Você sabia que o Brasil tem quatro fusos horários?
O motivo para a criação do fuso horário foi para padronizar a contagem das horas no mundo, com base no Meridiano de Greenwich
Nem todo mundo sabe que o Brasil possui quatro fusos horários. Isso porque ele é um país de dimensões continentais e, por isso, possui quatro regiões com horários diferentes: GMT -2, GMT -3 (horário de Brasília), GMT -4, GMT -5.
A explicação para isso, é que o país está localizado no hemisfério ocidental, por isso todos os seus horários estão atrasados em relação ao Meridiano de Greenwich, que é a zona inicial.
O motivo para a criação do fuso horário foi para padronizar a contagem das horas no mundo, com base no Meridiano de Greenwich. O planeta é dividido em 24 fusos horários, cada um com 15° de longitude.
Quando tudo começou
O fuso horário foi padronizado em 1884, quando representantes de 25 países se reuniram em Washington, nos Estados Unidos, para estabelecer as regras atuais.
Neste encontro, os representantes de cada país escolheram o Meridiano de Greenwich, em Londres, como o marco zero para a contagem das longitudes.
A partir do Meridiano de Greenwich, foram estabelecidos 24 fusos horários, com intervalos de 15° cada. A hora do Meridiano de Greenwich ficou conhecida como GMT (Greenwich Mean Time).
A padronização dos fusos horários foi essencial para a globalização. Antes disso, cada cidade definia a sua própria hora, sem coordenação central.
Em nosso país, somente em 1913 foi alterado o primeiro fuso horário. Naquela época, o decreto de lei nº 2.784 determinou quatro fusos horários. Atualmente, o Brasil possui quatro fusos horários, devido às suas dimensões continentais.
O fuso horário no Brasil
GMT -2: abrange os arquipélagos brasileiros e ilhas, como Fernando de Noronha, o arquipélago de São Pedro e São Paulo e o atol das Rocas. São duas horas de atraso em relação a Greenwich.
GMT -3: é o que conhecemos como horário de Brasília. Nele estão inseridos todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, o Distrito Federal, os estados de Goiás, Tocantins, Pará e Amapá. São três horas de atraso em relação a Greenwich.
GMT -4: abrange os territórios de Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além da maior porção do Amazonas. São quatro horas de atraso em relação a Greenwich.
GMT -5: inclui o Acre e parte do Amazonas. O fuso horário é de cinco horas de atraso em relação a Greenwich.
Um decreto legislativo em 2008, fez com que o Acre e o extremo oeste do Amazonas fossem integrados ao fuso horário GMT -4, e o Brasil passou a ter oficialmente três fusos horários. Com isso, o estado do Pará, que era até então dividido entre as zonas 2 e 3, foi inteiramente posicionado na zona 2, que corresponde ao horário de Brasília.
Porém, em 2013, houve um referendo realizado entre a população acriana sobre o fuso horário. Naquele ano ficou decidido pela maioria da população que o estado deveria retornar ao quarto fuso horário (GMT -5). Tanto o território do Acre quanto o oeste do Amazonas voltaram para a sua zona original, e o Pará permaneceu no horário de Brasília.
Até 2019, tínhamos o horário de verão, quando os relógios eram adiantados em uma hora entre outubro e fevereiro. Esta prática foi abandonada no Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e se mantém até hoje.
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