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É um “terror” morar nessas 10 cidades do Brasil, afirma IBGE

Muito se fala sobre o ranking das melhores cidades para se viver no Brasil, mas e quanto às piores? Afinal, existem lugares que podem não ser tão bons assim para se morar. E sabe de uma coisa? Existe um ranking que mostra quais são os municípios mais mal avaliados do país.

Recentemente, um estudo baseado no Índice de Progresso Social Brasil (IPS) revelou as cidades brasileiras com a pior qualidade de vida. Essa análise considera várias dimensões do bem-estar da população, indo além dos aspectos econômicos.

Os dados estão ancorados no que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a respeito de cada um desses lugares. Portanto, vale a pena conhecer essa lista antes de decidir seu novo destino de moradia.

As “piores” cidades do Brasil – Uiramutã: um caso emblemático

Uiramutã, localizada em Roraima, é um exemplo notável nessa lista. A cidade depende fortemente de recursos governamentais, com cerca de 80% de sua receita proveniente da administração pública, incluindo previdência social e programas como o Bolsa Família.

Apesar de ter potencial para pecuária e turismo, devido à proximidade com o Parque Nacional do Monte Roraima, Uiramutã enfrenta sérios desafios econômicos e sociais.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Uiramutã registrou a maior queda no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Brasil entre 1991 e 2000, passando de 0,569 para 0,542, uma queda de 4,75%. Além disso, o município teve uma redução significativa no IDH de renda, caindo de 0,551 para 0,423, uma redução de 23,23%. Atualmente, Uiramutã ocupa a 5365ª posição no ranking de IDH das cidades brasileiras.

A demografia da cidade também é um fator preocupante. Com uma população jovem, onde metade dos habitantes tem até 15 anos, Uiramutã enfrenta desafios significativos em termos de educação e infraestrutura para atender essa faixa etária.

Localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, Uiramutã possui uma área territorial de 8.113,598 km² e uma população de 13.751 habitantes, sendo o 10º município mais populoso de Roraima.

Outras cidades com baixa qualidade de vida

Além de Uiramutã, outras cidades da Região Norte do Brasil aparecem na lista das piores em termos de qualidade de vida. Alto Alegre (RR) e Trairão (PA) seguem o ranking, ambas enfrentando desafios semelhantes em termos de desenvolvimento econômico e social. Bannach (PA), Jacareacanga (PA), Cumaru do Norte (PA), Pacajá (PA), Uruará (PA), Portel (PA) e Bonfim (RR) completam a lista, todas com indicadores baixos no IPS.

Esses municípios compartilham características comuns como isolamento geográfico, dependência de recursos governamentais e falta de infraestrutura básica.

Terror Cidades do Brasil / Imagem Freepik

Confira os detalhes disto tudo também:

A precariedade nos serviços de saúde, educação e saneamento são problemas recorrentes, refletindo diretamente na qualidade de vida dos moradores. Além disso, a dificuldade de acesso e a distância dos grandes centros urbanos agravam a situação, dificultando o desenvolvimento dessas localidades.

Análise detalhada das piores

Atenção: não estamos fazendo juízo de valor sobre as cidades desta lista, apenas revelando os dados que o IBGE e o estudo apresentado revelaram acerca do assunto.

Da redação (nota).
  1. Uiramutã (RR)
    • IDH: 0,542
    • População: 13.751
    • Desafios: Alta dependência de recursos governamentais, infraestrutura precária, população jovem.
  2. Alto Alegre (RR)
    • IDH: 0,590
    • População: 16.225
    • Desafios: Isolamento geográfico, falta de serviços básicos.
  3. Trairão (PA)
    • IDH: 0,593
    • População: 18.345
    • Desafios: Desenvolvimento econômico limitado, serviços de saúde e educação inadequados.
  4. Bannach (PA)
    • IDH: 0,598
    • População: 3.245
    • Desafios: Infraestrutura básica insuficiente, dependência econômica de recursos externos.
  5. Jacareacanga (PA)
    • IDH: 0,601
    • População: 8.129
    • Desafios: Precariedade nos serviços de saúde e educação, isolamento.
  6. Cumaru do Norte (PA)
    • IDH: 0,605
    • População: 6.237
    • Desafios: Falta de infraestrutura, dificuldades de acesso.
  7. Pacajá (PA)
    • IDH: 0,608
    • População: 28.342
    • Desafios: Problemas na saúde e educação, desenvolvimento econômico restrito.
  8. Uruará (PA)
    • IDH: 0,610
    • População: 44.792
    • Desafios: Isolamento geográfico, serviços públicos insuficientes.
  9. Portel (PA)
    • IDH: 0,612
    • População: 59.232
    • Desafios: Problemas de infraestrutura e saneamento, acesso limitado a serviços básicos.
  10. Bonfim (RR)
    • IDH: 0,614
    • População: 12.564
    • Desafios: Isolamento, dependência de recursos governamentais.

A pesquisa do IBGE evidencia a disparidade na qualidade de vida entre diferentes regiões do Brasil. As cidades listadas enfrentam uma combinação de desafios econômicos, sociais e geográficos que impactam diretamente o bem-estar de seus habitantes.

A falta de infraestrutura básica, a dependência de recursos governamentais e o isolamento geográfico são problemas recorrentes que precisam ser abordados para melhorar a qualidade de vida nessas localidades. Investir em educação, saúde e infraestrutura é fundamental para promover o desenvolvimento sustentável e reduzir as desigualdades regionais no país.

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