Nubank, C6, Inter, Neon, Agi podem falir com crise do SVB?
Entenda como a crise e falência do Silicon Valley Bank pode afetar os principais bancos digitais, e de fato pode haver algum risco
Uma recente notícia, sobre a falência da Silicon Valley Bank (SVB), preocupou milhares de brasileiros que possuem conta em bancos digitais como Nubank, C6 Bank, Inter, Neon e outros.
Muitos clientes temem uma possível falência dos bancos digitais do país, devido às dúvidas sobre uma possível exposição ligada à situação do banco americano.
Se você também possui conta digital em algum dos principais bancos digitais do país e está preocupado com a situação destes bancos, continue a leitura para entender se há ou não algum risco.
Bancos digitais brasileiros estão em risco?
Até o presente momento, os bancos digitais, como Nubank, C6, Inter, Agibank, Original, PagBank e Neon, informaram ao mercado que não possuem qualquer exposição ao Silicon Valley Bank.
Os bancos digitais brasileiros estão sendo cogitados nessa história, pois, o banco americano era conhecido por financiar startups, mas acabou fechado pelas autoridades americanas no último dia 10 de março.
Dessa maneira, sem qualquer exposição direta dos bancos digitais ao Silicon Valley Bank, os brasileiros podem se acalmar, pois não haverá riscos para quem possui conta em alguma das instituições mencionadas.
Por dentro do caso
Segundo o especialista consultado pela InfoMoney, Jorge Azevedo, o problema do Silicon Valley Bank ocorreu porque a tesouraria da instituição assumiu posições arriscadas, ignorando boas práticas que servem para mitigar eventuais riscos.
O SVB possuía grande volume de depósitos em 2021, onde, sem muitas opções de investimento, acabou alocando valores próximos aos 80 bilhões de dólares em títulos de MBS — fundo imobiliário de 10 anos — o que rendia 1,56% ao ano.
Contudo, nos últimos meses o Fed aumentou a taxa de juros dos EUA para o nível atual, em uma faixa que varia de 4,50% e 4,75% ao ano, o que reduziu a atratividade do investimento em MBS aportado pelo SVB.
“A tesouraria do banco vendeu U$ 21 bilhões dessa posição — com um prejuízo de U$ 1,8 bilhão — e o mercado percebeu, dando início a uma corrida para sacar os depósitos na instituição”, explica o especialista consultado pela InfoMoney.
Dessa maneira, a movimentação adotada pela Silicon Valley Bank, acabou piorando a situação de liquidez, levando ao seu fechamento pelos reguladores americanos no dia 10 de março.
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