Pé diabético: conheça os sintomas e como tratar
Essa ferida pode ser agravada por uma infecção e, em casos mais graves, pode levar à amputação de parte do pé ou até mesmo da perna
O pé diabético é uma complicação que ocorre em quem tem diabetes há vários anos e sem controle adequado. O que pode fazer a pessoa acabar perdendo a sensibilidade nos pés, o que aumenta as chances de formar feridas indolores nessa região, e retardando a busca por tratamento.
Essa ferida pode ser agravada por uma infecção e, em casos mais graves, pode levar à amputação de parte do pé ou até mesmo da perna.
Sintomas
A pessoa deve ficar atenta porque o pé diabético evolui de forma silenciosa. O paciente pode passar semanas ou meses com uma ferida aberta sem buscar ajuda, uma vez que ela não sente dor ou desconforto.
No entanto, existem algumas situações em que a pessoa com diabetes apresenta alguns sinais que podem sugerir a presença de maior risco para ter o pé diabético.
Entre os sintomas, estão:
- Fraqueza nas pernas;
- Formigamento frequente;
- Queimação nos pés e tornozelos;
- Dor e sensação de agulhadas;
- Perda da sensibilidade nos pés;
- Feridas que demoram a cicatrizar.
Prevenção
Segundo o Ministério da Saúde, a melhor maneira de prevenir o pé diabético é seguir certas recomendações médicas:
examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo, precisa pedir a ajuda de alguém para verificar a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Neste caso, use um espelho para ter uma visão completa.
- Ao se consultar com o médico, peça a ele para examinar os pés e avisá-lo imediatamente sobre eventuais alterações;
- manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele. Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas;
- usar meias sem costura (o tecido deve ser algodão ou lã – evitar sintéticos, como nylon);
- Antes de cortar as unhas é preciso lavá-las e secá-las bem. Para cortar, use um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula.
- Evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, como o podólogo, o qual deve ser avisado do diabetes. O ideal é não cortar os calos, nem usar lixas. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos;
- Não andar descalço. Manter os pés sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina;
- Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é importante olhar com atenção para ver se há deformação. As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura.
- É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de couro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos. Além disso, recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.
- Os danos nos nervos podem causar também mudanças na forma dos pés e dos dedos. Pergunte ao seu médico sobre sapatos terapêuticos especiais, ao invés de insistir e forçar o uso de sapatos comuns.
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Tratamento
O tratamento do pé diabético varia de acordo com o grau das lesões. Quando as feridas não estão infeccionadas, o médico pode optar pela limpeza e o uso de curativos especiais diariamente.
Já no caso de infecção, é preciso usar antibióticos por via oral ou endovenosa, dependendo da circulação sanguínea do indivíduo. Em algumas situações, o indivíduo precisa de internação, já que as úlceras não cicatrizam.
Em situações mais graves, é indicada uma cirurgia na região afetada para ajudar na cicatrização. No entanto, quando a lesão é extensa, pode ser preciso recorrer a amputação do membro ou parte do pé. Por isso, a prevenção é fundamental para evitar chegar a essa situação extrema.
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