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Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil

A partir do ano que vem, não será mais aplicada no Brasil a vacina oral contra a poliomielite (VOP).  A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde, que anunciou que passará a utilizar a vacina inativada (VIP), que é considerada mais segura no combate contra a doença.

A VOP, embora eficaz na proteção em nível populacional, apresenta um pequeno risco de causar a poliomielite vacinal associada ao vírus atenuado (VAPP).

A decisão foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro. Países como os Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.

A substituição no Brasil foi amplamente discutida em Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI) e recebeu aval do colegiado. A decisão contou com a participação dos representantes de sociedades científicas, com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quais as Vantagens da Vacina Inativada?

Segundo o governo, a vantagem está no fato da VIP não conter o vírus vivo atenuado, o que garante uma maior segurança para os indivíduos vacinados e para a comunidade. É administrada por via intramuscular, o que facilita a sua aplicação nos serviços de saúde. Também é mais estável em relação à temperatura, o que facilita o seu armazenamento e transporte.

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Principais benefícios da vacinação para a comunidade

O esquema vacinal atual contempla a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOPb, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Com a VOPb deixando de ser utilizada, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses de idade, de modo que o esquema vacinal com o referido imunobiológico será:

  • 2 meses – 1ª dose
  • 4 meses – 2ª dose
  • 6 meses – 3ª dose
  • 15 meses – dose de reforço

O Ministério da Saúde já enviou recomendações aos estados para que desenvolvam ações e preparem seus respectivos municípios para a retirada da VOPb e a substituição das doses de reforço.

Jorge Roberto Wright

Jorge Roberto W. Cunha, jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos e digitais. Especializado em notícias de variedades, TV, entretenimento, economia e política.

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