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Como enganar seu cérebro para fazer as coisas mesmo sem vontade

Muitas vezes não temos vontade de fazer nada, mas é preciso fazer alguma coisa, e enganar seu cérebro para conseguir fazer é uma delas

Se tem algo que naturalmente fazemos quando temos algo difícil, chato ou complexo para fazer, é a mania de deixarmos para depois. “Tive um dia estressante, vou deixar isso para depois”, “estou muito cansado para pensar ou fazer isso agora”. Todos nós temos dias em que simplesmente não estamos afim de fazer nada, onde nossa única vontade é simplesmente deitar na cama e não levantar mais. Essa sensação é universal, inclusive entre pessoas extremamente bem-sucedidas.

O diferencial dessas pessoas que tem sucesso e nós, reles mortais está na habilidade de enganar o próprio cérebro, realizando tarefas desafiadoras mesmo quando a motivação não está presente. Entenda que, para alcançar objetivos na vida, não podemos nos permitir dar desculpas, é preciso manter o controle sobre nossas ações.

Saber como enganar nosso cérebro para realizar o que desejamos torna-se uma habilidade que nos diferenciará da multidão. Em vez de uma luta constante, decidimos firmemente. Essa é uma abordagem que proporciona paz de espírito, permitindo desfrutar o momento presente sem distrações mentais.

Se você está enfrentando essa resistência para fazer seu cérebro cooperar, você está prestes a descobrir alguns dos melhores truques para enganá-lo e motivá-lo a realizar tarefas quando necessário.

O que fazer se meu cérebro não me escuta?

A distinção entre pessoas bem-sucedidas e pessoas consideradas comuns reside na capacidade dos primeiros de realizar tarefas mesmo quando não se tem vontade.

Essas pessoas têm a habilidade de penetrar em suas próprias mentes, controlando suas emoções em vez de serem controladas por elas. Essa é a principal razão pela qual pessoas comuns permanecem na média; eles permitem que seus corpos sejam governados por impulsos emocionais que não contribuem para seu benefício.

A questão é a seguinte: como é possível enganar o próprio cérebro para superar os obstáculos que impedem a realização de tarefas? Como tomar as rédeas da mente e compeli-la a seguir nossos comandos?

A resposta é que não se pode forçar o cérebro a fazer algo contra sua vontade. Tentar impor ações à força só o tornará mais resistente. Agora, existe a necessidade de travar uma batalha interna, uma luta contra a própria mente, o que não soluciona nada.

Ao invés de utilizar a força, uma abordagem muito mais eficaz consiste em empregar a influência. Desta forma, é possível persuadir o cérebro a agir de acordo com nossos desejos, sem encontrar resistência.

Por exemplo, se eu simplesmente ordenasse que você comesse uma maçã e você não fosse fã dessa fruta, provavelmente recusaria. No entanto, ao descrever a maçã em minha mão como suculenta, deliciosa e irresistível, você começa a reconsiderar suas preferências. Você está permitindo que seu cérebro tome suas próprias decisões, criando assim um desejo intrínseco. É por isso que a influência e a persuasão são poderosas ferramentas para manipular positivamente a mente.

Aqui estão três dos melhores truques mentais para enganar seu cérebro e levá-lo a realizar o que deseja, mesmo estando sem vontade ou se sentindo forçado:

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1. Avalie o custo de não agir e concentre-se no que pode perder

Ao invés de focalizar apenas nas tarefas a serem realizadas, questione-se sobre o “custo da inação”. Pondere sobre as consequências de não executar aquilo que você sabe ser necessário. Por exemplo, se sua rotina de academia três vezes por semana é interrompida por preguiça em determinada semana, qual será o preço desse relaxamento?

Reflita sobre todo o progresso alcançado até o momento, como a meta de alcançar um físico definido até o final de 2024. Você está disposto a deixar mais um ano novo sem conseguir alcançar seu objetivo? Quantos treinos a mais serão precisos para recuperar o nível desejado de condicionamento físico?

As pessoas frequentemente se motivam mais pela perspectiva de perda do que pela recompensa. Por exemplo, o medo de perder algo que já possuímos muitas vezes é mais poderoso do que a perspectiva de ganhar algo.

Portanto, concentrar-se no que você tem a perder, essa é uma maneira eficaz de influenciar o cérebro a agir de acordo com seus objetivos. Dica número 1 para enganar seu cérebro: use o medo ou o risco de perda como motivador.

