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Por que pessoas que estão doentes costumam melhorar antes de morrer?

Você já observou que algumas pessoas antes da falecerem apresentam uma melhora significativa? Será que existe explicação para isso? Vamos descobrir agora

A vivência de ter um ente querido acometido por uma condição de saúde grave envolve uma montanha-russa emocional marcada por esperança, temor, fé e, por vezes, desalento. Muitas famílias e amigos se veem reunidos em um ciclo constante de vigília e preces, enviando pensamentos positivos e energias curativas, ansiando pela recuperação daquele que luta entre a vida e a morte.

Há momentos em que uma melhora significativa acende uma chama de esperança nos corações aflitos, como se todas as súplicas tivessem sido atendidas e a cura estivesse a caminho. No entanto, não raro, essa esperança se desfaz rapidamente, dando lugar à sombra da perda quando, inesperadamente, a vida se esvai pouco após sinais de melhoria. Este fenômeno, frequentemente descrito como “melhora da morte”, suscita indagações sobre sua realidade.

Será que essa aparente melhora antes do último suspiro é um evento autêntico e previsível, ou seria apenas uma coincidência tecida pelo acaso e interpretada por corações em busca de consolo? Neste texto, exploraremos essa questão, buscando entender se há fundamentos reais por trás desse fenômeno, ou se ele é apenas uma construção de nossas mentes esperançosas.

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A melhora da morte

O fenômeno conhecido como “melhora da morte”, também interpretado como um último vislumbre de clareza e vitalidade antes do fim, permanece envolto em mistério e especulação. Este fenômeno, que vem sendo objeto de investigação desde os tempos de Hipócrates, cerca de 400 anos a.C., é multifacetado, com interpretações divergentes oriundas de diferentes domínios como a ciência, a filosofia e a espiritualidade.

Para alguns psicólogos, a questão reflete sobre a persistência de tal fenômeno e ressalta que, apesar de diversas hipóteses tentarem explicar esta súbita melhora antes da morte, nenhum consenso ou prova concreta foi estabelecido. Em sua análise, Farias destaca que tais momentos de melhora são lembrados mais vividamente, mas não há evidências que confirmem qualquer viés, seja ele científico, espiritual ou filosófico.

No entanto, para Doraci Maria da Silva, coordenadora da Casa de Caridade Espírita Francisco de Assis, a melhora da morte é observada como um evento significativo no espiritismo, com uma perspectiva que exclui o acaso e atribui significado a cada ocorrência.

Ela explana sobre o fluxo de energia e os pensamentos de familiares como potenciais influenciadores nesse processo, gerando uma ligação entre o espírito e o corpo, potencialmente atrasando o processo de separação e transição. Doraci advoga pela aceitação e pela oração para uma passagem tranquila ao invés da melhora, propondo uma abordagem de desprendimento e respeito ao fluxo natural da vida.

Doraci relata uma experiência pessoal de tal fenômeno com seu pai, enfatizando a melhora súbita que ele experimentou, proporcionando momentos finais de serenidade e comunhão, antes de sua eventual partida após um período de descanso e tranquilidade.

Resumidamente, este fenômeno, que parece contrapor os momentos finais de vida com uma breve ilusão de recuperação, suscita debates profundos e variados, com diferentes interpretações emergindo de distintas visões de mundo, e ainda hoje, permanece como um enigma intrincado na interface entre vida e morte.

Uma energia repentina

O final da vida pode ser bem complicado e diferente do que a gente imagina. Muita gente pensa que quem está muito doente vai piorando devagarzinho até ficar inconsciente antes de morrer. Mas nem sempre é assim tão direto.

Quando alguém está prestes a morrer, pode ficar mais tranquilo e até querer comer, conversar ou beber água de novo. Isso é como se a pessoa ganhasse uma força extra antes de partir. Essa fase pode trazer tanta clareza e consciência que os médicos chamam isso de “lucidez terminal”.

Um estudo do biólogo alemão Michael Nahm mostra que 84% das pessoas que passam por essa lucidez terminal morrem em até uma semana — e 42% morrem no mesmo dia que isso acontece. Ainda não sabemos bem o porquê disso acontecer, mesmo sendo algo comum independente da doença.

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