A Geração Z já está no mercado de trabalho há algum tempo, mas, infelizmente, não tem tido um caminho fácil.
De acordo com uma pesquisa da plataforma Resume Genius, 60% das empresas admitiram ter demitido jovens dessa geração desde o início de 2023.
Mas o que está acontecendo? Por que tantos da Geração Z estão sendo desligados? Não dá pra simplesmente culpar a “falta de interesse” ou “preguiça”, porque a realidade é mais complexa do que isso.
Nesse sentido, vale a pena entender os três principais motivos que fazem esses jovens terem dificuldades para se manter no emprego.
A crítica mais comum em relação à Geração Z é que eles são desmotivados e não têm o “fogo” de gerações anteriores, como os Millennials ou os Baby Boomers.
No entanto, isso não é exatamente verdade. A questão é que muitos dessa geração têm um relacionamento muito diferente com o trabalho.
Eles viveram e testemunharam de perto demissões em massa, cortes salariais e insegurança no emprego, especialmente durante a pandemia. Isso criou um cenário de ceticismo em relação ao mercado de trabalho tradicional, que parece oferecer mais incertezas do que recompensas.
Não é que a Geração Z não queira trabalhar, mas sim que muitos não se sentem motivados a investir em uma carreira que, para eles, pode ser instável e sem grandes benefícios a longo prazo.
De acordo com a pesquisa da Deloitte, essa geração valoriza empresas que têm um compromisso real com causas sociais, com o bem-estar dos funcionários e com a transparência. Quando não encontram isso, acabam se afastando mais rapidamente do emprego.
Você vai gostar de saber, mas ainda hoje:
Outro ponto que tem gerado dificuldades para a Geração Z no ambiente de trabalho é a forma como se comunicam. Como nativos digitais, eles são muito bons com mensagens de texto e redes sociais, mas isso nem sempre se traduz em boas habilidades de comunicação no ambiente profissional.
Muitos jovens dessa geração cresceram em um mundo digital, onde tudo acontece rápido e online, mas quando se deparam com reuniões presenciais ou a necessidade de uma comunicação mais formal, podem ter dificuldades.
Esse problema ficou ainda mais evidente durante a pandemia, quando a maior parte do trabalho foi feita remotamente.
Eles começaram suas carreiras em um momento em que era aceitável enviar uma mensagem rápida por WhatsApp ou e-mail, sem muitas formalidades. Isso dificultou o desenvolvimento de habilidades interpessoais mais profundas, como falar em público ou discutir ideias de maneira mais estruturada e profissional.
Sem a adaptação a esse tipo de cultura, pode parecer que a Geração Z não está tão envolvida ou que não é engajada, o que leva a mal-entendidos e até mesmo à demissão.
Por último, uma das maiores diferenças entre a Geração Z e as gerações anteriores é a forma como eles veem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Se para os Millennials e os Boomers o trabalho árduo, as longas horas e o sacrifício eram uma maneira de alcançar o sucesso, para a Geração Z isso é visto com mais cautela. Eles não estão dispostos a colocar sua saúde mental ou a qualidade de vida em risco em nome da carreira.
A pesquisa da Deloitte de 2023 mostrou que 50% da Geração Z considera o equilíbrio entre vida pessoal e profissional como uma das prioridades mais importantes ao considerar um emprego. Isso significa que muitos não estão dispostos a trabalhar à noite, nos fins de semana ou a estarem sempre disponíveis, como as gerações mais antigas estavam.
Eles buscam um trabalho que seja significativo, sim, mas também que permita uma vida além dele. Para empresas que não conseguem adaptar-se a essa visão, a Geração Z pode parecer “desinteressada”, quando, na verdade, está apenas priorizando o bem-estar pessoal.
Esses três motivos podem ser resumidos da seguinte maneira: a Geração Z não está sendo demitida porque é “ruim” no trabalho ou preguiçosa.
Na verdade, eles estão em conflito com um sistema de trabalho que não atende mais às suas expectativas ou necessidades.
Eles querem mais do que um simples salário – eles buscam equilíbrio, propósito e um ambiente de trabalho saudável. Quando isso não acontece, a demissão é muitas vezes vista como a única saída.
Portanto, se você é parte da Geração Z ou trabalha com essa geração, é importante entender essas diferenças e tentar criar um ambiente de trabalho mais flexível, transparente e, claro, que respeite as necessidades de todos. O mercado de trabalho está mudando, e com ele, as expectativas dos profissionais também.
Esses desafios não são culpa de ninguém, mas uma adaptação necessária para as empresas. Afinal, quem não se adapta ao novo mundo corre o risco de perder grandes talentos.
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