2. Quando se está indeciso você tem uma decisão

Se tomar decisões no momento é um desafio, entenda que não decidir é, por si só, uma escolha. Por exemplo, se alguém oferece férias totalmente pagas em Porto Seguro, você tem apenas duas opções: aceitar ou recusar. Aceitar é uma decisão consciente de dizer sim, mas se ficar indeciso, estará inconscientemente decidindo dizer não. A pessoa que fez a oferta espera que você tome uma decisão; se permanecer indeciso, será interpretado como uma recusa.

A indecisão pode custar caro, pois ao não agir, você está essencialmente recusando oportunidades que surgem em seu caminho. Perceba que, ao não decidir, você ainda está fazendo uma escolha. Cada vez que você faz uma escolha, está tomando uma decisão. E a indecisão é a pior delas. Se você não consegue decidir, está automaticamente recusando uma oferta, mesmo sem perceber.

A indecisão muitas vezes é impulsionada pelo medo de tomar decisões erradas. No entanto, é importante compreender que não decidir também tem consequências. Além de potencialmente perder oportunidades, você também perde tempo, um recurso precioso que não pode ser recuperado. Em vez de gastar tempo pensando se deve ou não fazer algo, tome uma decisão e siga em frente. Mesmo se estiver errado, há aprendizado em cada decisão.

Não há problema em errar, mas não hesite. Tome uma decisão, comprometa-se e confie em si mesmo. A habilidade de ser decisivo é valiosa, especialmente nos negócios, onde a velocidade muitas vezes é fundamental. Empresários indecisos podem ver oportunidades sendo tiradas deles, dando espaço para concorrentes agirem mais rapidamente.

Se deseja ser mais decisivo, adote a mentalidade de que uma decisão não é boa nem ruim; o que importa é como você lida com as consequências. Na realidade, as consequências de não agir ou não tomar uma decisão são mais custosas do que cometer um erro. Não decidir significa aceitar as circunstâncias atuais e permitir que persistam. Se não está satisfeito com sua situação atual, perceba que nada será resolvido se permanecer inerte.

Aprender a enganar seu cérebro vai além da motivação, envolvendo a capacidade de ver diferentes perspectivas e transformar perdas em lições. Uma pessoa verdadeiramente bem-sucedida aprende tanto com vitórias quanto com fracassos, tomando decisões e comprometendo-se com elas como caminho para conquistas grandiosas.

3. A vida é muito curta

Como você bem sabe, a morte é algo que não podemos controlar, logo, a única certeza que nós temos é de que iremos morrer. Se você já sabe que vai morrer, qual é o receio de fazer algo?

Muitas pessoas adotam uma postura convencional da vida. Elas procuram economizar dinheiro, viver dentro de suas possibilidades e evitar riscos. O medo de perder no jogo chamado vida as paralisa. No entanto, a verdade é que, em última análise, não há nada a perder.

Ao final de nossas jornadas, todos partiremos deste planeta. Ninguém escapa vivo, e nosso tempo é limitado. Como escolhemos utilizar esse precioso tempo define se nossa existência é significativa ou não. Emoções, felicidade, sucesso e realização derivam do que fazemos, não do que deixamos de fazer.

Pesquisas indicam que, quando perguntadas sobre seus maiores arrependimentos, 76% das pessoas mencionaram a inação, a omissão de ações que as teriam conduzido ao seu eu ideal. Elas lamentam não ter agido, perdendo oportunidades de crescimento e de atingir seu potencial máximo, seja devido à indecisão ou recusa em agir.

Se deseja descobrir como persuadir seu cérebro a agir quando reluta, questione por que ele permite tal comportamento. Viver verdadeiramente é abraçar todas as experiências, sejam elas boas ou ruins. No entanto, se o seu cérebro se opõe a agir, está, essencialmente, dizendo que não deseja viver plenamente. Recusa-se a experimentar a vida, preferindo apenas observá-la passar.

Percebe o dilema?

Se permitir que seu cérebro persista nesse padrão, ao final da sua trajetória, o arrependimento será inevitável. Não haverá segundas chances para corrigir decisões, pois simplesmente acabará. Se a comunicação com seu cérebro para realizar tarefas se torna um desafio, faça a seguinte indagação: você realmente deseja viver?

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