Caixa suspende operações do SIM DIGITAL
Em 29 de março do ano passado, a Caixa passou a oferecer o SIM DIGITAL, tendo como garantia o Fundo Garantidor de Microfinanças (FGM), que recebeu um aporte do FGTS
A Caixa Econômica Federal informou que suspendeu as operações do SIM DIGITAL (Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores), criado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A modalidade entrou em vigor meses antes da disputa eleitoral de 2022.
Foi devolvido para o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de onde vinham os recursos, o montante de R$ 1 bilhão, segundo informações da Caixa. Agora o banco estatal precisa recuperar de volta mais de R$ 1,9 bilhão.
Em 29 de março do ano passado, a Caixa passou a oferecer o SIM DIGITAL, tendo como garantia o Fundo Garantidor de Microfinanças (FGM), que recebeu um aporte do FGTS.
Até então, o banco oferecia um empréstimo de até R$ 1 mil para pessoas físicas por meio do aplicativo Caixa Tem, inclusive a quem estava com o nome negativado, e de até R$ 3 mil para microempreendedores individuais (MEIs).
De acordo com a Instituição financeira, somente em 2022, foram liberados R$ 2,9 bilhões. Porém, houve uma uma inadimplência superior a 80%, ou seja, quem recorreu ao empréstimo que usou recursos do FGTS não pagou as parcelas.
A Caixa informou que continua atuando na recuperação dos recursos.
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Como funcionava o SIM DIGITAL
O SIM DIGITAL tem um valor fixado em R$ 1,5 mil, com taxa de juros mensal a partir de 1,95% ao mês e até 24 meses para pagar. A contratação pode ser feita pela pessoa física diretamente pelo aplicativo Caixa Tem com até sete dias para análise.
Já o Microempreendedor Individual pode contratar até R$ 4,5 mil, com taxa de juros mensal a partir de 1,99% ao mês e até 24 meses para pagar. Neste caso, será preciso que o microempreendedor vá até uma agência da Caixa, com o faturamento dos últimos 12 meses e o CNPJ.
Já em 2023, a Caixa observou que estava havendo um alto índice de inadimplência dessa carteira. Isso levou o banco estatal a alterar os parâmetros de concessão do crédito, reduzindo o volume de contratações. Em junho deste ano, as operações foram suspensas, “evitando novos prejuízos aos trabalhadores (FGTS)”, conforme informou a Caixa.
Segundo a Caixa afirmou, houve uma atuação junto ao Ministério do Trabalho e Emprego para a devolução ao FGTS de R$ 1 bilhão do Fundo Garantidor “não comprometidos com operações de crédito”, restando R$ 1,9 bilhão a recuperar.
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