Forbes elenca e revela as mulheres mais poderosas no planeta
A revista Forbes revelou sua lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo em 2024. Apesar de avanços significativos, o cenário ainda reflete desigualdades marcantes. Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, é a única brasileira na lista.
O ranking reúne líderes políticas, empresárias e figuras culturais de grande impacto, como Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e a cantora Taylor Swift.
Embora o ranking destaque feitos notáveis, ele também evidencia como as barreiras permanecem. Ainda são raros os casos de mulheres em posições de liderança nas maiores economias globais ou nas principais empresas de tecnologia. Mesmo assim, há histórias inspiradoras de transformação e resiliência.
Poder Feminino em Cenários Globais
Ursula von der Leyen lidera a lista. Como presidente da Comissão Europeia, ela influencia políticas que afetam diretamente a economia de US$ 18 trilhões da União Europeia. Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, ocupa o segundo lugar. Ambas moldam o futuro econômico e climático da região.
No México, Claudia Sheinbaum, primeira mulher a ocupar a presidência do país, está em quarto lugar. Seu governo representa uma mudança significativa em uma das maiores economias da América Latina. Na Itália, Giorgia Meloni, primeira-ministra, aparece na terceira posição, liderando a terceira maior economia da União Europeia em um momento de transição.
Essas líderes demonstram que, mesmo em cenários historicamente dominados por homens, as mulheres estão se destacando. Contudo, a presença feminina em grandes corporações globais ainda é limitada.
Setores em Transformação e Mulheres no Poder
A revolução tecnológica é um campo onde a influência feminina está crescendo. Lisa Su, da AMD, transformou a empresa em uma referência no setor de inteligência artificial. Sob sua liderança, as ações subiram quase 50 vezes em uma década. Na Oracle, Safra Catz liderou uma transformação na computação em nuvem.
Mulheres também estão liderando mudanças em empresas financeiras. Jane Fraser, CEO do Citigroup, é a única mulher à frente de um grande banco em Wall Street. Enquanto isso, CFOs como Amy Hood (Microsoft), Colette Kress (Nvidia) e Susan Li (Meta) desempenham papéis essenciais na infraestrutura da inteligência artificial.
Outro destaque é Ruth Porat, que assumiu como presidente e Chief Investment Officer da Alphabet, controladora do Google. Sua ascensão reflete como cargos financeiros podem ser trampolins para posições de maior poder em empresas de tecnologia.
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Poder Fora dos Padrões Tradicionais com as Mulheres
O impacto feminino também surge em setores inesperados. Caitlin Clark, estrela do basquete universitário americano, ocupa a 100ª posição. Com apenas 22 anos, ela atrai mais público que campeonatos masculinos e quebra recordes de audiência. Seu impacto ultrapassa os esportes, influenciando direitos de mídia e marketing.
Na música, Taylor Swift (23ª posição) não só quebra recordes de turnê, mas também desafia estruturas da indústria. Sua Eras Tour gerou investigações antitruste contra a Ticketmaster e abriu novos debates sobre propriedade intelectual.
Na indústria espacial, Gwynne Shotwell, COO da SpaceX, é peça-chave em missões da NASA e no crescimento da empresa no setor de US$ 210 bilhões. Já no streaming, Bela Bajaria (Netflix) e Jennifer Salke (Amazon MGM Studios) moldam a cultura global com escolhas que alcançam bilhões de espectadores.
Desafios Persistentes
Apesar de exemplos inspiradores, algumas áreas permanecem resistentes à mudança. No Vale do Silício, nenhuma das cinco maiores empresas de tecnologia tem uma mulher como CEO. Em Wall Street, a presença feminina é igualmente tímida. Além disso, três das quatro maiores economias globais nunca foram lideradas por uma mulher, refletindo o domínio masculino em altos escalões.
Kamala Harris, que representava esperança para o avanço feminino na política americana, perdeu a disputa pela presidência dos EUA. Esses retrocessos mostram que o caminho para a igualdade é longo e desafiador.
O ranking da Forbes de 2024 não é apenas uma lista, mas um reflexo das dinâmicas do poder global. Ele evidencia as conquistas das mulheres em setores cruciais, como política, tecnologia, finanças e cultura. Porém, também destaca as barreiras que ainda precisam ser superadas.
Enquanto algumas lideranças femininas surgem em pontos estratégicos de transformação, a estrutura tradicional do poder ainda oferece resistência. Mesmo assim, as mulheres continuam moldando o futuro. Elas estão provando que a influência não se limita a cargos tradicionais, mas se expande em áreas onde a inovação e a mudança são mais necessárias. Por essa métrica, o poder feminino está, sem dúvida, em ascensão.
Top 10 mulheres mais poderosas:
- Jane Fraser, CEO do Citigroup
57 anos | Estados Unidos - MacKenzie Scott, filantropa e escritora
54 anos | Estados Unidos - Melinda French Gates, co-fundadora da Fundação Bill & Melinda Gates e fundadora da Pivotal Ventures
60 anos | Estados Unidos - Julie Sweet, CEO da Accenture
57 anos | Estados Unidos - Abigail Johnson, CEO da Fidelity Investments
62 anos | Estados Unidos - Mary Barra, CEO da General Motors
62 anos | Estados Unidos - Claudia Sheinbaum, presidente do México
62 anos | México - Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália
47 anos | Itália - Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
68 anos | Alemanha - Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
66 anos | Bélgica
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