Dipirona, porque o famoso remédio no Brasil é proibido em outros países?
A dipirona hoje é proibida em diversos países do mundo, como os Estados Unidos e Japão, mas segue sendo utilizada no Brasil
Existem alguns medicamentos que são um tanto quanto polêmicos e a dipirona é um deles. Frequentemente vemos notícias a respeito deste medicamento, sobre seus riscos e até mesmo proibições em diversos países.
Entretanto, apesar de ser um medicamento proibido em diversos países, como Estados Unidos, Japão e vários países da Europa há mais de 30 anos, no Brasil e em alguns outros países como a Alemanha a dipirona é comercializada normalmente, sendo um medicamento muito conhecido por aqui.
No Brasil a dipirona é comercializada com a afirmação de que possui potência analgésica, antitérmica, espasmolítica e, até mesmo, uma ação anti-inflamatória. Mas se o medicamento aqui no Brasil é visto com bons olhos, por que ela é proibida em diversos países?
Por que a dipirona é proibida em outros países e comercializada no Brasil?
A resposta pela qual a dipirona é proibida em diversos países do mundo é simples, o principal motivo é devido ao princípio ativo metamizol, que é associado a causa da agranulocitose, doença sanguínea que pode levar até mesmo à morte.
Todavia, no Brasil o medicamento segue sendo vendido pelo simples fato de que os estudos tupiniquins contradizem estudos realizados em outros países, como dos Estados Unidos, sendo um dos principais motivos que o medicamento segue vendido no Brasil.
A dipirona é um medicamento antigo, utilizado pela medicina desde 1922. Todavia, o medicamento acabou sendo proibido em diversos países devido a um trabalho datado dos anos 70 que identificou uma porcentagem de alto risco de agranulocitose.
A agranulocitose nada mais é do que uma anemia associada diretamente a baixa de células imunes devido ao uso de dipirona.
Entretanto, para especialistas do Brasil é um estudo que não se sustenta, sob alegação de que foram comprovados novos trabalhos, inclusive pela Organização Mundial da Saúde (OMS), atestando que a dipirona não proporciona essa alteração, tendo um risco menor do que vários anti-inflamatórios.
Especialistas da área apontam ainda que essa discussão, na verdade, serve como pano de fundo para uma outra realidade, sendo ela a reserva de mercado, ou seja, uma disputa farmacêutica entre os Estados Unidos, com o Paracetamol e a Alemanha, que é quem desenvolveu a Dipirona.
Dessa maneira, sendo ou não prejudicial para a saúde de quem toma o medicamento, o mesmo segue sendo vendido no Brasil, onde, no nosso país, se tornou um dos medicamentos mais consumidos, com uso já solidificado pela medicina brasileira.
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