O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciou nesta semana uma nova linha de crédito voltada para o Microempreendedor Individual (MEI). Ao todo serão R$ 21 bilhões que estarão disponíveis, a oferta será estendida para MEIs, micro, pequenos e médios empresários.
A nova linha de crédito é proveniente do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (FGI PEAC). Atualmente, o programa apoia uma carteira de crédito de R$ 61 bilhões, onde as novas contratações devem representar 30% do volume total.
O empréstimo destinado ao MEI poderá chegar aos R$ 20 mil, valor que deverá ser utilizado para capital de giro e investimentos que podem ser em obras, aquisição de maquinários e equipamentos para o negócio, além da compra de insumos ou demais materiais para operação do negócio.
Para Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, a grande vantagem é que o próprio BNDES é quem garante até 80% de todo o risco da operação, o que contribui com a crise de confiança para que empresários possam ter mais crédito e maior lastro para investimento.
Para garantir a solicitação na nova linha de crédito é necessário que o profissional ou a empresa esteja devidamente enquadrada como MEI, onde deve ser respeitado tanto o faturamento, como a quantidade de funcionários e atividade econômica a ser exercida.
A contratação do empréstimo BNDES poderá ser solicitada tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, além de empresas de pequeno porte cuja receita bruta anual seja de até R$ 360 mil.
O BNDES também terá uma linha de financiamento destinada aos produtores agrícolas com recebíveis em dólar. No caso, a oferta inicial será de até R$ 2 bilhões ao ano, onde teremos taxas reduzidas, principalmente para quem cultiva produtos destinados à exportação.
Com relação ao prazo de pagamento, o BNDES definiu um prazo de até 120 meses, com carência de até 120 meses para pagar. No caso, o dinheiro solicitado na linha de crédito deverá ser utilizado para a compra de máquinas e equipamentos devidamente produzidos no Brasil.
Para Aloízio Mercadante, a linha é importante em um cenário de “certa crise de confiança no crédito”. ”Vamos começar com R$ 2 bilhões para a agricultura”, disse o presidente do BNDES, completando que o objetivo será de ampliar o programa em breve para os setores da indústria e serviços.
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