Uso medicinal de ecstasy e alucinógenos passa a ser permitido neste país
A Austrália passa a permitir o uso de ecstasy e alucinógenos para tratamentos de depressão e estresse pós-traumático
A partir deste mês de julho, a Austrália começou a permitir que psiquiatras possam prescrever ecstasy e a psilocibina — psicoativo presente em cogumelo alucinógenos — para o tratamento de transtornos de estresse pós-traumático e depressão, aos quais tratamentos convencionais não estejam fazendo efeito.
A Agência australiana dos produtos terapêuticos (TGA), responsável pelo controle das drogas do país, já havia permitido a utilização clínica dessas substâncias desde o mês de fevereiro. A Austrália se tornou um dos primeiros países do mundo a autorizar o uso de fungos alucinógenos para o tratamento de doenças.
“A decisão reconhece a atual falta de opções para pacientes com doenças mentais específicas resistentes ao tratamento. Isso significa que a psilocibina e o MDMA podem ser usados terapeuticamente em um ambiente médico controlado. No entanto, os pacientes podem ser vulneráveis durante a psicoterapia assistida por psicodélicos, exigindo controles para protegê-los”, afirmou a TGA.
Uso de ecstasy e alucinógenos em outros países
O Canadá e mais alguns estados americanos, como, por exemplo, o Colorado, já permitem o uso do medicamento de psilocibina e MDMA para casos de ensaios clínicos ou autorizações especiais.
No ano de 2018, a Food and Drugs Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, afirmou que o tratamento com a psilocibina é uma terapia avançada. Contudo, a Associação Psiquiátrica Americana ainda não aprovou a utilização desses componentes em tratamentos.
Vale lembrar que tanto especialistas dos Estados Unidos quanto da Austrália, ponderam, afirmando que mais testes e pesquisas precisam ser feitos para haver comprovação da eficácia desses compostos, sem riscos aos pacientes.
Existem muitas preocupações de que a evidência ainda não é uma atitude adequada para se seguir como serviço clínico. Para muitos especialistas, profissionais incompetentes ou com pouca estrutura podem acabar desenvolvendo problemas mais sérios aos pacientes.
Já os profissionais que defendem a utilização desses componentes, defendem o caso sob alegação de que essas substâncias poderão ajudar pacientes que não respondem a outros medicamentos e tratamentos.
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