de tecnologia da história, fazendo com que a Samsung tivesse um impacto de bilhões em receita.

2. Coleta de dados do Facebook

Em 2018, um grande escândalo da Cambridge Analytica acabou estourando, mostrando uma violação absurda de privacidade, mostrando o lado completamente obscuro de práticas de dados da rede social de Mark Zuckerberg, o Facebook.

No centro de todo esse escândalo, estava a descoberta de que a empresa britânica de consultoria política, Cambridge Analytica, havia coletado os dados de milhões de usuários do Facebook sem seu devido consentimento.

Essas informações foram utilizadas para elaborar perfis psicológicos detalhados dos eleitores, utilizados estrategicamente para influenciar campanhas políticas, especialmente na eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016.

O escândalo deixou claro o quão facilmente os dados podem ser utilizados para o mal e manipulando, levantando uma série de preocupações sobre a segurança de dados e responsabilidades éticas das maiores empresas de tecnologia do mundo, como o próprio Facebook.

Mas, não para por aí, o que deixou tudo mais chocante durante esse escândalo, foi a descoberta de que o Facebook estava ciente do uso indevido de dados há vários anos, mas falhou completamente em tomar medidas adequadas.

As consequências desse escândalo foram enormes, levando a vários processos judicias, e ao próprio CEO do Facebook, Mark Zuckerberg ter sido chamado para testemunhar perante ao Congresso norte-americano, assim como a conversa global sobre privacidade de dados, poder das redes sociais e necessidade de regulamentações mais rígidas.

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3. Apple limitava o desempenho de celulares

Se em 2016 a Samsung se viu na polêmica de celulares que explodiam, em 2017 foi a vez da Apple se envolver em um grande escândalo. Acontece que no ano de 2017, foi descoberto que a empresa, silenciosamente, limitava o desempenho de iPhones antigos.

Este não foi um problema isolado, mas uma ação desenfreada da companhia que alegou que a desaceleração tinha como objetivo evitar “desligamentos inesperados” em aparelhos com baterias mais velhas.

A Apple alegou que à medida que as baterias degradam com o tempo de uso, elas não conseguem fornecer o máximo de desempenho, logo, limitar o processador era uma atitude que poderia garantir que os celulares não travassem durante as tarefas da qual podiam fazer.

Infelizmente, a falta de transparência da Apple, levou várias pessoas e empresas a acreditar que essa era uma tática utilizada para forçar os consumidores a trocar seus aparelhos antigos por modelos mais novos, o que gerou grande indignação dos consumidores.

Como consequência, a Apple enfrentou vários processos e inquéritos de diferentes países, onde se argumentava que nunca mencionar sobre essa limitação era desonesto, do qual a companhia poderia ter a opção de substituir suas baterias em vez de boicotar o desempenho dos celulares mais antigos.

4. Google coletando dados com carros do Street View

Uma das revelações que gerou mais surpresas com relação ao Google, foi o fato de que os carros do Google Street View, não estavam apenas captando imagens panorâmicas das ruas e bairros das cidades do mundo todo, mas que eles também estavam coletando dados de redes Wi-Fi não seguras.

Essa foi uma coleta absolutamente clandestina, que continha dados de e-mails, senhas e várias outras informações confidenciais das pessoas totalmente desaviadas enquanto os carros do Google Street View passava pelas ruas.

Em primeiro momento, o Google alegou que a coleta de dados foi algo totalmente acidental, jogando a culpa em um código desonesto no software utilizado pelos carros do Street View, contudo, essa explicação não desceu para muitos, que questionaram como uma violação tão grande dessas poderia ocorrer sem que ninguém percebesse.

Esse grave problema ficou conhecido como “Wi-Spy” e levou a uma série de investigações e processos judiciais de países contra o Google, com diversas acusações de que o Google estava ultrapassando seus limites, violando a privacidade das pessoas e empresas em grande escala.

5. Programa Greyball da Uber

O programa Greyball da Uber, foi um dos casos mais impactantes de toda a história da companhia, que revelou até onde a gigantesca empresa iria para escapar de processos regulatórios.

O Greyball foi lançado em 2014, do qual surgiu inicialmente como uma ferramenta que protegeria motoristas de fraudes, bem como a empresa de serviços concorrentes. Contudo, rapidamente ele se transformou em um método de identificação e enganação contra autoridades governamentais que estavam tentando reprimir as operações da Uber.

A ferramenta utilizou dados do aplicativo da Uber, como se um usuário frequentemente abrisse e fechasse o aplicativo sem reservar uma viagem, localização da solicitação e até mesmo informações de cartão de crédito. Caso identificados, os usuários veriam uma versão falsa do app, repleta de carros fantasmas que nunca chegariam para buscá-los.

O Greyball foi mantido em segredo até o ano de 2017, quando o New York Times fez uma publicação revelando toda a prática. Essa revelação do New York Times levou a uma indignação geral, ao deixar claro o interesse da Uber em se envolver em práticas totalmente questionáveis para contornar leis e regulamentações locais.