A deflação é um fenômeno em que os preços de produtos e serviços caem de forma generalizada em determinado período. É um movimento contrário ao da inflação, quando os preços sobem.
No mês passado, o Brasil registrou deflação de 0,08%, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a primeira queda no IPCA desde setembro do ano passado.
Em junho houve quedas nos preços de Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%). Segundo o IBGE, os dois grupos contribuíram, sozinhos, com -0,22 ponto percentual no índice do mês, o que resultou na deflação.
Para o consumidor essa é uma boa notícia. Já que terá uma economia em alguns produtos.
O IBGE fez uma pesquisa e constatou que metade dos mais de 300 produtos e serviços ficaram mais baratos em junho. O índice de difusão da inflação caiu para 50% no mês, contra 56% em maio.
Óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%) ficaram mais baratos em junho. Também houve queda nos preços do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%), da gasolina (-1,14%) e da energia elétrica residencial (1,43%).
A deflação também pode acontecer quando há redução do volume de dinheiro em circulação. Menos moeda na praça resulta em compras menores e, consequentemente, diminuição de preços.
Até um certo ponto a deflação será ótima para economia e para o consumidor. Porém, se houver uma queda generalizada de preços por tempo indeterminado não será uma coisa boa. Isso significa que o poder de compra das pessoas está reduzido, e os comerciantes e prestadores de serviços cortam seus ganhos para tentar despertar a demanda.
Os preços acabam caindo sempre que sobram mercadorias por falta de consumidores. Como as empresas não conseguem vender como antes, mesmo a preços menores, o faturamento e o lucro também acabam reduzidos. Para não ficar no prejuízo, elas são obrigadas a diminuir o ritmo da produção e a demitir funcionários.
Com o desemprego alto, ninguém costuma gastar além da conta. Por isso, a oferta de serviços e os estoques crescem. Resultado: excesso de bens e preços menores que os de períodos anteriores.
O processo de deflação ainda pode ser iniciado, ou agravado, pela baixa oferta de moeda. Quer dizer, falta dinheiro em circulação, seja por causa dos juros altos, que tornam o crédito proibitivo, seja pela falta de investimentos. Essa bola de neve costuma afetar todos os setores da economia, do agricultor aos fabricantes de eletrodomésticos, além de abalar a própria estrutura social.
A deflação é calculada por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que é responsável por medir a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.
Cabe ao IBGE calcular mensalmente o IPC, levando em consideração os preços de mais de 400 itens, distribuídos em oito grupos: alimentação e bebidas, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes.
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Já a inflação é um aumento geral nos preços de bens e serviços em uma economia. Quando o nível geral de preços aumenta, cada unidade de moeda compra menos bens e serviços; consequentemente, a inflação corresponde a uma redução do poder de compra do dinheiro.
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