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Os países que dão incentivos para aposentados estrangeiros

Se aposentar e viver em outro país parece um sonho distante para muitos brasileiros, mas a verdade é que alguns destinos fazem de tudo para atrair aposentados estrangeiros. Sim, há governos que oferecem vistos especiais, benefícios fiscais e até descontos em serviços essenciais para quem decide passar essa fase da vida por lá.

Mas, claro, nem tudo são flores – cada país tem suas regras, exigências e custos envolvidos. Então, se você está pensando em carimbar o passaporte da aposentadoria, veja alguns dos melhores países que querem você por perto.

Portugal: o queridinho dos brasileiros aposentados

Portugal já é um destino clássico para aposentados brasileiros, mas não é só pelo idioma ou pelo pastel de nata. Até 2023, o regime de Residentes Não Habituais (RNH) oferecia uma isenção de imposto para aposentados estrangeiros por 10 anos.

Isso mudou recentemente, e agora a tributação está em torno de 10%. Não é mais tão vantajoso quanto antes, mas Portugal ainda tem custo de vida razoável, um sistema de saúde acessível e cidades encantadoras. O Visto D7 é o caminho para aposentados que querem morar lá, mas exige comprovação de renda mínima mensal.

Panamá: descontos para aposentados? Sim, por favor!

Se você quer um lugar que realmente “mima” aposentados estrangeiros, o Panamá pode ser uma opção interessante. O programa Pensionado oferece descontos de até 50% em serviços como saúde, cinemas, restaurantes e contas de energia elétrica.

Mas a melhor parte é que o visto para aposentados exige uma renda relativamente baixa: apenas US$ 1.000 mensais comprovados. E o clima tropical? Bom, é parecido com o do Brasil, mas com uma estrutura moderna e estável.

Espanha: o visto não lucrativo

Espanha é outra queridinha dos aposentados, mas com um diferencial: o Visto de Residência Não Lucrativa. Ele é ideal para quem não quer trabalhar e tem uma aposentadoria garantida. Para conseguir esse visto, é preciso comprovar uma renda de pelo menos € 2.400 por mês.

A Espanha tem um dos melhores sistemas de saúde da Europa, um custo de vida mais baixo do que outros países do continente e um clima que lembra algumas regiões do Brasil, mas com tapas e sangria no cardápio.

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Costa Rica: “pura vida” na aposentadoria

A Costa Rica é famosa pelo estilo de vida tranquilo e pelo contato com a natureza, mas também tem um dos programas mais fáceis para aposentados estrangeiros. O programa “Pensionado” exige uma renda mensal de apenas US$ 1.000, que pode vir de aposentadoria, aluguéis ou investimentos.

O país tem um sistema de saúde eficiente, mas com custos mais acessíveis que nos EUA ou na Europa. Mas um detalhe: se quiser comprar carro ou importar bens, pode ter que pagar taxas altas.

Malásia: luxo acessível no Sudeste Asiático

Pode não ser o destino mais óbvio para brasileiros, mas a Malásia tem um dos programas de aposentadoria mais generosos do mundo: o Malaysia My Second Home (MM2H). O governo oferece visto de longa duração para aposentados que podem comprovar uma renda fixa e manter um investimento no país.

O custo de vida é baixo, os serviços de saúde são de qualidade e ainda dá para curtir praias paradisíacas sem gastar fortunas. Mas tem um detalhe: os critérios financeiros mudam de tempos em tempos, então é bom ficar atento.

Tailândia: um paraíso acessível, mas com burocracia

A Tailândia é um destino barato e tem um visto específico para aposentados acima de 50 anos. Mas, para se qualificar, é preciso comprovar uma renda mensal de pelo menos 65.000 bahts (cerca de R$ 9.000) ou manter um depósito bancário no país.

O custo de vida é incrivelmente baixo comparado ao Brasil, mas a burocracia pode ser um obstáculo, pois o visto precisa ser renovado anualmente.

Aposentar-se no exterior pode ser um sonho realista, mas cada país tem suas regras e exigências. Alguns exigem comprovação de renda alta, outros são mais acessíveis. Mas uma coisa é certa: planejamento é essencial

Então, antes de fazer as malas, pesquise bem, converse com quem já fez a mudança e avalie se o destino escolhido combina com seu estilo de vida. Afinal, aposentadoria não é sinônimo de rotina parada – mas sim de viver bem onde você se sentir feliz!

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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