Dicas de português: quando usar s, ss, z, x e ç
O português é lindo, cheio de charme, mas não podemos negar: às vezes, parece que ele foi feito para confundir! Uma das dúvidas mais frequentes de quem escreve (e até de quem não escreve tanto assim) é sobre o uso correto de S, SS, Z, X e Ç. Mas calma! Apesar de parecer um quebra-cabeça, com algumas regrinhas práticas e dicas simples, dá para acertar sem grandes dificuldades.
Então, se você quer entender melhor esses mistérios da nossa língua, vale a pena conhecer os detalhes desse assunto. O português pode ser desvendado.
Quando usar o S no português?
O S é o verdadeiro coringa da nossa escrita. Ele aparece em vários contextos, mas nem sempre é fácil saber onde colocá-lo. Aqui vão algumas regras para facilitar:
- Palavras derivadas de verbos terminados em -nder ou -ndir:
Por exemplo: defender → defesa, pretender → pretensão.
Mas atenção: palavras derivadas de verbos terminados em -ter levam ç (já falo disso mais adiante). - Palavras terminadas em -oso e -osa:
Exemplos: gostoso, saborosa.
Mas, claro, tem exceções como gozo e prezo (ah, português, sempre nos testando!). - Gentílicos terminados em -ês e -esa:
Como português, francesa. - Em adjetivos terminados em -ense:
Por exemplo: paulistense, paranaense.
Mas, claro, decorar regras ajuda, mas praticar é ainda mais importante.
E o SS? Por que ele é tão cheio de regras?
Se o S sozinho já causa dúvida, o SS também não fica atrás. Ele aparece para marcar o som forte de /s/ no meio de palavras e, geralmente, vem em situações específicas:
- Palavras derivadas de outras que terminam em -sivo ou -sar:
Exemplos: admissão (de admitir), expressão (de expressar). - Depois de ditongos:
Opa, o que é isso? Um ditongo é a junção de duas vogais numa mesma sílaba, como em paixão. Com SS, temos exemplos como pessoa e cassino. - Em algumas palavras de origem latina:
Como em missão (de missio, em latim).
Mas, e o Z? Quando ele entra na jogada do português?
O Z é usado em diversas situações, mas tem uma característica especial: ele ajuda a dar aquele toque vibrante no final das palavras. Veja só:
- Substantivos abstratos formados de adjetivos:
Exemplos: beleza (de belo), tristeza (de triste). - Palavras terminadas em -ez ou -eza:
Como vez, rapidez, pureza. - Nos verbos terminados em -izar:
Exemplos: realizar, canalizar. Mas cuidado: verbos formados a partir de palavras com S não seguem essa regra, como em analisar (de análise).
E o X, afinal? Quando ele aparece?
O X pode parecer um vilão, mas, na verdade, ele segue algumas regras bem claras (embora não seja perfeito). Vamos às principais:
- Depois de ditongos:
Como em caixa, paixão, feixe. - Em palavras de origem indígena ou africana:
Exemplos: abacaxi, xerife, xará. - Depois da sílaba inicial en-:
Exemplos: enxame, enxurrada. Mas, claro, o português adora uma exceção: encher e suas variações fogem à regra. - Palavras de origem inglesa ou estrangeira adaptadas ao português:
Como táxi, fax, clímax.
E o Ç, esse símbolo com cauda charmosa?
O Ç tem um papel bem específico: marcar o som de /s/ em lugares onde, normalmente, um C teria som de /k/. E aqui estão as principais situações para usá-lo:
- Palavras derivadas de verbos terminados em -ter:
Como deter → detenção, reter → retenção. - Palavras terminadas em -ção, quando derivadas de verbos terminados em -car, -cer e -ger:
Exemplos: educar → educação, proteger → proteção, vencer → vencimento. - Substantivos terminados em -iço ou -aço:
Como palhaço, serviço.
Mas, e as pegadinhas do português?
O português, sendo o que é, tem suas exceções e palavras que fogem das regras. Algumas você vai aprender na prática e outras podem até demandar uma boa consulta ao dicionário. Por exemplo, palavras como casa (com S) e casar (também com S) não seguem as mesmas lógicas.
Além disso, é importante lembrar que algumas palavras têm escrita parecida, mas significados diferentes, como sessão, seção e cessão.
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Dicas finais: como não errar?
- Leia bastante: Quanto mais contato com o idioma, mais natural será identificar as formas corretas.
- Use dicionários online: Ferramentas como o Priberam e o Michaelis podem ser grandes aliados.
- Pratique: Errou? Tudo bem! O importante é aprender com os erros.
- Fique de olho nas origens das palavras: Muitas vezes, saber a origem ajuda a entender a grafia.
O português pode parecer complicado, mas com paciência, prática e atenção, fica muito mais fácil. Afinal, ele é como aquele amigo meio difícil no começo, mas que, quando você entende, vira um companheiro para a vida toda!
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