Em dezembro de 2014, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) concluiu uma avaliação abrangente do risco de extinção da fauna brasileira. Essa avaliação abarcou uma ampla variedade de animais, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, invertebrados e outros. Foram avaliados 12.256 desses animais, destacando a magnitude da pesquisa.
Para alcançar esse feito monumental, o ICMBio realizou 73 oficinas de avaliação ao longo de cinco anos, juntamente com quatro sessões de validação dos resultados.
Além disso, estabeleceu uma parceria estratégica com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) para aprimorar seus esforços de conservação.
Os resultados revelaram uma realidade alarmante: 1.173 animais ameaçados no Brasil. Essas espécies agora estão listadas em duas Portarias publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), destacando a urgência da situação. As principais ameaças variam conforme os habitats.
Para as espécies continentais, a perda e degradação do habitat representam a maior ameaça, devido à expansão agrícola e urbana, bem como à instalação de grandes empreendimentos, como hidrelétricas, portos e mineração.
Para as espécies marinhas, a pesca excessiva, seja direcionada ou incidental, é a ameaça predominante. A sobrepesca tem sérias consequências para os ecossistemas marinhos, afetando não apenas as espécies-alvo, mas também outras que são capturadas inadvertidamente.
Neste artigo, exploraremos em detalhes 10 dessas espécies ameaçadas que representam a rica biodiversidade do Brasil.
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A ararajuba é uma espécie de papagaio encontrada principalmente na Amazônia brasileira. Suas plumas coloridas e sua vocalização distintiva a tornam uma das aves mais icônicas do país.
No entanto, devido à degradação do habitat e à captura ilegal para o comércio de animais de estimação, a ararajuba está em perigo crítico de extinção. Organizações de conservação trabalham para proteger seu habitat e combater o tráfico ilegal.
A ariranha, também conhecida como lontra-gigante, é um carnívoro semiaquático que habita rios e lagos na Amazônia e no Pantanal.
Caçada por sua pele e ameaçada pela destruição de seu habitat, a população de ariranhas está em declínio. Esforços de conservação incluem criar áreas protegidas e a conscientização sobre a importância dessas criaturas na manutenção do ecossistema aquático.
A onça-pintada é o maior felino das Américas e um dos símbolos da fauna brasileira. A caça ilegal e a perda de habitat têm reduzido sua população, colocando-a na lista de espécies ameaçadas.
A proteção das áreas selvagens, a fiscalização rigorosa e o desenvolvimento de corredores ecológicos são fundamentais para sua sobrevivência.
O boto cor-de-rosa, também conhecido como boto-vermelho, é uma espécie de golfinho de água doce encontrado na bacia amazônica.
Infelizmente, está ameaçado devido à poluição dos rios, à construção de represas e à pesca indiscriminada. Esforços de conservação buscam proteger seu habitat e promover a pesquisa sobre essa espécie única.
O cervo do Pantanal é o maior cervídeo da América do Sul e é encontrado em áreas alagadas do Brasil. A drenagem de áreas úmidas e a caça ilegal têm contribuído para sua diminuição. A criação de unidades de conservação e a restauração de habitats são estratégias para sua preservação.
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O cuxiú-preto é um primata endêmico da Amazônia, conhecido por seu pelame escuro e rosto pelado. A destruição do habitat e a caça ilegal reduziram drasticamente suas populações. Projetos de conservação visam proteger suas áreas de ocorrência e monitorar sua saúde populacional.
Este macaco, encontrado na região amazônica, é conhecido por sua cauda longa e preênsil. O desmatamento e a fragmentação de habitat são sérias ameaças a essa espécie. A preservação de grandes áreas de floresta e a educação ambiental são cruciais para sua sobrevivência.
O lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul e habita principalmente o Cerrado brasileiro. A expansão agrícola e a perda de habitat impactam sua população.
A criação de áreas protegidas e a conscientização sobre a importância do lobo-guará na manutenção do ecossistema são estratégias de conservação.
O mico-leão-dourado é um pequeno primata endêmico da Mata Atlântica, caracterizado por sua pelagem dourada e juba.
A destruição do habitat e a captura ilegal para o comércio de animais de estimação reduziram drasticamente suas populações. Projetos de conservação, como a reintrodução em áreas protegidas e a restauração de habitats, têm sido essenciais para sua sobrevivência.
O tamanduá-bandeira é um mamífero com hábitos noturnos e uma língua longa e pegajosa, ideal para a captura de formigas e cupins, sua principal fonte de alimento.
A degradação do cerrado e a caça ilegal representam ameaças para sua sobrevivência. A proteção de áreas de cerrado e a conscientização sobre a importância desses animais na regulação de populações de insetos são cruciais para sua preservação.
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