Segundo a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC-22), o endividamento financeiro atingiu 77,9% das famílias brasileiras.
Entre os principais “vilões” estariam dívidas com o cartão de crédito, com 86,6%; carnês de pagamentos, com 19%; e financiamentos de automóveis, com 10,4%, sendo a inadimplência recorde, batendo a casa dos 28,9%.
“O endividamento muitas vezes é reflexo da falta de uma educação financeira somada a uma compulsividade em comprar coisas, o que pode levar famílias inteiras a grandes complicações financeiras”, explica a consultora financeira da Zetra, Andreza Stanoski
Acompanhando esse cenário de perto já há algum tempo, Stanoski elenca alguns pontos importantes que contribuíram para o aumento do endividamento do brasileiro e como muitas vezes as “soluções” são, na verdade, problemas na hora de equilibrar as finanças.
A tentação do dinheiro fácil ou disponível é certamente um dos maiores causadores de dívidas. E, entre eles, o cartão de crédito e o cheque especial ocupam os primeiros lugares nos rankings de endividamento.
O grande problema são os juros caríssimos que esse dinheiro fácil traz consigo, o que acaba sempre virando uma enorme bola de neve e faz com que as dívidas aumentem muito rápido. Existem muitas formas de mudar, reformar a casa, trocar de carro, porém, as pessoas preferem um financiamento e acabam pagando três vezes mais o valor daquele bem.
Além disso, muitas pessoas compram coisas que não usam. “E aí vem a fatura do cartão de crédito para elas pagarem um cheque especial, que vira uma bola de neve, e elas não conseguem sair desse ciclo do endividamento”, diz a especialista.
Existem dívidas que servem para adquirir patrimônio e melhorar o seu conforto, e outras dívidas que servem para quitar dívidas já existentes, que normalmente têm juros altos. São dívidas ruins e precisam ser quitadas e canceladas, o que acontece com educação financeira.
Por exemplo, uma pessoa que utiliza o cartão de crédito como fonte extra de renda não deve mais utilizar o cartão. Isso vale para o cheque especial também.
“Eu primeiro cancelaria o cheque especial e depois quitaria e diminuiria o limite do cartão de crédito. O limite do cartão de crédito sempre deve ser de 30% do valor da renda líquida.
Não pode ultrapassar esse valor. Se ultrapassar esse valor, pode ser que a pessoa se endivide novamente”, explica Stanoski.
Caso a única solução para um endividamento seja realizar um empréstimo, faça isso somente com a ajuda de um especialista, um consultor financeiro, a pessoa que vai ajudá-lo a não entrar novamente no ciclo do endividamento e fazê-lo conseguir sair desse comportamento de consumismo desenfreado.
No trabalho do consultor financeiro, ele não priorizará somente as dívidas; mas a realização dos objetivos dessa pessoa com foco na solução.
“É o mesmo que ir ao médico quando sentimos dor no nosso corpo. Se você sente dor de cabeça, você não vai ao ortopedista, e sim a um neurologista, sendo o especialista. E nem pense na automedicação, que seria realizar empréstimos por conta própria”.
Buscar os menores juros também é uma saída. Normalmente, bancos públicos oferecem taxas mais atraentes, até mesmo para renegociar dívidas mais antigas. No fim das contas, tudo passa por criar hábitos e perder o vício pela dívida.
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