Você sabia que dá pra “vender” um pedacinho das suas férias e ganhar um extra? É isso que chamam de abono pecuniário! A maioria dos trabalhadores não faz ideia que esse direito existe, mas ele é previsto pela CLT e pode ser uma ótima forma de garantir um dinheiro extra — só que com algumas regrinhas.
Vamos lá: o abono pecuniário nada mais é do que a possibilidade de trocar até um terço das suas férias por dinheiro. Ou seja, se você tem 30 dias de férias por direito, pode escolher trabalhar 10 dias desses e receber um valor adicional.
Mas a decisão de vender ou não é totalmente sua; o empregador não pode sugerir nem obrigar ninguém a fazer isso, pois as férias são um direito seu, feito pra dar aquele descanso e garantir sua saúde física e mental. Tá na lei, certinho no artigo 143 da CLT.
Pra começar, só dá pra vender até 10 dias das suas férias. O cálculo é feito com base na sua remuneração mensal, incluindo o adicional de um terço constitucional que é obrigatório nas férias. Se você decide vender, então vai receber seu salário pelas férias que vai curtir mais o valor referente aos dias vendidos.
E um detalhe importante: esse valor do abono pecuniário é isento de imposto de renda, então é uma graninha que chega “limpa”.
Outra coisa é que, pra fazer a solicitação, você tem que informar a empresa até 15 dias antes do final do seu período aquisitivo — esse é o prazo de 12 meses de trabalho em que você ganha o direito a férias.
Se perder o prazo, pode ser que a empresa não aceite o pedido, já que esse abono é uma escolha do funcionário, e não uma obrigação da empresa conceder em qualquer situação.
Trabalha com carteira assinada? Então, em tese, tem esse direito! O detalhe é que a jornada de trabalho precisa ser de, pelo menos, 25 horas semanais.
Antes da Reforma Trabalhista de 2017, quem tinha jornada parcial não podia vender férias. Isso mudou, e agora o direito é garantido também para quem trabalha em regime de tempo parcial, desde que cumpra o requisito de horas semanais.
Ah, e se você trabalha em uma empresa que dá férias coletivas, saiba que a regra é um pouco diferente. Nesse caso, a possibilidade de vender férias depende de um acordo coletivo entre o empregador e o sindicato da categoria. Então, é sempre bom estar atento ao que o sindicato define.
Então, será que vale a pena? Bom, uma vantagem óbvia é que você vai receber um dinheiro extra, o que é ótimo pra quem quer investir, quitar dívidas ou realizar algum plano. Mas tem um preço: você fica com menos dias de descanso. Isso pode ser ruim, especialmente se você está precisando recarregar as energias.
Muita gente subestima a importância das férias pra saúde mental e física, mas um período de descanso completo faz uma baita diferença.
Por isso, a dica é avaliar bem. Às vezes, descansar todos os 30 dias é melhor a longo prazo, porque um retorno ao trabalho com energia renovada costuma ser mais produtivo e pode até prevenir problemas como burnout.
Já a empresa, por outro lado, também tem suas vantagens quando o trabalhador opta pelo abono. Menos dias de férias significa menos necessidade de cobertura temporária e menos pressão sobre a equipe, já que o profissional continua disponível por mais tempo.
Você precisa saber disso, mas ainda hoje:
Vamos pegar um exemplo pra deixar bem claro. Imagine que você ganha R$ 2.000 e opta por vender 10 dias de férias. Primeiro, calcula-se o valor que você receberia pelos 30 dias de férias, que seria R$ 2.000 mais o terço adicional (1/3 do salário), totalizando R$ 2.666,67.
Depois, dividimos isso entre os dias que você vai curtir (20 dias) e os dias vendidos (10 dias). Ou seja, você receberia R$ 888,89 pelos 10 dias vendidos. Esse valor é o abono pecuniário, somado ao que já receberia pelos dias de descanso.
Ah, e uma última dica: o pagamento do abono tem que ser feito junto com o pagamento das férias, até dois dias antes de você sair. Se a empresa atrasar ou errar no pagamento, isso pode gerar problemas, inclusive levar a uma multa.
O abono pecuniário é uma opção legal e pode ser um bom recurso financeiro, mas exige planejamento. Antes de vender suas férias, pergunte-se: estou precisando realmente descansar ou esse extra agora faz diferença? Decidir de forma consciente é o melhor caminho pra evitar arrependimentos. Fique atento aos prazos e faça valer esse direito, que é seu!
Entender mais sobre seus direitos é o primeiro passo para aproveitá-los da melhor forma. E não se esqueça: descanso também é produtividade!
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