Esse é o Mímico que salvou inúmeras crianças com a arte; entenda como
Marcel Marceau, reconhecido como o maior mímico de todos os tempos, é famoso por sua brilhante carreira artística. No entanto, seu legado vai muito além dos palcos. Durante a Segunda Guerra Mundial, Marceau ajudou a salvar aproximadamente 70 crianças judias dos nazistas, conduzindo-as até a fronteira com a Suíça.
Sua história é incrivelmente interessante, embora seja pouco relatada e muitos sequer a conheçam. Na era digital, de informações rápidas, apesar da impressão de que temos argumentos de qualidade nas mãos o tempo todo, a realidade pode ser diferente.
Você imaginava que a atuação de um mímico poderia salvar tantas crianças assim? Os detalhes apresentados aqui mostram o poder da arte e a diferença que ela pode fazer na vida em sociedade, tanto em caráter individual como coletivo.
Marceau é um desses personagens que merece ser lembrado e contato por muito tempo, ao longo de muitos anos.
Primeiros anos e a presença do mímico na guerra
Nascido em uma família judaica, Marceau enfrentou dificuldades desde cedo. Com a invasão da França pelos nazistas em 1940, sua vida mudou drasticamente.
Aos 17 anos, Marcel viu seu pai ser deportado para Auschwitz, de onde nunca retornou. A sobrevivência do jovem foi possível graças à ajuda de seu primo George Loinger e de Joseph Stork, diretor da escola secundária Gay-Lussac, que protegiam estudantes judeus.
Inspirado pelos exemplos de coragem à sua volta, o mímico juntou-se à Resistência Francesa. Ele adotou um sobrenome falso para esconder sua origem judaica, inspirando-se em François Séverin Marceau, um general francês do século XVIII.
Durante esse período, Marcel usou seu talento para a mímica não só para entreter e confortar as crianças, mas também para mantê-las em silêncio, o que era crucial para escapar das patrulhas alemãs naquele momento.
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Salvamento das crianças durante momento de tensão
Marceau frequentemente se disfarçava para levar as crianças à segurança. Às vezes, ele se passava por um treinador de escoteiros, levando um grupo para acampar. Seu conhecimento e prática como mímico o ajudou no processo de interpretação para convencer a todos.
Em outras situações, sua habilidade de improvisação era essencial. Em uma ocasião, ao encontrar patrulhas alemãs, Marcel fingiu ser um batedor francês, um membro do exército que reconhece o terreno antes das tropas. Seu desempenho foi convincente, e os alemães, acreditando enfrentar um batalhão, recuaram.
Todo esse esforço, resultou na ajuda e salvamento de, pelo menos, 70 crianças. É o que contam os historiadores e os relatos da época sobre a atuação do mímico.
O legado do mímico
Com o fim da guerra, Marcel Marceau finalmente pôde dedicar-se ao teatro. Seus primeiros espetáculos eram voltados para soldados, mas logo ele ganhou reconhecimento internacional. A arte da mímica, que havia perdido destaque, foi revitalizada por Marceau, inspirando novas gerações de artistas.
Durante 50 anos, Marceau viajou pelo mundo, encantando plateias com suas performances. Seus personagens, figurinos e a maquiagem em preto e branco tornaram-se clássicos.
Em uma palestra na Universidade de Michigan, em 2001, Marcel afirmou: “Vocês precisam saber que precisam ir em direção à luz, mesmo que saibam que um dia seremos pó. O que é importante são os nossos feitos durante a nossa vida.”
Marcel Marceau não só redefiniu a mímica como arte, mas também deixou um legado de coragem e humanidade.
Seu trabalho, para além do mímico, na Resistência Francesa salvou vidas e sua carreira artística trouxe alegria e inspiração para milhões. Marceau é lembrado não apenas como um grande artista, mas também como um herói silencioso que usou seu talento para o bem maior.
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