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Febre maculosa: quais os sintomas e como tratar essa doença

De repente os jornais, os sites de notícias e as TVs começaram a falar de uma doença que pouca gente sabe como cuidar e como ela é transmitida.

Estamos falando da febre maculosa que virou uma dor de cabeça para o Estado de São Paulo. Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro de 2013 a 14 de junho de 2023, o Brasil registrou 2.059 casos da doença.

Desse total, 1.292 casos foram na Região Sudeste. Desde o início deste ano, 53 casos ocorreram em todo o país, dos quais 30 se concentraram no Sudeste.

Foram contabilizados 703 óbitos no país desde 2013, dos quais 623 foram no Sudeste. Até 14 de junho de 2023, o Brasil registrou oito mortes, todas no Sudeste.

O que é febre maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.

Os principais sintomas da Febre Maculosa são:

  • Febre alta e súbita;
  • Cefaleia;
  • Hiperemia conjuntival;
  • Dor muscular e articular;
  • Mal-estar;
  • Dores abdominais;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Exantema.

No Brasil, os carrapatos de maior importância na transmissão da bactéria são do gênero Amblyomma:

  • Amblyomma aureolatum;
  • Amblyomma dubitatum;
  • Amblyomma ovale;
  • Amblyomma sculptum (Amblyomma cajennense sensu lato).

Como é transmitida a doença?

Segundo os especialistas a transmissão se dá após a picada do carrapato infectado pela bactéria do gênero rickettsia (Rickettsia rickettsii and Rickettsia parkeri). 

Mas febre maculosa também pode ser transmitida quando uma pessoa com as mãos desprotegidas tenta retirá-los e até mesmo esmagá-los com as unhas.

Período de Incubação se dá de dois a 14 dias, com média de sete dias após a picada do carrapato.

Diagnóstico

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da Febre Maculosa é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia. 

Neste caso, o médico deverá fazer uma avaliação dos sintomas e perguntará onde você mora ou se esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas, onde possa ter sido picado por um carrapato, ele também poderá solicitar uma série de exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.

Os testes laboratoriais mais indicados para diagnóstico específico da Febre Maculosa são:

Reação de imunofluorescência indireta (RIFI): detectam presença de anticorpos contra a bactéria, a partir de coleta de sangue.

Exame de Imunohistoquímica: detecta a bactéria em amostras de tecidos obtidas a partir de biópsia de lesões de pele.

Técnicas de biologia molecular − reação em cadeia da polimerase (PCR): realizada a partir de amostras de sangue, tecido de biópsia. Detecta o material genético da bactéria.

Isolamento da bactéria: O isolamento da bactéria é feito a partir do sangue (coágulo) ou de fragmentos de tecidos (pele e pulmão obtidos por biópsia) ou de órgãos (pulmão, baço, fígado obtidos por necropsia), além do carrapato retirado do paciente. A bactéria irá crescer em um meio de cultura.

Tratamento

O tratamento oportuno da Febre Maculosa é essencial para evitar formas mais graves da doença e até mesmo a morte da pessoa. 

Aos primeiros sintomas é recomendado procurar uma unidade de saúde para uma avaliação médica.

O tratamento é feito com antibiótico específico. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da Febre Maculosa pode agravar o caso podendo levar ao óbito.

O MS também alerta que a partir da suspeita clínica de Febre Maculosa, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente, mesmo antes do resultado laboratorial.

Jorge Roberto Wright

Jorge Roberto W. Cunha, jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos e digitais. Especializado em notícias de variedades, TV, entretenimento, economia e política.

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