Uma pesquisa divulgada recentemente pela revista científica PLOS One da Public Library of Science oferece novas perspectivas sobre a relação entre a vida sexual ativa e a longevidade, particularmente entre homens japoneses com mais de 40 anos.
Embora a conexão entre a saúde sexual e a saúde psicológica seja amplamente aceita, especialmente à medida que envelhecemos, a correlação entre o interesse sexual e a expectativa de vida tem sido relativamente inexplorada.
Com foco em preencher essa lacuna no conhecimento, o estudo se aprofunda na questão intrigante de como o nível de interesse sexual de um indivíduo pode servir como um indicador potencial de sua longevidade. Intrigantemente, enquanto a pesquisa observa essa ligação nos homens, o mesmo não se aplicou às mulheres na amostra estudada.
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O estudo, liderado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Yamagata no Japão, concentrou-se na relação entre o interesse sexual e a longevidade em uma população japonesa de mais de 20 mil indivíduos, com idade igual ou superior a 40 anos, residentes na província de Yamagata. De 2009 a 2015, a pesquisa coletou dados de estilo de vida e saúde através de um questionário auto-administrado e exames médicos anuais. Fatores como consumo de álcool, tabagismo, nível de escolaridade e frequência de riso também foram considerados para fornecer uma análise mais completa.
O questionário adotou uma abordagem direta, perguntando aos participantes questões como “Com que frequência você ri alto?” e “Você está atualmente interessado em pessoas do sexo oposto?”, oferecendo respostas de múltipla escolha. Durante o período de seguimento, que teve uma média de 7,1 anos, a saúde dos participantes foi monitorada, registrando um total de 503 mortes, das quais 67 foram de doenças cardiovasculares e 162 de câncer.
Métodos estatísticos robustos, como a análise de riscos proporcionais de Cox e o método Kaplan-Meier, foram empregados para examinar as correlações entre a falta de interesse sexual e várias causas de mortalidade. Nos homens, um desinteresse no sexo correlacionou-se com taxas de mortalidade significativamente mais elevadas por todas as causas, bem como mortalidade por câncer. Estas associações mantiveram-se consistentes mesmo após ajustes para fatores como idade e consumo de álcool. Surpreendentemente, essa correlação não foi observada nas mulheres participantes.
Vale ressaltar que o estudo, embora extenso, foi conduzido em um contexto cultural específico, e suas descobertas podem não ser universalmente aplicáveis. Além disso, a pesquisa focou apenas na orientação heterossexual, deixando um espaço considerável para futuras investigações em populações com diferentes orientações sexuais. O estudo também não conseguiu abordar outros possíveis fatores influentes, como certas condições médicas ou tratamentos que poderiam afetar tanto o interesse sexual quanto a longevidade.
A equipe responsável pelo estudo incluiu pesquisadores como Kaori Sukarada e Takafumi Saito da Escola de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade de Yamagata, bem como outros colaboradores de várias faculdades e hospitais associados à mesma instituição.
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