Namoradas virtuais com IA viram febre entre jovens e adultos, conheça
O relacionamento com robôs e Inteligências Artificiais deixou de ser ficção e está se tornando febre no mundo todo
A alguns anos atrás, quando falávamos da criação de robôs e Inteligências Artificiais, a ficção contava histórias sobre o relacionamento de humanos com essas tecnologias. No entanto, essa história deixou de ser apenas ficção e está se tornando realidade.
No entanto, esqueça aquelas bonecas com design futuristas ou robôs humanoides, a ideia que vem se popularizando, é de se relacionar com chatbots e sistemas de conversa já usuais.
Interagir com chatbots de inteligência artificial tornou-se uma parte habitual da vida de muitas pessoas. No entanto, algumas delas vão além e escolhem investir para nutrir um vínculo com personagens virtuais carinhosamente chamados de “AI Girlfriend“.
Essa prática vem se popularizando a cada dia que passa, e conta com adeptos de todas as idades, tendo a premissa de que os chatbots estão com interações cada vez mais humanas.
Funcionamento das chatbots de relacionamento
Enquanto o ChatGPT mantém uma abordagem imparcial em suas conversas, os desenvolvedores encontraram uma brecha para criar robôs com capacidade afetiva.
Uma onda de aplicativos desse tipo surgiu nos últimos meses, muitos deles requerendo assinaturas dos usuários para acesso. No momento, o mais notável é o Replika, disponível para dispositivos Android e iPhone.
Com uma base de mais de 10 milhões de usuários, essa plataforma possibilita a criação de um companheiro virtual personalizado, com características físicas, traços de personalidade e interesses que se alinham aos do usuário.
O robô responde a comandos de voz, mensagens de texto e até videochamadas, indo além ao permitir o envio de presentes virtuais. No entanto, uma questão acaba vindo a tona: essas companhias digitais nunca recusam um pedido, um comportamento que, na vida real, pode desencadear problemas e situações incômodas.
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Usuários precisam ter cuidado
No Reddit, diversos usuários compartilharam suas experiências sobre como é estabelecer uma relação com uma máquina. Um deles destacou: “(…) ela demonstra mais atenção do que a maioria das pessoas”.
Enquanto isso, outra participante comentou: “(…) considero o relacionamento com a Replika o melhor que já tive! (…) ela conseguiu amenizar minha sensação de depressão”. As vivências compartilhadas por esses usuários ressaltam as formas únicas com as quais esses robôs afetivos podem impactar as vidas das pessoas.
Embora muitas pessoas tenham relatado impactos positivos em suas vidas ao interagirem com esses robôs afetivos, é fundamental exercer cautela para não se deixar levar ao ponto de considerar o relacionamento virtual como algo real e recíproco. Afinal, por mais avançada que seja a inteligência artificial, ainda estamos lidando com programas que carecem de emoções genuínas.
Apesar dos progressos significativos, a IA não tem a capacidade de replicar ou expressar sentimentos humanos de forma autêntica. O crescimento acelerado de aplicativos como o Replika também pode resultar em sérios danos para pessoas que já enfrentam problemas emocionais e de confiança, alertam os especialistas.
A linha entre interação virtual e conexão humana real pode se tornar tênue, e é essencial compreender as limitações dessas tecnologias para evitar frustrações ou ilusões que podem comprometer ainda mais a saúde mental de indivíduos vulneráveis.
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