Nesta quinta-feira (20), o Supremo Tribunal Federal (STF), começou a julgar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5090, que pede a correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com base nos avanços da inflação e não pela Taxa Referencial + 3%.
A ação em questão demorou quase 9 anos para finalmente começar a ser julgada pelo STF. Até o momento dois ministros apresentaram voto com relação a revisão do FGTS, são eles os ministros Luís Roberto Barroso e André Mendonça.
O ministro André Mendonça reforçou a tese apresentada pelo relator e acrescentou ainda que a Taxa Referencial é sim inconstitucional. Entretanto, por volta das 18h15min a sessão acabou sendo interrompida e o julgamento não foi concluído, onde deve retornar na próxima quinta (27).
Dessa forma, os trabalhadores deverão aguardar pelo menos mais uma semana para entender qual será a decisão do Supremo Tribunal Federal, que, ao menos até o momento, está agindo em prol dos trabalhadores.
O Instituto Fundo de Garantia (FGT) calcula que os trabalhadores já perderam R$ 720 bilhões com a correção do FGTS pela Taxa Referencial, em vez do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, esse cálculo se baseia no período de 1999 a março de 2023.
A data de 1999 é levada em questão, pois foi a partir dali que a Taxa Referencial ficou zerada, assim sendo, os prejuízos para os trabalhadores brasileiros se iniciaram naquele período e se estendem aos dias atuais.
O julgamento é extremamente importante para os trabalhadores, para o governo, assim como para o Judiciário, que nos últimos anos foi inundado por centenas de milhares de ações individuais e coletivas que reivindicam a correção do saldo do Fundo de Garantia.
Como consequência do julgamento, a decisão também deve causar grande impacto para o programa Minha Casa Minha Vida, assim como as construtoras voltadas aos clientes de baixa renda.
Conforme análise apresentada pelo Bradesco BBI, no pior cenário, caso o STF acate a revisão do FGTS, muito provavelmente essa decisão deverá acabar com o Fundo de Garantia e também com a extinção do programa Minha Casa Minha Vida.
“O FGTS detém atualmente R$ 642 bilhões em ativos, e as notícias mencionam uma perda potencial de R$ 700 bilhões. Simplificando: se o Supremo Tribunal Federal decidir adicionar índices de inflação integralmente à remuneração do FGTS, muito provavelmente destruirá o fundo de garantia”, aponta o Bradesco BBI.
Isso porque, caso o STF tome alguma decisão irrestrita, exigirá um aporte de capital por parte do governo, o que consequentemente pode levar à extinção do Minha Casa Minha Vida, ou qualquer outro programa subsidiado pelo FGTS.
Você tem tudo para gostar da série da HBO "A Franquia". Ela nos leva para…
As séries de terror, suspense e mistério muitas vezes nos fazem roer as unhas de…
Em outubro, os astros prometem movimentar a vida de todos os signos do zodíaco, e…
Faltar às eleições no Brasil pode ter mais consequências do que muitos imaginam. Para os…
O Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) são dois dos principais programas…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se preparar para o pagamento de outubro, que…